Escrita com
Carolleite26 ♥️ ✨Dionisio: Não senti nada por ela, não existem velhos sentimentos – tentava explicar – Refúgio, o meu medo é de te perder, de perder a minha família, de chegar um dia e perceber que o amor acabou, a sua perda não poderei suportar, estou explicando a minha insegurança, os meus medos – respirei fundo - Você e nossos filhos marcaram minha vida de forma positiva, com amor, compreensão, não quero te ferir somente que... somente quis ser sincero, foi o que minha terapeuta falou.
Refúgio: Fico lisonjeada com a sua sinceridade e muito agradecida. Não precisa mais ter medo Dionísio, agora sou eu quem vou embora e com os meus filhos. Viva a sua insegurança sozinho e com o peso de que foi você quem destruiu a nossa família e não eu.
Dionisio: Tudo que estou pedindo para não fazer? Obrigado por seu apoio e por saber que posso ser sincero com meus sentimentos - fui até o bar bebendo a primeira dose de uísque - Não será necessário sair da sua casa, eu mesmo saio, não vou me afastar dos meus filhos.
Refúgio: Deixe de ser criança e aprenda a virar homem - tirei o copo de sua mão - gostou de provar do seu veneno? É bom, não é? Deveria mesmo fazer isso com você para aprender. Se eu tivesse que te deixar faria isso quando conseguimos tudo isso que temos hoje. Aprendeu a lição? Pois agora troque de terapeuta, essa que você está indo só quer o seu dinheiro - fui para mesa jantar, estava faminta.
Dionisio: Refúgio... Refúgio? Como assim provar do meu veneno? Esquece chega de conversar, tenho até medo do que falar, aprendi, acho que farei a troca - nos sentamos - Foi muito malvada comigo, já estava pensando para onde iria.
Refúgio: Provar do seu veneno, me fez sofrer e eu te atormentei, fim - comecei a comer - troca? Que troca? Estou morrendo de fome. Eu? Você procurou, agora aguente - pisquei para ele - um hotel?
Dionisio: Foi maldosa, trocar de terapeuta - também comecei a comer - Jantamos, não procurei apenas quis ser sincero como a regra que combinamos quando nos casamos, um hotel não cabe as crianças e ficaria com elas quando saísse da escola para que estivesse tranquila, tenho que cuidar dos dois.
Refúgio: Só fiz você provar do seu veneno. Não ficaria não, eu não iria deixar. Então cuide, em algumas semanas, o seu filho vai chegar, não quero estresse algum - comia sem parar.
Dionisio: Continua sendo malvada, calma aí não permitiria ficar com nossos gatinhos? Vou cuidar muito bem, sem estresse meu amor, vou ficar quietinho chega de confusão.
Refúgio: Não mesmo, ainda mais em um hotel - o olhei - acho bom, porque agora virá o seu castigo, você merece.
Dionisio: E o que posso fazer para conseguir o seu perdão?
Refúgio: Não sei, vou pensar e depois eu falo, até lá vá tentando - pisquei para ele.
Dionisio: Vai me contar se gostou do presente que comprei porque as crianças adoraram, não pode negar que tenho bom gosto, escolhi uma mulher maravilhosa para estar ao meu lado, será que pergunto se ela tem uma dica? Talvez um chocolate, uma sessão de cinema, não usou os cartões de beijos e abraços.
Refúgio: Eu amei muito os presentes e já penso em utilizar para relaxar - sorri - ela não vai te dar nenhuma dica, você vai sofrer para descobrir. Chocolate? Cinema? Pipoca?
Dionisio: Ajudo na massagem, quer me ver sofrer? Vamos ao cinema, comemos pipoca e compro os seus chocolates favoritos, como também podemos ir ao teatro, não arrisco falar em viagem para que o bebê não nasça no caminho, pergunto para Mari se pode ficar com as crianças enquanto nos divertimos um pouco.
