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𝓣𝓱𝓮 𝓖𝓸𝓸𝓭 𝓟𝓻𝓲𝓷𝓬𝓮𝓼𝓼
𝐔m ar sombrio pairava no ar, fazendo Visenya sentir um frio gélido e vazio dentro de si. Ela caminhava por um corredor da Fortaleza Vermelha, mas este não era o lugar que ela conhecia. Era uma versão sombria e totalmente destruída. O que parecia ser neve caindo do céu eram, na verdade, cinzas, cobrindo tudo ao redor como um manto sinistro. A princesa não entendia o que estava acontecendo e, hesitante, parou diante de uma grande porta. Reconheceu-a imediatamente: a entrada para o Grande Salão.
Respirando fundo, Visenya deu um passo atrás, relutante em abrir aquelas portas. Contudo, a curiosidade a venceu, e ela empurrou as grandes portas de madeira. O salão estava em ruínas. O teto desabado deixava que mais cinzas caíssem e se acumulassem no chão, cobrindo os destroços das imponentes estátuas dos Reis Targaryen de outrora. No entanto, em meio à devastação, o Trono de Ferro permanecia intacto, uma relíquia sombria em meio ao caos.
Visenya caminhou lentamente até o trono, seus olhos fixos nele como se estivesse sob uma espécie de feitiço. Subiu os degraus, um por um, com a respiração curta e irregular. Parou diante do trono, observando-o. Aquilo que homens dariam suas vidas para possuir estava ali, ao seu alcance. Mas por que? Por que ela estava ali?
De repente, um rugido imponente rasgou o ar. Era seu dragão, Cannibal. Assustada, Visenya olhou para o céu, procurando pelo enorme dragão negro. Ele surgiu entre as ruínas, pousando com um impacto que fez as pedras tremerem e caírem. Seus olhos esmeralda brilhavam de maneira assustadora, e toda a extensão de sua boca estava manchada de sangue. Visenya sentiu-se novamente a garotinha assustada de anos antes, mas também a mesma garotinha que teve coragem de montar no dragão comedor de outros dragões.
Cannibal desceu dos céus e pousou no chão coberto de cinzas. Sem hesitar, Visenya correu até ele. A aparência de Cannibal era mais aterrorizante do que nunca. Ele rugiu e soltou uma baforada quente e forte, que levantou os cachos de sua princesa e montadora. O dragão cuspiu seu fogo verde em direção ao trono, obrigando Visenya a tropeçar para não ser queimada.
