🍧 04. Algodão Doce 🍧

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Escrita com
Carolleite26 ♥️ ✨

Após o jantar, Oli brincou um pouco e adormeceu, estava exausta. Deixei ela confortável em nossa cama e fui organizar as coisas. Na sala vi um papel no chão, me abaixei pegando e li aquele recado. Mas tinha a sensação de que pegaria ele no corredor, o que não aconteceu. Tinha duas caixas enormes com o meu nome escrito. Com esforço coloquei as duas para dentro e abri, tirando tudo que estava ali dentro. Eu não podia acreditar que mais uma vez ele estava pensando em mim, estendendo a sua mão, financiando o meu sonho. Melhor, ele estava construindo o meu sonho, tijolinho por tijolinho. Beijei aquele bilhete e o abracei sorrindo. Guardei como sempre junto com os vários outros que ele deixava ali e fui organizar tudo. Passei quase a madrugada toda preparando os diversos doces e separando os que iriam para degustação. Os de Dionísio estavam em uma embalagem especial que comprei dias atrás, mas guardei para uma surpresa. Terminei bem na hora que a pequena chorou faminta e molhada. Troquei sua fralda e me deitei com ela na cama, agora iria mamar. Não demorou muito ela adormeceu, esperei ela arrotar para poder me deitar um pouquinho que fosse.

Depois de dormir até o meio-dia me levantei, tomei um banho para acordar melhor, me vesti bem para conversar com os donos das padarias, bati na porta dela.

Dionisio: Boa tarde, podemos conversar um pouco? - peguei a bebê no colo fazendo cosquinhas em sua barriga ouvindo sua gargalhada - Espero que não brigue comigo com o que vou dizer.

Refúgio: Boa tarde, entra - dei passagem a ele - então me fala o que você fez - fechei a porta quando ele entrou. Esperei a brincadeira terminar para decidir o que faria com ele.

Dionisio: Ontem passei em três padarias com o doce que me deu, eles adoraram e agendei de conversarmos hoje com mais doces de demonstração - levantei a bebê como se a jogasse no ar e ria com ela - Pensei de fazer sanduiches naturais, suco e vendermos no ponto de ônibus, aproveitar para saber se clientes.

Refúgio: Você o quê? - fiquei por minutos parada lhe olhando, mas quando reagi corri até ele e o abracei emocionada - Dionísio... eu... eu não sei como te agradecer por isso. Ouviu filha? Ouviu o que o Dionísio está fazendo por nós duas?

Dionisio: Eu consegui possíveis compradores para seus doces em uma escala maior? - passei o braço por suas costas retribuindo seu carinho - Disse que não é necessário, estou ajudando por querer que fiquem bem.

Refúgio: Não Dionísio, você é bem mais que isso, você é um anjo, o nosso anjo. Te agradecerei sempre. Tem um coração grandioso, nos enxergou e acolheu quando estávamos invisíveis. Obrigada, obrigada.

Dionisio: Gosto de cuidar de vocês, essa pequena dá trabalho - ri - Nunca foi invisível, agora vai trocar de roupa que iremos sair para conversar com eles, depois almoçar.

Refúgio: Não muito, ela só quer chamar a sua atenção - o olhei e beijei o seu rosto, foi um beijo demorado - vamos filha, hoje vamos vender os doces da mamãe e depois te levo ao parque - a peguei em meus braços e enchi de beijos - não demoramos - fui para o quarto e voltamos alguns minutos depois - podemos ir, só preciso pegar os doces - deixei a bolsa no sofá.

Dionisio: Com uma lindeza dessa nem precisa, leve o tempo que precisar - fiquei na janela esperando por elas - Podemos, mas eu pego os doces para você, vai ficar pesado para carregar e temos essa gatinha para carregar.

Refúgio: Estão em cima da mesa, separei em algumas caixas de acrílico, fica melhor a apresentação e os que são para vender estão no isopor - falei um pouco alto para ele escutar.

Algodão Doce - Refúgio y Dionísio (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora