Dezoito

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Quebra de tempo

Volto ao apartamento com sacolas cheias, e resolvo preparar uma sopa de legumes rápida para ele, enquanto espero os legumes cozinharem, pego uma coberta no quarto e coloco sobre ele que estava tremendo de frio, fico sentada na poltrona lendo um livro que estava em minha bolsa esquecido.

Levanto e vejo que a sopa ja estava pronta, pego um prato no armários e sirvo para ele, levo o prato e coloco sobre a mesa de centro na sala, meço a temperatura de Gael com as mãos.

Sua mão ta gelada.- ele reclama

─ Desculpe! eu fiz uma sopa, levante pra comer.

O cheiro parece bom

Gael solta a almofada e se senta no sofá, lhe entrego o prato quente de sopa e ele come.

─ É pra comer tudo, vai ajudar na sua imunidade.-falo

Enquanto Gael estava comendo eu fiquei observando o apartamento, abri a grande porta de Vidro que dá passagem para uma varanda grande, onde tinha pequenos vasos de orquídeas.

A brisa gelada sopra então resolvo voltar para dentro.

─ Pensei que você fosse ranzinza, mas achei orquídeas na sua varanda. -digo me sentando encima da pequena mesa de centro ficando de frente para ele.

─ Eu gosto de flores, orquídeas eram as favoritas da minha vó.- ele diz com a boca cheia de sopa derrubando um pouco sobre a coberta

─ Você não sabe que é falta de educação falar de boca cheia?- digo rindo e levanto para pegar um pano.

─ Gosta de Orquídeas também?- ele pergunta

─ Acho bonitas, mas prefiro coisas mais simples... do tipo margaridas, são pequenas e delicadas. -digo

─ Só não como você, pode até ser pequena mas não é nada delicada... você é bruta.

─ Nem doente você me deixa em paz Walker? Termine sua sopa.- Digo me levantando e ouço ele rir pelas minhas costas.

Volto a poltrona, e fico observando ele comer. Resolvo sair para a Varanda e ligar para Raul.

─ Alo? Ayla, esta tudo bem?- Raul pergunta do outro lado da linha

─ Eu estou bem, mas o Gael não...

Expliquei bem breve o que aconteceu e Raul me tranquiliza dizendo que chegava logo.

volto para dentro e ele resmunga pedindo pra fechar a porta da varanda devido o frio, fecho a porta e vou até a cozinha Raul me disse ao telefone que tinha um kit de primeiros socorros na gaveta, e havia remédios lá.
Achei a caixa, e tem de tudo e finalmente encontro o remédio para baixar a febre.
Pego um copo de agua e o remédio e vou até Gael.

─ Encontrei um remédio, tome aqui.- digo entregando a ele.

Gael se senta no sofá, e faz sinal para que eu sente do lado dele e assim eu faço.
Ele toma o remédio e deixa o copo sobre a mesa de centro, arruma a coberta no sofá e deita sua cabeça no meu colo. Confesso que fiquei surpresa, mas relevei já que ele está assim.

Miller, me faz um favor?- ele sussurra e eu o encaro.- Pare de aparecer nos meus sonhos.

Meu coração deu uma cambalhota, Gael estava voltando a cair no sono, então me rendi a fazer cafuné nos seus cabelos vermelhos, escutava sua respiração acalmar e ele acabou dormindo

Minutos depois, a porta da frente do apartamento se abre, Raul surge e olha confuso a situação em que estávamos, Gael com a cabeça sobre meu colo dormindo e eu quase cochilando.

𝙳𝙾𝙲𝙴 𝙲𝙾𝙽𝙴𝚇𝙰̃𝙾Onde histórias criam vida. Descubra agora