Refúgio: Um pouquinho, você merece. Não quero sair, estou preguiçosa - ri - viagens só depois que o bebê nascer e que tudo estiver bem. Não vai se divertir no parquinho, vai sofrer muito nas minhas mãos.
Dionisio: Amor pequei uma vez, quem disse que precisamos sair podemos ter um cinema no quintal, a primeira viagem será com a família inteira, mas vou querer uma lua de mel, sabendo que me perdoo já fico feliz.
Refúgio: Vou pensar se aceitarei esse cinema. Lua de mel? - gargalhei - não merece não, seu filho até chutou concordando.
Dionisio: Amor vamos fazer as pazes, aceita meu cinema - sorri - Vou chantagear com sobremesas, uma lua de mel bem romântica como merecemos depois de meses de resguardo, filho não faz assim com o papai tem que ficar do meu lado - me ajoelhei em sua frente acariciando o seu ventre - Papai precisa de uma ajudinha para conseguir o perdão da mamãe, fala que a amo muito, que é a mulher da minha vida e que somente serei feliz com ela - dei vários beijos em seu ventre.
Refúgio: Posso aceitar o seu cineminha, qual a sobremesa? Lua de mel? Vai depender da lua de mel. Ele não vai ficar, só do meu lado. Ele parou, não quis conversar com você, está chateado com o que você fez a mamãe dele passar. O que vamos ter de sobremesa? Ainda estou com fome.
Dionisio: Torta de cereja, uma lua de mel em Veneza com direito a todos os pontos turísticos, filho o papai precisa de ajuda, seja compreensivo comigo, o papai ama muito vocês, quer fazer as pazes com a mamãe, se não quiser temos tiramissu.
Um Ano Depois...
Sentada na varanda do enorme quarto de hotel, de frente ao canal de Veneza, o cartão postal do país era lindo, perfeito, romântico, tudo que nós precisávamos. Aman Venice o hotel mais luxuoso daquela cidade, desfrutava do delicioso champanhe que pedimos logo cedo e dos morangos enquanto assistia às barcas passarem lá embaixo, os casais apaixonados, pedidos de casamentos, altas declarações. Definitivamente era a cidade dos apaixonados e agora nós estávamos aqui, em uma quarta ou quinta lua de mel. Desfrutava do champanhe lembrando das maravilhas que vivemos naquele ano. Nossos negócios estavam se expandindo ainda mais. Agora tinha o Emílio cuidando de algumas coisas com a ajuda da mama Julia, eles definitivamente nos surpreenderam com um namoro, digo, noivado. Primeiro eles desapareceram em um cruzeiro, quando voltaram estavam com alianças, risos. Agora o Dionísio estava mais sossegado, brincadeira. Essa não foi a única surpresa da vez. Mari e o Miguel noivaram e com poucas semanas se casaram. Esses quatro estavam piores que eu e o Dio, era muito amor, risos. Mas voltando ao presente, após uma longa recuperação deixamos nossos filhos com a mama e a Mari cuidando dos nossos pimpolhos, lógico que com a ajuda de um babá e embarcamos para Veneza. Apenas ouvi ele sair do banheiro cantarolando feliz, assim como eu. Ele surgiu na porta da varanda completamente nú e viril em sua plena forma masculina, me chamando para mais uma vez fazer amor tranquilamente nos lençóis macios naquela enorme cama, aproveitando a tranquilidade que tínhamos, nossos filhos estavam bem e sendo cuidados pela vovó Julia como chamam e agora o vovô Emílio. Estava completamente feliz ao lado do meu amor, dos nossos filhos, sabendo que tudo que construímos prosperou e que agora manteníamos, seria dos nossos pequenos. Me deitei sob o enorme corpo macio do meu amor e nos perdemos um nos braços do outro, fazendo amor.
Fim!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Algodão Doce - Refúgio y Dionísio (Concluído)
Romance"Meu doce amor. Minha louca paixão. Dá-me seu sabor e seu calor com sua companhia. Vem ensinar-me que o importante é deixar-se conduzir por seus carinhos."