🍧 03. Algodão Doce 🍧

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Escrita com
Carolleite26 ✨ ♥️

Dionisio: A ideia era comer tranquilamente na hora do trabalho só que o pessoal viu quis experimentar e como falou que vende doces dei de amostra para o pessoal que se deliciou pedindo mais, eu disse que levaria uns 3 dias para entregar se levar mais eu falo para eles hoje, podemos calcular para que cubra os seus custos e tenha lucro, mas já vi venderem doces menos gostosos por $22,00 - fui puxado para dentro da sua casa tendo que segurar o riso - Jantar? Tem cardápio ou uma lista de doces que faz para levar na empresa, trabalho na madruga, mas tenho amigos em outros horários que podem ajudar a oferecer.

Refúgio: Eu quero te abraçar bem muito sabia? - sorri largamente sem tirar os meus olhos dele - mas eu sei que invadiria o seu espaço e não quero isso. Obrigada por tudo Dionísio, você não sabe, não tem ideia do que está fazendo por mim nesse momento - fui até o armário e tirei um outro pote - esse aqui é seu, apenas seu, se delicie com o que você tanto gosta - coloquei na mesa - não vai demorar tudo isso, mas deixe como está, eu vou comprar ingredientes para fazer e te entrego. É um preço bom, vai que se cobrar mais ninguém compre, aí perco tudo. Eu não tenho, gostaria de fazer várias coisas, mas não posso. Gosto de cozinhar, fazer doces é o que mais amo, diversas coisas. Poderia levar sim, tentar fazer algumas coisas e levar para vender, já que na rua está difícil - sorri fraco.

Dionisio: É... é... fica para um outro momento - falei com vergonha - Deixa para lá, não vou levar para o trabalho vou comer em casa, detesto dividir, penso que entregar antes é melhor do que atrasar, passo esse preço e eu tenho computador, impressora e um programa de designer para bolar um cardápio, panfleto não sei - dei de ombros - Não precisa ter muitas opções, bolo de pote, doce de leite, saquinhos de doce de leite, uns cinco produtos diferentes para chamar a atenção, não ficar somente no apartamento e na fábrica.

Refúgio: Quando você quiser - ri - deixa sim, vai aproveitar sozinho. Sério? Não divide nada? Nem com a sua namorada? Eu sei, saio vendendo nas ruas, mas sabe como é, as pessoas gostam muito de julgarem. Ninguém sabe o que se passa na vida do outro. Não está sendo fácil, mas Deus nos presenteou com um anjo da guarda e aos poucos consigo dar um formato a ele. Sério? Faria mesmo isso por mim? Te pago assim que conseguir vender as coisas.

Dionisio: É muito bom o seu doce tem que experimentar devagar, degustar - passei a língua nos lábios - Não tenho namorada para ter que dividir, muito provável que se tivesse não dividiria, é... bem... não quero me intrometer no seu negócio só que precisa ir aos lugares certos, como padarias, docerias, pontos de ônibus próximo a hora do almoço, esquece essas pessoas, um anjo? Faria sim, nem precisa me pagar, amanhã estarei de folga podemos começar a fazer.

Refúgio: Eu tenho um segredo na preparação, mas não revelo a ninguém - sorri - vai poder fazer isso agora, sem se preocupar que te peçam. Duvido que não faria isso, é algo espontâneo. Sim, sim, vou andar mais um pouquinho, levar uma degustação para eles verem. Sim, um anjo Dionísio. Obrigada, de coração e eu insisto em pagar, nem que seja de outra forma, com vários doces - gargalhei baixinho - o que acha de fazer a degustação?

Dionisio: Não pode revelar para ninguém é o seu diferencial, eu farei pode ter certeza - comi tudo que ela tinha oferecido estava uma delícia - Alguma vez pensou em fazer sanduiche natural, suco, salada de frutas? Montaremos um plano de negócios, que bom que esse anjo está cuidando bem de vocês, para de falar em pagamento, talvez doces, eu vou gostar.

Refúgio: A ninguém. Meu maior sonho é uma doceria - sorri fraco - ter tudo, mas o foco ser os meus doces, de todos os tipos. Eu faço sim, mas por enquanto os recursos são limitados, então prefiro ficar nos doces. Vai me fazer chorar Dionísio, um dia eu vou conseguir agradecer esse anjo por tudo que tem feito por mim. Ótimo, combinamos assim, ganhará doces, vai provar tudo.

Dionisio: Uma doceria, bem interessante - pensei um pouco - Pensaremos em um jeito de aos poucos ir aumentando o menu, planos futuros Refúgio, parei, nada de lagrimas, talvez esse anjo não queira reconhecimento somente a satisfação de fazer o bem, eu já vou indo - escutei o choro da bebê - Posso? - me levantei seguindo o choro e a peguei no colo - Acordou avisando a todos? Ou por que ouviu a minha voz? Está toda sorridente para mim.

