Maybe it' love || Carlos Sainz

I like this game

Elouise González Vasseur.
Race Week do Japão.

A curiosidade de explorar o Japão sempre me fascinou, e após o encerramento do Grande Prêmio na Austrália, decidi aproveitar a oportunidade para saciar esse desejo. Junto com Mel, Liv, e Charles, mergulhei na beleza de Melbourne e Sydney por dois dias adicionais, antes de embarcarmos juntos para Tóquio. Lá, passamos um fim de semana memorável, desfrutando cada momento, antes de nos dirigirmos a Suzuka para o próximo GP.

Agora, estamos passando no quarto de hotel de Charles e Liv, onde uma tentativa bem-intencionada de aprender português se transformou em uma maratona exaustiva. Olívia, com entusiasmo de professora, decidiu que nós — Charles e eu — deveríamos dominar a língua até o GP de Interlagos. Inicialmente animada, minha paciência começava a se esvair após três horas de imersão intensa.

— Gente, acho que por hoje chega, não é? — Charles intercede, ecoando meu sentimento de saturação.

— Vocês estão progredindo muito bem, mas tudo bem, podemos fazer uma pausa. Que tal uma atividade mais relaxante, como um filme ou um jogo? — Liv propõe, perceptível em sua disposição para mudar de atividade.

— Por mim, perfeito. Estava doida para ver aquela comédia romântica que lançou recentemente. — Sugiro, ansiosa por um entretenimento mais leve.

— Ah, comédia romântica, Liv? Sério? — Charles lamenta, embora sem muita convicção.

— Vai ser divertido, amor. Depois, eu compenso. — Liv promete, lançando um olhar cúmplice a Charles.

— Ah, essa solidão está pesando... Sinto falta de ter alguém. — Lamento, não conseguindo evitar um toque de inveja.

— Você sabe, há sempre nosso querido espanhol... — Charles insinua, renovando a brincadeira de cupido.

Enquanto discutimos sobre qual filme assistir e sobre Carlos, somos interrompidos pelo som da campainha. Charles prontamente atende, revelando a identidade do visitante.

— Entre, cara! — convida Charles, abrindo a porta para Carlos.

A conversa entre eu e Liv é abruptamente pausada ao reconhecermos a voz de Carlos.

— O que houve? Você me chamou às pressas. — Carlos indaga, preocupado.

"Charles e suas tentativas de fazer papel de cupido", penso, frustrada.

— Liv, você sabia disso? Essa é mais uma das ideias do Charles? — questiono, buscando cumplicidade.

— Talvez... Mas, por favor, não fique brava, Lou. — Liv tenta apaziguar.

A surpresa de ver Carlos ali, de pé no limiar do quarto de Charles e Liv, traz uma mistura de emoções. Enquanto me levanto para cumprimentá-lo, tento disfarçar o turbilhão de sentimentos que sua presença inesperada desperta em mim.

— Carlos, que surpresa te ver aqui. — Digo, forçando um sorriso.

— E aí, pessoal! Desculpe aparecer assim do nada, mas quando Charles me chamou, imaginei que era algo importante. — Carlos explica, olhando para cada um de nós com um leve sorriso.

Charles e Liv trocam olhares cúmplices, claramente satisfeitos com a situação que armaram. Liv se aproxima e coloca o braço ao redor dos ombros de Carlos, guiando-o para dentro do quarto.