Capítulo 8: Os Incidentes

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No dia seguinte, acordo com a luz do sol no meu rosto, parece que eu desmaiei noite passada.
Me levanto cuidadosamente para não acordar os meninos, Ainda e muito cedo.

Ponho um roupão, escovo os dente e vou para cozinha preparar um café.

Assim que abro a Porta do armários a campainha toca, e eu vou atendê-la antes de tocar novamente.

Abro a Porta e vejo dois homens de terno, testemunhas de Jeová?
EM ÓREGON?

S/N – Pois não?

??? – S/N Reis?

S/N – Sim?

AGENTE 1 – Somos Agente do FBI – Fala mostrando a identificação – Gostaríamos de te fazer algumas perguntas.

S/N – Vocês tem uma ordem judicial para isso?

AGENTE 2 – Podemos voltar com ela, se preferir.

S/N – E ter que ser incomodada de Manhã novamente? Não obrigada. – Eu falo e depois saio do caminho da porta os convidando para entrar.

Eles entram e se sentam no sofá.

Por que eles estão aqui?
Eu estou sendo acusada?
Mas como descobriram?

AGENTE 1 – Não se preocupe Senhora, só vamos te fazer algumas perguntas.

Eu puxo uma cadeira da cozinha e me sento em frente a eles.

S/N – Em que posso ajudá-los?

AGENTE 1 – Gostaríamos de fazer algumas perguntas sobre o seu ex-noivo Marcelo.

A minha expressão muda, Mas não tenho motivos para ficar nervosa né?
Afinal não estou sendo acusada, não ainda...

S/N – Depois de 3 anos?

AGENTE 2 – Lamentamos a demora, por nossa incompetência o caso continua em aberto.

AGENTE 1 – Suspeitamos que o incêndio foi criminoso, então voltamos às investigações.

Então eles realmente estão a procura de um assassino

AGENTE 2 – pode contar novamente o que aconteceu naquela noite?

S/N – Foi a muito tempo... – Eu serro os meus olhos e mudo minha expressão,  a intenção é parecer lamentável.

AGENTE 1 – Por favor Senhorita Reis, faça um esforço.

S/N – Ok... Eu e Marcelo tínhamos brigado, no mesmo dia Ele me liga e propõem um jantar de reconciliação, eu aceitei e fui depois da faculdade, estava tudo incrível até eu tocar no assunto da briga...  E então começamos a discutir novamente, só paramos quanto vimos o ambiente se iluminar com o fogo, Ele não era um bom cozinheiro e aparentemente deixou alguma coisa ligada, Eu consegui sair, Mas... o fogo aumentou e ele não, liguei para os bombeiros mais já era tarde, Marcelo não sobreviveu... – Eu Abaixo o olhar  evitando olhar nos seus olhos.

AGENTE 1 – Deve ter sido difícil.

AGENTE 2 – No passado você participou de um outro incidente.

AGENTE 1 – E nesse outro também ouve a presença de fogo, não é?

S/N – Isso é realmente relevante?

AGENTE 2 – Pedimos que colabore...

AGENTE 1 – Nos conte sobre o incidente 2.

S/N – Não tem muito o que contar, só me lembro de ter acordado e visto os lençóis pegando fogo.

AGENTE 1 – Como o fogo começou?

S/N – Creio que foi por uma vela, as menina tinham o costume de jogar baralho a luz de vela para não chamar atenção da diretora.

AGENTE 2 – Uma vela resultou em um incêndio que levou a morte de 5 crianças?

S/N – Eu estou sendo acusada senhores?

AGENTE 1 – De forma alguma.

S/N – Porém parece que estou sendo interrogada.

AGENTE 2 – Não temos mais perguntas.

Os dois se levantaram.

Eu abri a porta e eles foram embora sem dizer mais uma palavra.

S/N – Merda...descobriram algo ? – Falo preocupada, inquieta passo a mão do cabelo. – Impossível, não tem como me ligarem ao incêndio. – Começo a respirar fundo tentando acalmar o meu coração. – Está tudo bem...

Minha respiração se descontrola, me sinto perdendo o ar.
O meu apartamento sempre foi tão pequeno? Estou sentindo as paredes se fecharem.

Merda, estou ficando presa!

Minha visão embaça, eu vou desmaiar?

JAKE – S/n! – Jake grita.

