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𝓣𝓱𝓮 𝓡𝓸𝔂𝓪𝓵 𝓦𝓮𝓭𝓭𝓲𝓷𝓰
𝓥isenya repousava na banheira, imersa na água quente e perfumada por ervas e óleos relaxantes. Uma taça de vinho repousava em suas mãos, enquanto ela saboreava algumas frutas e petiscos.
Seu pensamento vagava entre a antecipação e a ansiedade pelo casamento iminente, que aconteceria ao anoitecer. Apesar de ter escolhido meticulosamente cada peça de seu traje dias antes, ela ainda se questionava sobre o desfecho daquele evento: seria um sucesso ou um desastre iminente?
O castelo fervilhava de atividades, com as casas nobres já chegando a Porto Real e o salão real meticulosamente decorado para a ocasião, refletindo o esplendor das famílias envolvidas.
Vis ponderava se, mesmo diante de toda essa agitação, Aemond estaria dedicando-se ao treinamento no campo, como de costume. Diante desse turbilhão de preparativos, ela sentia-se desmotivada para um passeio pelos jardins ou mesmo uma simples caminhada pelos corredores do castelo. Talvez uma visita ao Bosque Sagrado oferecesse o refúgio e a tranquilidade que ela tanto buscava.
Visenya escolheu um vestido de seda vermelho, ricamente adornado com detalhes em ouro que contornavam o centro e o peito da peça. A vestimenta caía com graça sobre seus ombros largos, mas delicados, enquanto as mangas longas envolviam seus braços com elegância. Um cinto duplo, com entalhes de dragões em ouro, destacava sua cintura esbelta. O colar de costume adornava seu pescoço, acompanhado por um longo colar de ouro, decorado com um pequeno rubi reluzente.
Com seus cabelos longos e ondulados soltos ao vento da manhã, a princesa exalava uma beleza serena e imponente enquanto saía de seus aposentos, carregando um romance de sua estante para acompanhá-la no café da manhã.
Movida pela curiosidade em relação ao paradeiro de seu tio, ela decidiu verificar se ele estava no campo de treinamento.
Permanecendo no andar superior, ela observou a multidão no campo e logo avistou Aemond, imerso em seu treinamento solitário com a espada. Dessa vez, não se tratava de duelos, mas sim de uma prática intensa e determinada. Visenya observou-o com uma mistura de fascínio e admiração, contemplando sua habilidade e força enquanto as primeiras luzes da manhã banhavam o campo em uma aura dourada.
A presença de Visenya não passou despercebida por Aemond, que ergueu o rosto para encará-la com um sorriso travesso nos lábios.
- Bom dia, cara sobrinha. - Seu cumprimento carregava um tom provocador, como de costume. Visenya retribuiu o cumprimento com um sorriso igualmente provocador.
- Bom dia, caro tio. - A troca de olhares entre os dois era carregada de um jogo sutil de desafio.
- Vai treinar? - Aemond indagou, observando-a com interesse.
- Não. Apenas vou desfrutar de um belo café da manhã no Bosque. - A resposta de Visenya foi sugestiva, provocando uma leve elevação das sobrancelhas de Aemond.
