𝖎𝖒𝖆𝖌𝖎𝖓𝖆

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Se o nosso filho for a sua cara,
tiver os meus olhos e o seu nariz
Se a nossa filha tiver seu sorriso
ai, meu Deus, eu vou ser tão feliz...                                                                                 

                                                                                 

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DEPOIS.
Gustavo:

        Estava completamente esparramado na cadeira gamer do meu estúdio pensando e repensando nas milhares de formas introduzir o assunto "família" nas minhas conversas com a Ana Flávia.

Hoje estávamos de folga, Ana Flávia teve campanha para Sicredi e como sempre, durou o dia inteiro. Eu iria buscar ela em alguns minutos, e pretendia falar sobre isso hoje, de preferência durante o nosso jantar.

Estou nervoso, confesso. Havia preparado uma singela surpresa para Naflávia', tentei de todas as formas ser inovador mas espero que eu a surpreenda. Minha intuição não era deixá-la assustada e sim dar um passo importante no nosso casamento. Na nossa vida.

Fui desperto pelo toque do meu celular, alcancei ele na mesinha deixando minha manete de lado para atender minha esposa.

— Oi.

— Oi, pode vir me buscar? -escutei uma movimentação e a mesma respirou fundo.- Eu tô' podre de cansada, vem rápido, por favor! -pediu manhosa e com a voz falha.

— Chego em dez minutos, linda.

Ana Flávia desligou o telefone, e eu rapidamente me levantei da cadeira. Peguei as chaves do carro, e minha carteira saindo do apartamento em seguida. Em minutos eu já estava no estacionamento do prédio, destravei o carro e segui caminho até o estúdio em que ela estava. Não era muito longe daqui, em São Paulo tudo ficava muito perto e por isso, o caminho foi mais tenso do que eu imaginava.

Batucava meus dedos no volante freneticamente, completamente nervoso sobre algo inútil. Me sinto um bobo por isso.

Quando estacionei em frente ao estúdio, mandei uma mensagem para Ana Flávia avisando que eu havia chegado. Rapidamente vi sua silhueta aparecer na portaria do grande prédio comercial em que a mesma fazia fotos, distraída e mexendo no celular, Ana Flávia veio em direção ao nosso carro e entrou.

— Oi... -Não obtive resposta.

Ana continuou concentrada no celular, eu a encarei e não iniciei nenhum movimento sequer com o carro até que ela me olhasse. Ainda sem perceber minha atitude, Ana Flávia bufou e desligou o celular jogando-o na bolsa e só então me olhou.

— Desculpa, o que disse? -colocou a bolsa no banco de trás.

— Eu disse "oi".

— Oi lindo. -entrelaçou meu pescoço e deixou um selinho nos meus lábios.- Não aguento mais resolver coisas de trabalho, acho que vou ficar sem celular por no mínimo, dois dias.

(ɪᴍ)ᴘᴇʀғᴇɪᴛᴏs, ᴍɪᴏᴛᴇʟᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora