26.

459 28 0
                                    

Mamãe, acabei de matar um homem
Coloquei uma arma na cabeça dele
Puxei meu gatilho, agora ele está morto.”
Bohemian Rhapsody - Queen

-

Era pouco depois das 16h quando Wolf me ligou e disse ter algo que podia auxiliar no que eu precisava.

Não pensei duas vezes. Queria ficar com ela, me enrolar em seu corpo e
permanecer assim por longas horas, principalmente agora que finalmente as coisas pareciam se ajeitar. Mas antes, precisava cuidar da sua segurança.

Heart estava dormindo quando a deixei em casa, na verdade, ela pegou no sono em meu colo no caminho quando estávamos saindo da floresta.

Eu a fodi feito um animal de todos os
jeitos possíveis, e ainda não tinha o suficiente. Não me sentia saciado.

Bohemian Rhapsody do Queen toca no som do carro enquanto faço uma curva fechada entrando em uma rua deserta, sem iluminação alguma, e à medida que me aproximo do local que
Wolf passou, mais curioso me sinto.

De longe, no final da estrada vejo um prédio que parece abandonado.

Abaixo um pouco o volume do som e pego minha Glock de dentro do porta luvas apoiando-a em cima da minha perna enquanto entro no estacionamento. Vejo um SUV
estacionado e pela placa reconheço ser o carro do Wolf, paro o veículo ao seu lado e aguardo.

Finalmente ele desce do carro me fazendo um sinal. Então, abro a porta e encaixo a arma no coldre da minha cintura.

— Por que caralho me chamou aqui?

— Desde quando fala desse jeito?

— A partir do momento que descobri ter um alvo nas costas da minha mulher — admito.

— Sua mulher? — arqueia a sobrancelha.

Foda-se! Sim!

Heart é minha.

Para o inferno quem ousar dizer que não.

— Quer me dizer alguma coisa? — indago me aproximando.

Ele sorri erguendo as duas mãos no ar.

— Nada — declara.

— Ótimo. Agora, fala. O que tem aqui?

— Ele — murmura no momento que uma Lamborghini vermelha surge do mesmo lugar de onde vim agora a pouco.

— Quem é?

— Alguém que pode te ajudar — declara apenas.

— Eu conheço? — pergunto.

— Não sei, já ouviu falar dos irmãos Kravtsov?

Nego.

— Então, não os conhece.

— Não confio em ninguém de fora — admito insatisfeito com a situação.

Wolf bufa ao meu lado parecendo tão descontente quanto eu.

— Tem uma ideia melhor? — questiona se virando para mim — Cloud não vai conseguir as informações que precisamos, não estou dizendo que ele não é bom, só tem coisas que não estão ao alcance dele.

Sei disso. Não gosto de admitir, mas é um fato. Não posso me dar ao luxo de sentar e esperar que as informações simplesmente caiam do céu. Não quando a segurança dela está em
jogo, e é somente por ela, que aceito ajuda de um estranho.

— Ok — concordo a contragosto.

O carro estaciona e duas portas se abrem, a do motorista de onde uma ruiva jovem desce e a do carona de onde um homem não muito mais velho salta.

All for Heart Parker.Onde histórias criam vida. Descubra agora