Sebastian, com a sua velocidade, consegue chegar até mim antes que eu caia no chão, Enquanto Jake vai até a cozinha pegar um copo de água, trêmula eu pego o copo e tento me acalmar.

Logo eu volto ao normal, nos braços de Sebastian e ouvindo as palavras reconfortante de Jake.

Merda! Será que eles ouviram tudo?

SEBASTIAN – S/n... Quem e Marcelo?

JAKE – O fogobfoi você que causou?

SEBASTIAN – Sutil como um cavalo.

JAKE – Me chamou de Cavalo?

Os dois começam a discutir como sempre quebrando o clima tenso que estava no ambiente.

Aparentemente eles realmente ouviram tudo.
Foram sinceros comigo desde o começo e não esconderam nada de mim, talvez eu devesse isso a eles, de qualquer forma, me sinto a vontade para contar o que aconteceu naqueles dias.

S/N – Tudo começou quando minha mãe me deixou em um orfanato no Rio de Janeiro. – Os meninos se calam e me olham prestando atenção em cada frase que eu digo. – Por um motivo desconhecido, as outras crianças daquele lugar transformaram a minha vida em um inferno por 14 anos, naquele tempo eu ainda não tinha conhecimento do meu poder, e não podia me defender  fugir ou pedir por ajuda, eu simplesmente sofria calada e quieta. – Jake se senta do meu lado e Sebastian na minha frente, os dois parecem fazer de tudo para que eu me sinta confortável. – depois de tanto tempo guardando tudo para você... esses sentimentos começam a acumular e um dia explodem, foi oque aconteceu no dia em que completei os meus 17 anos.

FLASHBACK ON

Nunca me senti tão feliz! a diretora da escola fez questão de entregar o meu boletim diretamente a supervisora do orfanato que pareceu muito contente com a notícia que eu vou conseguir entrar em um Boa faculdade.
Simplesmente nada que as meninas fizeram hoje tiraram o sorriso do meu rosto, com esse sentimento eu me deito e vou dormir.

No meio da noite acordo, sentindo algo molhado debaixo de meus lençóis, me levanto e tiro minhas coberta descobrindo algo realmente nojento.

S/N – Isso são sapos?

Ao todo 3 sapos, que tiveram suas cabeças esmagadas e suas entranhas tiradas para fora.

Coloco a mão na boca, sinto que vou vomitar.

MARIA – hahaha! Olha a cara dela, isso é Hilário!

Maria, uma das meninas mais venhas do orfanato aparece rindo rodeada das outras crianças do orfanato.

MARIA – Gostou do seu presente de aniversário? São asquerosos como VOCE! ~Risada~ – Depois do seu sinal, as meninas começaram a cantar a parabéns.

No final da música, Maria acende uma vela e anda em minha direção, as outras me seguram me deixando Imóvel, Maria aproxima a vela cada vez mais do meu rosto.

MARIA – Está pronta para o seu pedido de aniversário S/n? – As outras riem, cada vez mais alto.

Como podem fazem isso comigo? Nunca fiz nada a elas!

Não é como se fosse minha culpa eu ter parado aqui!

Merda, eu nao quero mais ficar aqui...

Eu fecho meus olhos, mas é possível ver a claridade da vela mesmo com eles fechados, a vela se incendiou por inteira.

Quando a chama se torna grande demais para se controlada Maria joga a vela no chão.

MARIA – Que porra é essa? – Ela fala assustada vendo que não consegue apagar a vela mesmo usando seus sapatos.

Um pequeno incêndio começou.
Mas... de alguma maneira aquele fogo não me feria.

MARIA – A-Aberração – Gritou Maria.

Todas me olharam amedrontadas, como se eu realmente fosse o mostro da aquele lugar.

Como podem me olhar assim depois de tudo que fizeram?

Foram elas que estragaram o meu aniversário usando o amor que sinto pelos animais e sou eu a Aberração?

O fogo seguia o ódio de meu coração e a medida que esse ódio aumentava o fogo crescia.

O fogo já não era algo possível de controlar, então as meninas correram em direção à porta, elas queimam suas mãos na maçaneta quente  tentando desesperadamente abrir a porta.

Aquele lugar em minutos foi consumido por uma fumaça espeça e negra e Gritos.

S/N – E bom ver elas desesperadas para variar...

Depois disso, tudo fica preto.

A Bruxa De Óregon +18 Onde histórias criam vida. Descubra agora