Preso em marca ré
E as lágrimas começam a rolar pelo seu rosto
Quando você perde algo que não pode substituirDEPOIS.
Ana Flávia:1 semana depois.
Seios doloridos e excesso de sono.
Esses foram os principais sintomas que me fizeram desconfiar de uma possível gravidez.
Gravidez.
Acho que ninguém tem noção do quanto essa palavra me assusta. Só em pensar que posso estar grávida, o medo me corrói por dentro e por fora, pensar na possibilidade de ter uma criança dentro de mim me dá arrepios.
Me sinto perdida e com medo.
Pensei que com toda essa melhora que eu tive com o Gustavo, finalmente eu poderia começar a me recuperar de um trauma e começar uma nova fase. Mas eu estava errada. Vivemos uma semana totalmente intensa, perdidos no nosso mundo particular, onde apenas o nosso amor era o suficiente ali. Descobrimos que nós dois somos o suficientes para o outro.
Mais uma vez ele tocou no assunto sobre ter filhos, e eu finalmente consegui pensar na ideia com clareza e tentei enxerga-la com outros olhos. Mas agora, diante da realidade que está perto de mim nesse momento, acho que quero sumir só de pensar nisso.
O medo de estar grávida novamente me assombra, a incerteza é aterrorizante. Me questiono todos os dias se estou pronta para enfrentar novamente esse caos na minha vida.
— Ana Flávia! —Eduarda atraiu minha atenção ao entrar no carro.— Consegui comprar, e detalhe, ninguém me reconheceu.
Comentei com Eduarda sobre esses dois sintomas, na verdade, ela percebeu. Hoje eu chamei ela para termos um dia das mulheres legais e bem sucedidas, até então, iríamos ir almoçar no shopping e depois fazer algumas compras enquanto Gustavo faz um show em Japaratinga.
Estávamos prontas para ir no shopping, e durante o caminho, uma simples encostada no volante fez eu querer morrer de tanta dor que eu senti no seio, e fora que hoje pela manhã eu tirei dois cochilos enquanto Eduarda se arrumava.
Isso foi motivo o suficiente para que minha amiga desconfiasse e começasse a perturbar a minha cabeça com uma possível gravidez.
— Você vai querer voltar pra' casa e fazer?
— Eu tenho a opção de não fazer?
— Não, não tem. —colocou o sinto de segurança.— Vamos fazer o seguinte, primeiro decidimos o que vamos comer e depois fazemos o teste, pode ser?
— Não. —comecei a dirigir.— Vou fazer o teste agora, vamos parar no McDonalds que é ali na frente e fazer essa merda logo.
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(ɪᴍ)ᴘᴇʀғᴇɪᴛᴏs, ᴍɪᴏᴛᴇʟᴀ
Chick-LitAna Flávia e Gustavo, após experiências dolorosas em relacionamentos anteriores, se encontram em circunstâncias difíceis e se apoiam mutuamente em um apartamento, compartilhando conforto, confidências e biscoitos da sorte. Com o tempo, o relacioname...