Refúgio: Ela gosta muito de você Dionísio - sorri parando na porta ao ver aquela cena - Oli fez isso para chamar a sua atenção e não, você já não é mais visita, é de casa. Só basta ouvir a sua voz que chora, agora está aí, toda sorridente para você.

Dionisio: Eu gosto dela até quando atrapalha o meu sono - segurei em sua mãozinha - Está tentando chamar minha atenção? Que danadinha, não precisa ser com choro pode rir que eu gosto mais - brinquei - Esse sorriso banguela, está crescendo bastante né? Daqui a pouco vai correr pela casa.

Refúgio: Ela está se comportando mais, não é? Ela quer chamar sua atenção de todas as formas. Logo estará com os ladrõezinhos mordendo os seus dedos. Confesso que penso muito nessa fase e em todas as coisas que estão por vir - suspirei triste - quando ela questionar sobre o pai... sentir saudades dele...

Dionisio: Tenho que concordar que quase não chora, está gordinha, coradinha, uma belezura - sorri - Vai ser uma fofura, ela vai crescer feliz sendo amada por todos, vai mostrar as fotos dele, contar o quanto ele ficou contente com sua vinda.

Refúgio: Não para de comer, quer tudo que vê - ri - e que infelizmente não pode vê-la nascendo, segurar pela primeira vez e acompanhar tudo - me aproximei deles e beijei a cabecinha dela - nós só temos um certo anjo - olhei em seus olhos.

Dionisio: Gatinha esfomeada - ri - Tem que comer bem, sei que será uma falta para ela, que terão muitas perguntas, vai se sair bem, ele está cuidando muito bem de vocês, gatinha tenho que ir resolver uns assuntos e amanhã passamos o dia juntos combinado?

Refúgio: Vem meu amor - a peguei com cuidado de seus braços - dá tchau para o Dionísio meu amor - acenei com a mãozinha dela. Peguei na cozinha seu doce e o levei até a porta, nos despedimos e ele se foi. Fiquei longos minutos ali olhando por longos minutos a porta de seu apartamento fechado.

Entrei em casa com ela em meus pensamentos, balancei a cabeça várias vezes para tirá-la da cabeça, lembra da promessa que fez nada de se apaixonar, não cairei nesse truque, não de novo, peguei minha carteira e as chaves do carro e sai.

Pouco depois daquele pequeno devaneio entrei em casa com a Oli. Troquei sua fralda, dei seu leite e fiquei brincando com ela, quando dormisse começaria os doces, agora o momento era todo da minha menina.

Estava me metendo onde não era chamado o negócio era da Refúgio não meu, onde estava? Em uma padaria conversando com o dono, depois em outra em outra, conseguindo contato deles e a promessa de venda ao experimentar o doce que levei, finalizaríamos no dia seguinte com a presença dela, conversei com um amigo advogado pedindo um modelo de contrato para fazer tudo corretamente e ninguém tirar o que é dela, a última parada foi no supermercado se ela faria doces precisaria de matéria prima, muita matéria, tinha feito um cálculo rápida, claro que comprei mais coisas, voltando para casa e mais uma vez colocando as caixas em frente à sua porta, no meu apartamento fui terminar de dormir e quando acordei escrevi um bilhete avisando que passaria na casa dela logo de manhã, passei o papel por de baixo da sua porta indo trabalhar.

Após o jantar, Oli brincou um pouco e adormeceu, estava exausta. Deixei ela confortável em nossa cama e fui organizar as coisas. Na sala vi um papel no chão, me abaixei pegando e li aquele recado. Mas tinha a sensação de que pegaria ele no corredor, o que não aconteceu. Tinha duas caixas enormes com o meu nome escrito. Com esforço coloquei as duas para dentro e abri, tirando tudo que estava ali dentro. Eu não podia acreditar que mais uma vez ele estava pensando em mim, estendendo a sua mão, financiando o meu sonho. Melhor, ele estava construindo o meu sonho, tijolinho por tijolinho. Beijei aquele bilhete e o abracei sorrindo. Guardei como sempre junto com os vários outros que ele deixava ali e fui organizar tudo. Passei quase a madrugada toda preparando os diversos doces e separando os que iriam para degustação. Os de Dionísio estavam em uma embalagem especial que comprei dias atrás, mas guardei para uma surpresa. Terminei bem na hora que a pequena chorou faminta e molhada. Troquei sua fralda e me deitei com ela na cama, agora iria mamar. Não demorou muito ela adormeceu, esperei ela arrotar para poder me deitar um pouquinho que fosse.

Continua...

Algodão Doce - Refúgio y Dionísio (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora