Capítulo 70

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|Solange - continuação|

— Para, para agora! — segurei seu cabelo com força e ele sorriu, saindo do meio das minhas pernas. — Eu não ia aguentar...
— Mas eu não quero que aguente mesmo. — segurou meu queixo e se aproximou, pressionando seus lábios nos meus.
Sua mão agarrou minha nuca e ele fundiu seus lábios nos meus, enquanto com a outra mão, ele alisava minha cintura.
Nos afastamos por breves segundos e ele pediu que eu me deitasse novamente. Me joguei contra os travesseiros e ele começou a tirar a roupa, apertei minhas pernas uma na outra e contraí involuntariamente quando o vi completamente nu em minha frente. Nós realmente iríamos para os finalmente.
Rafael abriu uma gaveta da mesa-de-cabeceira do lado direito e tirou de lá um preservativo, abriu com facilidade e desenrolou com mais agilidade ainda. Eu poderia ter me oferecido para fazer este serviço, mas não sou ousada o suficiente pra isso... não ainda.
Ele estava sobre mim novamente, no meio das minhas pernas. Cogitei fechar os olhos, mas não o fiz, eu queria ver tudo, eu queria sentir tudo e gravar cada segundo desse momento.
Entreabri a boca e deixei um gemido baixo escapar, quando ele entrou em mim, preenchendo-me lentamente, como se quisesse que eu sentisse cada centímetro seu.
— Nem nos meus melhores sonhos, era tão bom assim... — sussurrou contra os meus lábios e eu sorri, deslizando minhas mãos sobre seus ombros.
Ele bombeava para dentro e a para fora de mim, começou devagar e depois aumentou o ritmo, e minhas mãos estavam em seus ombros, nas suas costas, no seu cabelo, nos seus braços, no seu peito, eu o puxava pra mim, o arranhava.
Nossos gemidos misturavam-se ao som da respiração ofegante e ao som do choque dos nossos corpos, ele era perfeito, ele era um homem e tanto.
Rafael parou por um instante, levantou meus braços e os prendeu para o alto da minha cabeça, como um bom tenente. Sorri com sua reação, me proporcionou um prazer impossível de ser descrito.
Meus pulsos continuavam presos, eu estava sob seu domínio, ele não parava, nossos corpos já não aguentavam mais, mas queríamos chegar no nosso limite.
— Rafael! — o chamei por um impulso desesperado, quando senti meu orgasmo explodir.
Minhas pernas tremeram, meu corpo tremeu e ele finalmente me soltou, me deixando um pouco mais livre relaxada. Estocou uma última vez, com força e chegou ao seu ápice segundos depois, deslizando sobre mim, pressionando seus lábios contra os meus novamente.
— Eu desejei isso por muito tempo. — me deu outro beijo e saiu, deitando-se ao meu lado.
— Não acredito no que fizemos. — ofeguei, passando a mão na minha testa suada.
— Foi tão bom que eu também não acredito. — suspirou e eu ri, fechando os olhos.
Não foi só sexo, foi uma conexão mais forte, eu sinto isso e sei que ele sente o mesmo.
— Eu queria que você dormisse comigo... — segurou minha mão, deixando um beijo na mesma. — Sabe que horas Kauã acorda?
— Ele deve acordar mais tarde, mas eu saio do seu quarto antes que ele acorde. — respondi e ele sorriu, me dando um beijo antes de se levantar da cama.
— Vou ao banheiro e já volto. — desceu da cama e eu assenti, observando ele caminhar para o banheiro.
Essa foi realmente uma noite de muita sorte.
Levantei da cama, desfiz e refiz o coque no meu cabelo, procurei pela minha roupa e vesti a parte de baixo, quando cogitei vestir a camisa, Rafael chegou me abraçando por trás e tirando a camisa das minhas mãos.
— Dorme sem. — deixou um beijo no meu pescoço.
Voltamos para a cama, ele puxou os cobertores, arrumou os travesseiros e nós dois nos deitamos. A princípio eu me senti um pouco sem jeito, mas ele soube como me deixar à vontade em questão de segundos.
Dormir com ele pós-sexo poderia ser uma loucura impensada, mas eu não quero sair do seu lado, não agora que seus braços me envolvem com tanta ternura.

...

SUNSHINE (Luan Santana)Onde histórias criam vida. Descubra agora