Fighting for You

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Maria não sabia exatamente o que dizer, sentir ou fazer. Ela apenas permaneceu imóvel na cama olhando fixamente para Natasha ao ouvir seu nome. Com sua atitude, ela já sabia que não haveria uma forma de mentir e dizer que Romanoff estava sendo precipitada.

Seu coração não parecia estar acelerado, mas sim parado no tempo. Talvez estivesse batendo tão rápido que ela era incapaz de senti-lo. Sua boca estava completamente seca; sua língua era incapaz de se mover para formar uma palavra. Mas ela tentava a todo custo manter o olhar mais controlado do mundo.

Natasha aguardou o silêncio mórbido de Maria pelo o que pareceu eternas horas, mas não se passaram de 1 minuto. Então ela estendeu a mão e puxou a máscara de Maria para baixo.

Hill não se moveu ou tentou impedir, seria pior. O que ela precisava fazer agora não era implorar por sua vida, mas livrar a vida de seu irmão.

— Aí está você — Natasha disse com um sorriso no rosto. — É bom ver seu rosto, mas você está pálida.

— Quando? — Foi a única coisa que ela conseguiu dizer.

— Uhm... Queria muito dizer que já sabia há bastante tempo, mas você é uma excelente mentirosa. Mas eu já desconfiava que algo não estava certo desde o baile. Você e seu irmão são idênticos, quase gêmeos, mas seus olhos são diferentes — apontou para os olhos de Maria. — Quando Mavin usava a máscara, os olhos dele eram diferentes dos seus, mas eu pensei ser apenas uma neura da minha cabeça... Até que eu beijei você e depois beijei você novamente como Mavin... foi como beijar a mesma pessoa e daí eu pensei que fosse por vocês serem irmãos, mas... não, não seria tão parecido assim.

Maria fechou os olhos. Aquele erro havia sido sua culpa, ela jamais deveria ter entrado no jogo de Natasha daquela forma.

— Não se martirize. O que poderia fazer? Eu obriguei você e desacatar uma ordem minha poderia te levar à morte.

— Bom, não é como se eu tivesse mudado meu destino, certo?

Natasha soltou uma risada divertida e negou com a cabeça.

— Acha que eu vou mandar matar você?

— Não vai?

— Vamos ser honestas, Maria. Você merece, isso é fato. Você mentiu para a família real inteira e alimentou essa mentira para todos da corte usando seu irmão, que infelizmente seria sentenciado com você. Você querendo ou não. Mas... Você me serviu bem, me manteve segura e cumpriu as promessas que fez para mim. Posso ser muito misericordiosa, se eu quiser.

— Você sim. Mas e seu pai?

— Ah... Aí você tocou em um assunto sensível. Meu pai não sabe sobre você e enquanto estivermos nessa viagem, não saberá. Quando chegarmos de volta ao castelo com o meu futuro amor, nós dois vamos depor ao seu favor, mas morta não permitirei que você seja. Isso, se você quiser voltar para o nosso reino.

— O que quer dizer?

— Iremos passar em muitos reinos onde mulheres podem ser guerreiras. Você não está presa a mim. Pode escolher ficar em qualquer um desses reinos. Se eu voltar casada, meu pai não exigirá que você continue como meu guardião e deixará de lado a sua deserção.

— Deserdora? Eu prefiro ser morta do que manchar o nome da minha família com tal humilhação!

Novamente Natasha sorriu. Aquilo estava irritando Maria.

— De alguma forma eu sabia que diria isso. Posso prometer a você que não permitirei sua morte quando voltarmos, mas... você sabe, terá uma punição e nessa eu não posso intervir.

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