Devilish Smile

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Mavin como o Cavaleiro Mascarado

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Enquanto isso Maria corria como uma galinha depenada na cozinha fingindo entender o que estava acontecendo ali.

Os chefes lhe pediam os ingredientes, mas ela não sabia identificar nenhum. Os garçons mandavam ela montar os pratos, mas ela não sabia como decorar um quarto infantil, quem dirá um prato requintado. Por fim, com pena da filha, Christina lhe mandou lavar os pratos e implorou para ela não quebrar nenhum.

Maria praguejou. Ela poderia estar se divertindo na festa com a princesa ao inves de estar naquela cozinha quente e abafada lavando os pratos da realeza. Sua cara não era a das melhores agora.

Mavin deveria estar tendo a noite dos sonhos agora posando de cavaleiro. Maria deu um tapa em um montinho de espuma, frustrada, e voou espuma em seu rosto.

— Agh! — Limpou com as costas do braço e olhou em volta.

"Eu preciso sair daqui".

Ninguém tinha lhe designado como garçom. Ao invés disso lhe colocaram com um vestido e avental para lavar louças.

— Mamãe! — Christina lhe lançou um olhar cortante, mas se aproximou da filha. — Tem mais roupas de garçom?

— Lava os pratos, Maria.

— Não aguento mais — secou as mãos no avental. — Olha minhas mãos! Estão enrugadas!

Suspirando Christina negou com a cabeça. Ela não merecia aquilo.

— Você vai tentar falar com a princesa?

— O que? Por que faria isso?

— Vai ou não, Maria?

— Óbvio que não! Sou uma mera servente. Não posso falar com ela.

Mesmo sabendo que iria se arrepender, Christina puxou a filha pelo braço até uma salinha minúscula e escura.

Ela acendeu uma lamparina e buscou entre a pilha de roupas do dobrada, uma que servisse em Maria.

— Vista-se logo! — Então se retirou.

Maria sorriu de maneira travessa e fechou a porta atrás de si.

(...)

— A gente já se conhece — disse Mavin, nervoso.

— Claro — sorriu Natasha. — Só não te conhecia sem a máscara.

— Decepcionada?

— Não vou mentir dizendo que era algo que eu esperava.

— O que esperava, Alteza?

— Algo mais delicado — traçou a ponta do indicador na mandíbula de Mavin.

Ele se encolheu ao toque se sentindo um cordeirinho.

Novamente Natasha deu aquele sorriso de quem sabia mais do que estava contando e afastou a mão.

— Vamos? — Chamou Mavin com o dedo e se afastou.

Ele abriu a porta para ela e lá fora já estava duas empregadas na porta para guiar a princesa até o príncipe Alexei, que seria o par principal de Natasha já que ela ainda não tinha um pretendente. Meio deslocado, Mavin seguiu ao lado de Natasha, sem olhar para ela. Mas, secretamente, ele estava admirando o trabalho delicado do vestido. Ele amava a arte da realeza.

Agora, andando com um pouco mais de calma, ele teve a chance de reparar nas artes espalhadas pelo castelo. Os quadros grandes e altos nas paredes com suas molduras em ouro, as estátuas brancas, os carpetes; tudo de primeira qualidade.

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