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𝓕𝓪𝓶𝓲𝓵𝔂 𝓓𝓲𝓷𝓷𝓮𝓻
𝓓epois do violento incidente na corte, Visenya, Jace, Luke, Rhaena e Baela se reuniram no jardim, sentando-se juntos nos bancos de pedra.
— Vamos olhar pelo lado positivo, pelo menos Luke recebeu o título. — Visenya tentou suavizar o clima tenso que pairava entre eles.
— Claro, à custa da eliminação da concorrência. — retrucou Jace, provocando um olhar de repreensão de Visenya e um olhar de advertência de Baela.
Todos permaneceram em silêncio, ainda chocados com o que havia acontecido. Visenya agradecia em silêncio por seus irmãos mais novos não estarem presentes na hora. Luke, como os demais, estava calado, com a cabeça apoiada no ombro da irmã, segurando sua mão, e olhava para o chão com pesar.
Visenya nunca havia testemunhado uma morte, especialmente de forma tão brutal, e a imagem da decapitação de seu tio ainda ecoava em sua mente. No entanto, ela também sentia que Vaemond merecia o que aconteceu, especialmente depois das difamações que ele havia lançado contra ela, seus irmãos e, principalmente, sua mãe. Ela notou o olhar de diversão de seu outro tio, Aemond, e sabia que ele tinha apreciado o derramamento de sangue, pelo modo como a encarou. Além disso, ela observou Helaena, que claramente estava assustada com toda a situação. Visenya planejou verificar como ela estava mais tarde.
— Vocês querem ir voar com os dragões? — Baela inesperadamente convidou-os, e todos concordaram, até Luke. No entanto, Visenya recusou o convite.
— Vou ver como Helaena está. Nos vemos no jantar. — anunciou ela antes de se levantar, dar um beijo na bochecha de Luke, abraçar seus irmãos e se despedir de suas primas.
Visenya dirigiu-se então aos aposentos de Helaena, esperando não encontrar Alicent, Aegon ou Otto lá. Ao chegar, viu sua tia tricotando enquanto seus gêmeos pequenos, Jaehaerys e Jaeheara, brincavam do outro lado do quarto. A cena trouxe um certo conforto após os acontecimentos recentes.
— Oi, como você está? — Visenya perguntou a Helaena.
— Bem. — respondeu Helaena sem olhar para ela, continuando a tricotar.
Visenya conhecia bem sua tia, sabia de sua sensibilidade com relação a sangue e morte, bem como seu receio em relação ao toque de pessoas não confiáveis. Ela se sentou ao lado da amiga e a observou tricotar.
— Tem certeza? — perguntou Visenya, e Helaena finalmente a olhou e assentiu.
Visenya começou a reparar melhor na figura que Helaena estava tricotando: dois pequenos dragões, um preto e outro verde, rodando entre si. O dragão preto lembrava Cannibal, seu próprio dragão, enquanto o verde lembrava Vhagar. Distraída pelo trabalho manual de Helaena, Visenya desviou seu foco para a figura que tomava forma sob os ágeis dedos da tia.
