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𝓘 𝓦𝓲𝓵𝓵 𝓗𝓪𝓾𝓷𝓽 𝓨𝓸𝓾
Aemond inclinou-se para trás na cadeira, o copo de vinho quase vazio entre seus dedos longos. A luz bruxuleante das velas criava sombras dançantes nas paredes da Casa de Prazeres, enquanto risos abafados e vozes doces enchiam o ar com promessas vazias. Ele estava rodeado por beleza, por luxúria cuidadosamente encenada, mas tudo parecia um espetáculo desbotado, como uma tapeçaria que perdera suas cores com o tempo.
Um homem jovem, com pouco mais de dezoito anos, cabelos escuros, pálido e magro, dava prazer para o seu membro exposto. De joelhos entre as pernas do príncipe. Aemond ditava as estocadas enquanto a boca do jovem cobria toda a sua extensão. E em seu lado, uma mulher diante dele. Uma jovem de cabelos escuros e olhos ousados, sussurrava palavras que ele mal ouvia, suas mãos acariciando seu peitoral nu. Ela tinha a suavidade que tantos desejavam, mas para ele, faltava substância. Faltava intensidade. Faltava sentido. Faltava Visenya.
Ele olhou para o vinho em sua taça, o vermelho profundo lembrando o brilho do fogo refletido nos olhos dela — os olhos que o desafiavam, que incendiavam algo em seu interior que ele não sabia nomear. Era um pensamento que o atormentava. Havia algo em sua ausência que o deixava incompleto, como se uma parte de si tivesse sido arrancada quando ela partiu para o Norte.
— Não parece estar em outro lugar, meu príncipe? — perguntou a mulher, sua voz sedutora tentando atravessar a barreira que Aemond havia erguido.
Ele ergueu o olhar, frio e avaliativo, fixando-se nela por um momento.
— Talvez esteja — respondeu ele, sua voz baixa e cortante como a lâmina de uma adaga.
Aemond desviou o olhar da mulher e o fixou na escuridão além da janela, mas sua mente já não estava ali. O bordel, com suas paredes adornadas e promessas de esquecimento, desapareceu de sua consciência. Tudo o que restou foi o peso sufocante de um nome: Cregan Stark.
O pensamento era um veneno que escorria lentamente por suas veias, queimando com cada imagem que surgia em sua mente. Ele imaginava o Senhor do Norte ao lado de Visenya, a figura austera dele se suavizando diante de um sorriso que ela talvez tivesse reservado para ele, e não para Aemond. Visenya, que sempre fora uma força indomável, agora envolta em peles nortenhas, rindo de algo que Cregan havia dito — algo que ele nunca ouviria.