Maybe it' love || Carlos Sainz

ferrari or mercedes?

Elouise González Vasseur.
Race Week da Austrália.

Depois que o GP de Jeddah acabou, peguei um voo para Barcelona para passar alguns dias na sede da empresa de motorsports da Espanha. Durante esse tempo, tentei manter contato com Carlos para acompanhar como estava sua recuperação. Contudo, uma surpresa não muito agradável me aguardava: fotos dele em Madrid, acompanhado de sua namorada Rebecca, circularam pelas redes. Confesso que o choque foi real, ainda mais levando em conta tudo o que Liv havia me contado sobre traições...

A verdade é que a reputação de Carlos está longe de ser positiva. Seu relacionamento anterior, com uma jornalista e influenciadora, durou sete anos e foi marcado por inúmeros rumores de infidelidades, culminando no término. E não demorou muito para que ele fosse visto com sua atual namorada, o que só adicionou lenha na fogueira sobre seu caráter duvidoso.

Quando se trata de fidelidade, alguns pilotos realmente não têm o melhor histórico. Charles, por exemplo, era conhecido por se envolver com mulheres do mesmo círculo social e supostamente traí-las com suas próprias amigas. No entanto, parece que ele encontrou estabilidade com Olívia, com quem está noivo agora. Carlos também segue essa tendência problemática... Mas Lewis, por outro lado, parece ser a exceção à regra. Até onde sei, não há rumores de traição em seu último relacionamento, que já tem uns dez anos que acabou. Ele parece preferir a solteirice a magoar alguém.

Já eu, bem, minha vida amorosa não é exatamente um mar de rosas. Tive alguns flertes no ensino médio e na universidade, mas nada que realmente marcasse ou que merecesse ser apresentado à família. Às vezes, sinto-me como se estivesse ficando para trás. Afinal, com 25 anos, nunca estive em um relacionamento sério, nunca amei de verdade ou me apaixonei. Quando criança, eu imaginava que aos 25 estaria formada, casada, com um bom salário e esperando meu primeiro filho. Agora, vejo que a realidade da gravidez e do casamento parece distante.

Diante desse turbilhão de pensamentos, decidi focar no trabalho e em mim mesma. Talvez o amor não devesse ser uma pressão, mas algo que aconteceria naturalmente. Com o GP da Austrália se aproximando, eu sabia que minha vida estava prestes a ficar ainda mais agitada. No entanto, algo dentro de mim ansiava por uma mudança, por uma faísca que trouxesse novidade e talvez até mesmo, uma chance para o amor. Sem saber o que o futuro reservava, eu estava pronta para enfrentá-lo de cabeça erguida, aberta às possibilidades que a vida me ofereceria.

— Tá empolgada? — Liv pergunta, jogada no sofá do meu quarto de hotel.

— Empolgada com o quê? — retruco, meio perdida.

— Ué, com o reencontro com o Carlos, oras. — ela solta, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

— E por que eu estaria? — questiono, desinteressada. — Até porque, estou me aproximando mais do Lewis ultimamente.

— Aff, você e o Hamilton são tão... sei lá, sem sal. Não rola aquela faísca. Agora, com o Carlos? Aí sim tem química. — Ela opina.

— Tá doida, Liv? O Carlos tá namorando. E quer saber? Nem tenho paciência pra aguentar aquele espanhol arrogante. — Respondo, cortando o assunto.

— Eu já te falei, Lou. Eles não estão juntos... É só até passar essa história de traição, aí eles vão anunciar que terminaram amigavelmente e sem motivos sérios. — Liv retruca.

— Se eles estão juntos ou não, pouco me importa... Se eu tenho o Lewis Hamilton, aquele delícia, eu não preciso de mais nada. — Digo, sorrindo.

— Nem você acredita nisso... Já falei, vocês não tem química. — Ela diz, cortando a graça.

— A questão não é ter química, Liv. É sobre não querer entrar em um rolo cheio de drama. — Argumento, tentando ser prática.

— Drama, Lou? Isso é o que dá sabor à vida! Você não acha que a vida com o Carlos seria uma montanha-russa emocionante? — Ela se anima, como se já estivesse imaginando a cena.