Você É Meu

Minha Mãe

Com o prazer da carne saciado, Jimin e Jungkook, saciavam seus corações. Carinhos, beijos, cheiros, cafunés, olhares profundos.

Aqueles olhares que parece que enchergam a alma, era isso que estava acontecendo agora.

- Eu ficaria aqui para sempre.

Jung se declarava a cada instante e nenhuma palavras conseguia expressar aquilo que ele sentia.

- Eu também.
- Mas infelizmente eu tenho que trabalhar.
- Ah, não vai não.

Jungkook apertou a ponta do nariz do loiro, fazendo o mesmo sorrir, como ele queria que o tempo parasse ali, para que nunca mais ele precisasse se distanciar do loiro.

- Eu fico até que você durma. - Jung disse olhando o relógio.

Falava vinte para as seis da manhã, e ele poderia muito bem ficar ali, caso se atrasasse não sentiria nenhuma culpa, pois estava no melhor lugar do mundo.

- Não vou dormir nunca. - Jimin já tinha seus olhos fechados, o que fez Jung sorrir.

Depois de um tempo observando o loiro em seus braços, Jungkook tirou ele de cima de seu corpo, e colocou ele deitado no colchão.

No fundo não queria sair dali, e nem deixar o loiro sozinho, mas era preciso. Antes de ir deixou um beijo nos cabelos loiros do mais novo, e cobriu seu corpo perfeitamente.

- Descansa, meu amor, eu te amo.

...

Enquanto Jimin dormia confortavelmente em sua cama. Jungkook estava na empresa, resolvendo suas inúmeras funções.

Os dias eram sempre cheios de afazeres, e o moreno mal tinha tempo para comer ou beber alguma coisa.

Logo depois do horário do almoço, Jeon recebeu uma ligação do hospital, lhe pedindo uma visita urgente, o assunto era sério e seria sobre sua mãe.

Em pouco tempo, Jungkook estava na frente do hospital, com o coração batendo forte e sua respiração cortada.

- Por favor, Senhora Jeon Luci? - O moreno perguntou na recepção. - Sou Jeon Jungkook filho dela.
- Ah sim, me acompanhe, por favor.

Uma enfermeira saiu de trás do balcão, e começou a andar pelos corredores do hospital, logo ela parou em frente a uma sala e bateu na porta.

- Doutor August, o senhor Jeon esta aqui.
- Mande ele entrar.

Assim que o moreno passou pela porta, viu um médico de cabelos longos e olhos esguios, o homem se levantou e veio em sua direção.

- Boa tarde senhor Jeon, desculpe incomodar o senhor a essa hora, mas o caso da sua mãe é um tanto quanto grave.
- O que ela precisa Doutor? Eu posso pagar pelo tratamento.
- Não é questão de dinheiro senhor Jeon, sua mãe está com leucemia e precisa de uma transfusão de medula.
- Eu dou.

O moreno já se sentia impaciente, queria de todas as formas salvar sua mãe. Agora que a encontrou e estava mais apegado a ela, Jungkook não queria perder a mãe, nem em pensamento.

- Não é assim senhor Jeon, te chamamos aqui para fazer um teste de compatibilidade, caso dê positivo você poderá salvar sua mãe.
- E se for negativo?
- Teremos que procurar alguém que seja positivo, mas isso pode levar anos.

Jungkook queria fazer logo o exame, e tirar aquela dúvida que corroía seu peito, porém, ao mesmo tempo estava com muito medo de descobrir o resultado caso ele fosse negativo.

- Preciso que ligue para alguém de sua confiança para acompanhá-lo no exame, e assim que o resultado sair eu te informo.
- Ok, obrigado Doutor.

.......

Não foi fácil decidir pra quem ligar, seu pai ou Jimin?

Seu pai lhe passava segurança, porém Jimin transmitia uma calmaria que ele não sabia explicar. Pegando seu aparelho celular, discou o número do loiro, esse que pareceu adivinhar sua chamada, atendendo no segundo toque.

- Oi amor, já está com saudades?

Assim que ouviu a voz de Jimin, o moreno desabou, lágrimas desciam de seus olhos sem parar e do fundo de sua garganta saiam soluções incontroláveis.
Nenhuma palavra saiu de sua boca, fazendo com que Jimin ouvisse somente os soluções de choro de moreno, ficando desesperado no mesmo instante.

- Jung? O que aconteceu?
- Ji... Jimin.... 

O moreno não conseguia proferir mais nada, a dor em seu peito estava lhe matando, parecia que a cada segundo seu coração se apertava mais, e isso lhe deixava sem ar.

- Jungkook o que aconteceu? Onde você está?

.......

Jimin correu em prantos para o hospital principal depois de ouvir da enfermeira que Jungkook faria um exame de compatibilidade. Ao que chegou, seu namorado estava sentado em uma maca, sem nenhuma reação, seu olhar estava fixo na parede branca a sua frente e ele parecia em transe.

- Jung? - Jimin chamava pela primeira vez, porém, o moreno não respondeu. - Oi, meu amor, eu já cheguei.

Jimin se aproximou da cama e sentou ao lado do namorado, em seguida suas mãos pegaram as mãos grandes do mesmo, e isso fez com que Jungkook despertasse.

- Jimin.....

Agarrado ao loiro, Jungkook desabafou mais um pouco, apertando o corpo do menor, o corpo daquele que tanto o calmava. Jimin abraçou o moreno na mesma intensidade e começou a acariciar suas costas.

- Vai ficar tudo bem, ela vai ficar bem.
- Minha mãe está doente Jimin, eu sempre quis ter alguém que me amasse incondicionalmente e sinto que ela me ama assim, um amor materno que eu nunca tive, e agora que tenho, ela está doente.
- Calma amor, ela vai ficar bem.
- Eu não posso perder ela, Jimin, eu não vou aguentar.

Jimin continuava a acalmar o moreno, ficando abraçado com ele, até que o mesmo se sentisse melhor. Um tempo depois o médico veio chamar Jungkook para iniciar o exame, e o loiro acompanhou todo o processo.

A espera pode trazer os piores sentimentos do mundo.

Jungkook estava deitado na cama do hospital tendo Jimin como seu acompanhante. O moreno não pegou no sono nenhuma vez desde o exame, mesmo estando muito sonolento por conta da anestesia.

Jimin sentia seu coração se apertar por ver a dor do namorado, ele não merecia aquilo, mas não tinha muito o que fazer, então ele fazia o que podia.

Vez ou outra, Jimin ligava para o pai, esse que estava com Namjoon na sala de espera daquele mesmo lugar, às vezes também perguntava para alguma enfermeira se o resultado já havia saído.

- Jimin? - Jungkook chamou.

Deitado na cama, Jungkook apertava os dedos com força, aquele era o jeito que ele achou para se distrair, porém não funcionava, seu corpo tremia, ele estava sentindo muito frio, mesmo estando coberto por cobertores quentes, seu coração estava batendo tão forte que ele sentia os movimentos em seu peito.

- Oi, Jung, precisa de alguma coisa?
- Você pode me abraçar?

Jimin fez o que o namorado pediu, abraçou de modo desengonçado o corpo de Jung, esse que deu um longo suspiro, mas logo se acalmou mais um pouco.

- Está demorando muito. - Jung reclamou.
- E vai demorar ainda mais.

Não foi Jimin a dizer, foi Sarah