Capítulo 69

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|Solange|

Um frio na barriga, um arrepio no corpo.
Senti seu lábio tocando meu pescoço, enquanto sua barba roçava na minha pele e suas mãos seguravam minha cintura, deixando meu corpo bem colado ao seu.
— Posso te confessar uma coisa? — Rafael sussurrou ao pé do ouvido.
— Pode! — apertei seus braços com as duas mãos.
— Eu queria muito estar assim com você, desde que chegamos na praia ou até muito antes que isso, quando eu sonhava com você. — segurou meu queixo, deslizando o polegar sobre meus lábios.
— E como eram os sonhos? — questionei, entrando no seu jogo.
Ele afastou uma trança que estava caída sobre meu ombro, se aproximou do meu ouvido e sussurrou palavras que me fizeram arrepiar dos pés a cabeça, até meu último fio de cabelo.
— Pode dizer de novo? — pedi.
Ele repetiu as palavras e minha reação, foi apertar minhas pernas uma na outra, como se eu tentasse controlar a excitação que ele tinha acabado de provocar.
Nos beijamos outra vez e a cada beijo, a intensidade aumentava. Minhas mãos acariciavam sua nuca e puxavam levemente seu cabelo.
— Aqui é muito sem jeito. — se afastou, segurando minha mão. — Vamos pra sala!
Saímos da cozinha, apagamos as luzes e fomos para o sofá da sala, ele se sentou primeiro e eu me sentei no seu colo. Os beijos continuaram e eu percebi que nenhum de nós dois conseguia mais controlar o que estávamos sentindo.
— Preciso dessa noite, você também precisa. — segurou meu queixo, afastando meus lábios dos seus. — Só preciso do seu sim, Sol!
Respondi com um beijo, era o melhor sim que eu poderia dar a ele agora.
Rafael enfiou suas mãos por dentro da minha blusa, mas eu o impedi de continuar no mesmo instante.
— Tenho medo do Kauã acordar. — sussurrei.
— Vamos pra outro lugar então. — afastou suas mãos e eu me levantei para que ele pudesse levantar também.
Segurei sua mão e o acompanhei para o seu quarto, mas antes de entrar eu conferi se o Kauã ainda dormia, depois me dirigi ao quarto de Rafael, que fechou a porta e girou a chave na tranca.
Ele é habilidoso enquanto me beija, firme, mas suave ao mesmo tempo, em movimentos lentos e agressivos, ele sabia como comandar todo e qualquer sentimento que havia dentro de mim.
Suas mãos controlavam nossos corpos, nos guiando na direção da sua cama e eu apenas obedecia cada passo e cada movimento seu, até sentir minhas pernas batendo no colchão e em um piscar de olhos eu estava me deitando na cama dele, no quarto dele.
Não consigo me lembrar da última vez que me senti tão viva com alguém, talvez ninguém tenha conseguido me deixar assim, mas ele conseguiu, ele consegue.
Por um momento cogitei que tudo isso era loucura e que deveríamos parar, mas os pensamentos foram embora quando senti o toque dos seus dedos em minha coxas, acariciando minha pele, enquanto ele se deitava sobre mim e me beijava com desejo.
Ele se afasta, fica entre minhas pernas, de joelhos, enquanto eu estou deitada, sob seu olhar. Segura a barra da camisa que uso e levanta, me ajudando a tirar tudo e só então percebo que estou nua da cintura pra cima. Cubro meus seios com as mãos, o que é inútil já que ele segura meus braços e vagarosamente os afastas, despindo quase que minha alma.
— Você pode rir do que vou dizer... — segurou meu queixo. — Mas eu poderia facilmente te confundir com uma deusa!
A forma como ele fala, a forma como ele me olha, faz com que eu me sinta desejada, faz com que eu me sinta uma mulher linda, não que eu me ache linda em outras situações, mas ter alguém que veja isso em mim, me deixa mais viva.
— Não quero que esqueça dessa noite. — pedi em um sussurro.
— Eu não vou esquecer. — pressionou seus lábios contra os meus antes de descer para os meus seios.
Fechei os olhos e suspirei, trêmula.
Massageia um de meus mamilos com a ponta dos dedos enquanto sua boca trabalha em outro. Sua língua fazia um trabalho perfeito, percorria meu seio, enquanto seus dentes me mordem levemente, sem que me machucasse.
Estremeço novamente quando ele percorre seus olhos pelo meu corpo, até chegar no short que eu usava. Se abaixa, beija meu abdômen, enquanto suas mãos apertam meus seios.
Ele tira meu short, puxa minha calcinha e agora sim, estou completamente nua sob seus olhos. Quando menos espero, ele está com a cabeça no meio das minhas pernas, beijando minha virilha, enquanto suas mãos agarram minhas coxas, como se ele se segurasse em mim.
A sensação da sua barba roçando minhas pernas era maravilhosa, indescritível, eu só sei que me deixava mais arrepiada e excitada do que eu já estava, mas nada se compara com a sensação de ter sua língua dentro de mim.
Abro um pouco mais minhas pernas, quando me sinto definitivamente confortável e relaxada diante dos seus toques. Ele se acostuma ali no meio das minhas pernas, seus dedos deslizam de cima pra baixo, de baixo pra cima antes de estarem dentro de mim.
Meus gemidos são baixos, mas eu poderia acordar o prédio inteiro se não tivesse ninguém no quarto ao lado.
Tento ficar parada, mas sua boca trabalha muito bem no que faz e eu não consigo ficar quieta, não deixo de contorcer, de puxar seu cabelo e não consigo deixar de gemer quando sinto meu orgasmo aproximar.

...

SUNSHINE (Luan Santana)Onde histórias criam vida. Descubra agora