Capítulo 21

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Perdido

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Perdido

Uma semana depois...

No lugar do meu coração havia um buraco, uma enorme cratera que se alargava a cada respiração que eu dava.

Observando-me no espelho do banheiro agora, ao escovar os dentes, percebo que meus olhos antes vivos e radiantes, agora carregavam o peso de uma tempestade revoltada e devastadora. Eu sentia como se o mundo inteiro tivesse desabado sobre os meus ombros.

Atravesso o corredor e entro no meu quarto, trancando a porta assim que faço isso, pois quero evitar visitas indesejadas no ambiente em que mais me sinto seguro.

Estar em casa me deixava aliviado. Mas não posso dizer que foi fácil arrumar as coisas da Sarada e entregar ao tio Shikamaru junto ao aviso de que ela escolheu nos deixar.

Escolheu me deixar.

Himawari e a mamãe estão na casa do meu avô, com a minha tia Hanabi porque todos os anos eles se jutam, sem nenhuma ocasião especial, apenas para materem a saudade de todos nós. Desde que o papai morreu é importante para mamãe estar com a família — ela me contou mais cedo, antes de partir com a minha irmã.

Decidi não me opor.

Afinal, sequer tinha forças para lutar contra.

Visto uma calça moletom preta e uma camisa de manga longa da mesma cor porque está frio hoje em Konoha e, por incrível que pareça, não estou afim de pegar a droga de um resfriado.

Fisicamente, eu estou exausto. Cada parte do meu corpo parecia pesar toneladas, como se eu estivesse carregando não só o peso da minha dor, mas também da ausência dela. Meus músculos estavam tensos, meus olhos tristes e minha respiração pesada. A dor estava me consumindo.

Cada batida do meu coração era uma lembrança dolorosa de que ela se foi, uma facada no peito teria me causado menos sofrimento.

Kawaki abre a porta do meu quarto.

Que diabos?

— Você está bem?

Essa é a pergunta mais estúpida que tenho escutado há dias. Fui gentil com a mamãe e a Himawari porque devia respeito a elas, mas com o Kawaki era diferente porque ele não ligava se eu fosse rude ou não, éramos irmãos que se entendiam através do silêncio.

Boruto e Sarada | Mais que AmigosOnde histórias criam vida. Descubra agora