𝟎𝟎𝟕

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𝓣𝓱𝓮 𝓞𝓷𝓮 𝓔𝔂𝓮𝓭 𝓟𝓻𝓲𝓷𝓬𝓮

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𝓣𝓱𝓮 𝓞𝓷𝓮 𝓔𝔂𝓮𝓭 𝓟𝓻𝓲𝓷𝓬𝓮

𝓝o campo de treinamento, Aemond recolhia as espadas que tinha usado para seu treino. Criston Cole já havia se retirado e ido verificar como estava Alicent, já que o mesmo era seu escudo juramentado.

O rapaz apesar de satisfeito com seu treino de hoje, estava pensando sobre seu duelo hoje mais cedo com seu sobrinho. Ele ainda não tinha cuidado dos ferimentos do rosto que adquiriu com Jacaerys socando sua cara, estando com um roxo embaixo de seu olho exposto, ainda com sangue seco nele. Aemond não podia deixar de lamentar o fato de não ter cortado a garganta do bastardo quando teve a oportunidade. A sensação de cansaço começava a pesar sobre ele, enquanto a safira em seu olho parecia latejar em sintonia com sua exaustão.

Um ardor incômodo ecoava em seu lábio, lembrança da mordida que Visenya lhe infligira, arrancando um pequeno pedaço de sua carne. Estranhamente, não se sentia desconfortável com a lembrança, mas sim invadido por uma mistura de sentimentos confusos. A lembrança daquele beijo forçado, uma consequência de sua própria impulsividade, ainda ecoava em sua mente, mesmo que ele tentasse desviar dela.

Embora tentasse se convencer de que tudo fora culpa do vinho que bebera, sabia que não estava tão embriagado assim, tendo consumido apenas algumas taças. No entanto, mesmo com seus pensamentos turvos, uma determinação sombria o impulsionou a agir, levando-o a prender sua sobrinha contra a parede, seu olhar carregado de uma intensidade que não podia ser ignorada.

O peso do arrependimento pairava sobre Aemond, como uma sombra crescente que o envolvia por completo. Após o encontro turbulento com Visenya, encontrou-se perdido em um redemoinho de indulgência e desespero, refugiando-se nas garras amargas da embriaguez e da promiscuidade.

Em uma Casa dos Prazeres decadente, afogou suas mágoas em garrafas de vinho e cerveja, enquanto permitia que as mãos ávidas das prostitutas o tocassem e o consolassem em vão. Cada gole era uma tentativa fútil de escapar da culpa e da angústia que o consumiam por dentro, uma tentativa de apagar da memória o encontro turbulento com a mulher que o deixara desejoso e vazio.

Com a adaga cuidadosamente guardada em seu cinto, Aemond deixou o campo de treinamento, seus passos ressoando pelos corredores do castelo com uma cadência pesada e determinada. Seu único olho brilhava com uma intensidade sombria enquanto seguia em direção aos seus aposentos.

Cada passo era um eco de sua agitação interna, uma mistura de frustração e impaciência. O jovem ansiava pelo conforto de seu quarto, onde poderia finalmente se livrar do desconforto incômodo do tapa-olho que adornava seu rosto.

O corredor à sua frente se estendia como um túnel sombrio, iluminado apenas pelo brilho fraco das tochas nas paredes de pedra. Seu desejo por um banho escaldante era quase palpável, uma ânsia ardente que o impulsionava adiante.

No entanto, à sua frente, surgiu a visão de sua sobrinha emergindo de um aposento próximo. Ela não o avistou, absorta como estava em devorar um pedaço de bolo.

𝓥𝖊𝖓𝖊𝖓𝖔, 𝓕𝖔𝖌𝖔 𝖊 𝓢𝖆𝖓𝖌𝖚𝖊, 𝓐𝓮𝓶𝓸𝓷𝓭 𝓣.Onde histórias criam vida. Descubra agora