Enquanto a tempestade rugia lá fora, o grupo se viu confinado dentro da caverna, abrigando-se do frio intenso. Natasha, tremendo de frio, procurava conforto junto à fogueira, cujo calor parecia não ser suficiente para aquecê-la. Brunnhilde, habilidosa, assava um peixe que havia pescado mais cedo, garantindo pelo menos uma refeição quente para o grupo.
Maria, em uma tentativa de combater o frio, tentava meditar, concentrando-se para encontrar algum conforto interior que pudesse ajudá-la a resistir às baixas temperaturas. Enquanto isso, Melinda permanecia em uma meditação profunda, aparentemente alheia ao frio que assolava o ambiente.
Entre elas, havia um contraste evidente: enquanto Melinda parecia imune ao frio, as outras lutavam para se manterem aquecidas, cada uma buscando uma forma de lidar com a situação adversa.
Natasha, envolta em seu cobertor, tentava em vão encontrar uma posição mais confortável próxima à fogueira, mas o vento gelado que penetrava na caverna parecia desafiar qualquer tentativa de se aquecer. Ela olhava para Maria, admirando sua serenidade enquanto tentava meditar. Apesar de suas tentativas, a jovem princesa não conseguia encontrar a mesma paz interior.
Brunnhilde, com sua habilidade de sobrevivência, continuava a preparar o peixe, suas mãos ágeis movendo-se com destreza sobre a chama da fogueira. Seus olhos, porém, ocasionalmente se voltavam para a entrada da caverna, monitorando a intensidade da tempestade lá fora.
Melinda, em sua meditação profunda, parecia alheia à agitação ao seu redor. Seu rosto tranquilo não denotava preocupação com o clima adverso lá fora. Em seu próprio mundo interior, ela encontrava calma e serenidade, enquanto o tumulto da tempestade rugia do lado de fora da caverna.
Melinda parecia perdida dentro da própria mente. Para suas amigas, ela parecia dormente, mas na verdade, estava muito acordada.
— Vocês não me disseram que seria tão trabalhoso — disse Melinda em sua língua materna. No entanto, não houve nenhuma resposta dentro de sua mente. — Poderiam ao menos facilitar. Estamos perto de casa, poderiam agir aqui e parar a neve.
— Está dando ordens aos deuses, filha da terra? — uma voz metálica e feminina falou dentro da cabeça de Melinda.
— Poderíamos estar indo mais rápido com a ajuda de vocês, mas me ofereceram cavalos... Cavalos! Cavalos não correm na neve!
Por fora, Melinda demonstrava apenas uma careta emburrada e fechava as mãos. Às vezes, falar com os deuses lhe irritava mais do que lhe acalmava.
Ela suspirou pesadamente e abriu os olhos, encarando a caverna onde suas amigas tentavam aquecer-se. Natasha, especialmente, sofria com o frio, encolhida ao lado da fogueira. Maria tentava meditar para aquecer seu corpo, mas estava tendo pouco sucesso. Brunnhilde, por sua vez, assava um peixe na fogueira, que havia pescado quando ainda estavam na vila de Arrow.
Melinda olhou para as chamas e voltou a mergulhar em seus pensamentos, esperando que os deuses finalmente lhe respondessem.
— Quem demanda do vento que mude sua direção jamais compreenderá a arte de esperar pela calmaria.
Melinda franziu a testa, sentindo a irritação crescer.
— Calmaria não nos levará a lugar algum quando o tempo é nosso inimigo.
A voz metálica riu suavemente.
— A impaciência te cega para as soluções que já estão diante de você.
Suspirando, Melinda abriu os olhos, encerrando sua meditação.
— Às vezes, sinto que a sabedoria dos deuses é mais frustrante do que esclarecedora — murmurou para si mesma, levantando-se para se juntar ao grupo.
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Save Me
FanficEdson Hill estava eufórico pelo nascimento de seu primeiro filho, no qual uma bruxa barata havia lhe dito que viria no no segundo inverno de seu casamento. "No segundo inverno de seu casamento, o pior de todos, nascerá o melhor cavaleiro do Reino V...