“Oh, pai, me perdoe
Por todos os meus pecados
Quando eu encontro seus olhos
O diabo, ele vence.”
BABYDOLL - Ari Abdul-
Ouço um barulho alto e acordo em um sobressalto levando a mão ao peito sentindo-o disparado. Respiro fundo algumas vezes me recuperando do susto. Então, olho em volta e
percebo que já anoiteceu.O som alto da televisão me acordou, provavelmente.
Sento-me passando as mãos no rosto e depois no cabelo ajeitando os fios.
Me levanto e desligo a televisão.
Acho que posso tomar um banho antes do jantar.
Olho o relógio ao lado, marcando 20h30 e estranho que Cloud ainda não tenha aparecido para me chamar, normalmente, ele surge às 19h.
Caminho pelo corredor, e diferente de todos os outros dias, dessa vez a porta do seu quarto está entreaberta.
Será que ele voltou?
Não. Cloud me avisaria. Ele prometeu.
Mas, e se?
Paro em frente a porta e tento escutar algum barulho.
Nada. Que Droga.
Isso é estupidez Annelise. Até mesmo para você.
Curiosa demais para simplesmente deixar de lado, afasto mais um pouco a porta e espio do lado de dentro, entretanto, o quarto aparentemente está vazio. Até que ouço, um barulho vindo do banheiro, parecendo o chuveiro ligado.
Imagens dele tomando banho, molhado debaixo do chuveiro bombardeiam minha mente
traiçoeira, e o mesmo calor que senti em minha pele no dia que ele cuidou das minhas feridas nas mãos, me atinge com força.Agora, eu deveria me virar e voltar para o meu quarto, tomar o meu banho e encontrar o Cloud.
Mas, por que estou entrando no quarto errado?
Por que continuo caminhando na direção errada?
O barulho do chuveiro parece ter um efeito hipnotizante sobre meu corpo, quanto mais perto chego, mais perto preciso estar. Não é uma questão de querer, é uma necessidade que
cresce como uma erva daninha, sem controle algum.Pare Annelise. Só...pare.
Fecho as mãos em punho, mas minhas unhas não cravam na minha pele, não consigo puxar minha mente de volta. Não consigo aliviar a pressão que envolve meu peito.
Dê meia volta…
Não.
Tarde demais.
A porta está aberta, então eu o vejo.
Engulo em seco com a imagem. Sei que fui longe demais e passei de todos os limites, mesmo assim, sabendo totalmente dos riscos, não consigo correr, não consigo ser indiferente.
A visão me tira o ar por segundos. A água escorre pela sua pele… Há cicatrizes. Muitas delas espalhadas pelas costas, em seus braços… Mas isso não o torna menos bonito, muito pelo contrário, só me deixa mais curiosa para saber como ele as conseguiu; para traçá-las com os
meus dedos… uma por uma. E uma parte minha muito sórdida e pervertida fica excitada. Muito
excitada.O homem leva as duas mãos até sua cabeça, ele passa ambas pelos fios molhados e ensaboados, tirando o xampu, a espuma branca escorre pelas costas largas, causando-me arrepios pelo corpo inteiro.
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All for Heart Parker.
Fanfiction* REPOST * Dark Romance. Descobri cedo demais e da pior forma que contos de fadas não existem, e que, nem sempre heróis são os mocinhos. Heart não é meu nome, mas é como ele gosta de me chamar, e eu deixo, por que uma parte minha - por mais que eu n...