𝖍𝖔𝖙𝖊𝖑 𝖈𝖆𝖗𝖔

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Mentira também é ocultar verdade
Porque você não cuidou de mim?
Meu bem, te amar tanto não faz bem

Mentira também é ocultar verdadePorque você não cuidou de mim?Meu bem, te amar tanto não faz bem

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DEPOIS.
Ana Flávia:

Encerrei o show com 'clima de rodeio' e me despedi do público, não deixando de agradecer a equipe. Eu estava completamente exausta, meu corpo todo ainda estava em êxtase e eu ainda me sentia anestesiada com a energia do povo. Corri até Bruna, que já me esperava com minha garrafinha de água nas mãos, não esperei nenhum segundo para dar grandes goles de uma vez só.

— Cadê o Gustavo? —perguntei tentando conter a minha irritação.

— Eu não sei, ele saiu um pouco depois de você terminar de cantar 'fronteira' —respirei fundo e dei mais um gole na minha água.— Vai pro' camarim, vou resolver algumas coisas com a equipe aqui, já vamos para o hotel. —Assenti e segui até o meu camarim.

Ele não cantou fronteira comigo.

É inevitável negar a minha chateação por ele não ter entrado no palco para cantar a nossa música comigo. Confesso que ainda tentei entender o lado dele, talvez ele não esteja se sentindo confortável mas porra, eu ainda tenho o direito de estar chateada, não tenho?

Andei com um pouco de pressa pelos corredores, afim de chegar no camarim logo e tirar essas botas que tanto cansavam meus pés inchados. Ainda presa nos pensamentos de onde meu marido poderia estar, quando cheguei em frente á porta do camarim e estava prestes a abrir, ouvi uma voz.

Não apenas uma voz, mas sim duas vozes, uma masculina e outra feminina.

Gustavo estava aqui dentro, e não estava sozinho. Eu reconhecia a sua voz, reconhecia sua risada mas não reconhecia a autora da voz feminina, ou pelo menos não estava me lembrando agora. Ás vezes posso ser muito boa de memória, e tenho certeza absoluta que não era nenhuma mulher conhecida por mim, caso contrário, eu não estaria com esse sentimento ruim.

Com um fio de coragem, abri a porta com um pouco de brutalidade, fazendo a risada dos dois se cessarem.

— O que está acontecendo aqui? —perguntei afobada e eles me olharam assustados.

Ela era loira. Eles pareciam ter uma certa intimidade, mas não estavam tão próximos assim como eu imaginava. Gustavo estava de um lado do camarim, com as mãos dentro do bolso da calça e um semblante sério. Já a loira, estava escorada na minha penteadeira, um pouco sem graça com a situação.

— Amor...oi! —Gustavo sorriu amarelo vindo em minha direção, abraçou minha cintura deixando um beijo na lateral da minha cabeça.

— Onde você estava? Porque saiu no meio da música? Aliás, porque você não entrou pra' cantar comigo? —disparei sem dar pausas para ele responder.

(ɪᴍ)ᴘᴇʀғᴇɪᴛᴏs, ᴍɪᴏᴛᴇʟᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora