𝖌𝖊𝖑𝖆𝖉𝖊𝖎𝖗𝖆

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Nem me deu chance de falar
que só um lado não mantém a relação
E se o amor é ímpar não tem solução
E o resultado dessa divisão são dois quartos de solidão...

Nem me deu chance de falar que só um lado não mantém a relação E se o amor é ímpar não tem solução E o resultado dessa divisão são dois quartos de solidão

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DEPOIS.
Ana Flávia:

Tentei conter o meu nervosismo enquanto roía as minhas unhas, mas logo me repreendi por esse hábito horrível, que eu já tinha abandonado a muito tempo.

Hoje, depois que Leila me ajudou, eu fui dormir e acordei no meio da tarde quando Gustavo já não estava mais aqui. Não havia nenhum sinal dele, ele não me mandou mensagens, não deixou bilhetes, ligações e nem nada.

— Aninha, eu estou indo. —Leila surgiu na sala, ajeitando a sua bolsa nos braços.— Tem certeza de que não quer que eu fique aqui com você?

— Não precisa, Le. —sorri sem mostrar os dentes.— Tem certeza de que ele não disse se foi para outro lugar?

— Tenho Aninha, fica tranquila. O Gu foi em uma reunião e gravar alguns trabalhos, foi o que ele disse e tenho certeza de que foi fazer isso mesmo. Pode ficar tranquila, filha.

— Eu não se devo confiar, aquela vagabunda deve estar lá e eu não consigo ficar tranquila com isso! —cruzei os braços.

— Cuidado com toda essa fúria, Ana. Ele estava muito magoado com o que voce disse, isso pode acabar piorando a situação se vocês estiverem de cabeça quente.

— É, eu sei. —apoiei o braço nas minhas pernas, respirando fundo.— Vamos tentar não brigar, eu vou tentar não brigar com ele.

Leila e eu trocamos mais algumas palavras e por fim, ela se despediu e foi embora. Respirei fundo, me levantei e fui para a cozinha afim de procurar algo para beber e comer.

Não me lembro quando foi a última vez que eu comi alguma coisa, já que absolutamente nada parava no meu estômago. Tudo o que eu comi, eu colocava pra' fora. O estresse que eu estava passando nos últimos dias, atrapalhava absolutamente tudo. Desde o meu sono até a minha alimentação.

Quase soltei fogos quando vi que ainda tinha sobrado um pouco do risoto maravilhoso que Leila havia feito hoje para o almoço, apesar de eu não ter comido, senti o cheiro lá do quarto e sonhei até que estava comendo.

Arrumei um prato nada singelo, e enquanto ele esquentava no microondas mesmo, para facilitar minha vida, fui até a mini adega que tínhamos na dispensa e busquei um vinho.

Beber, era disso que eu precisava.

Me servi uma taça e comecei a comer, com calma e rezando para que eu não vomitasse tudo depois. Quando terminei, coloquei tudo na pia e fui com a minha taça e a garrafa de vinho para esperar o meu querido marido chegar.

Em outras ocasiões, eu com toda certeza já teria tomado algum remédio para dormir e não ter que falar com o Gustavo, mas dessa vez eu preferi esperar.

(ɪᴍ)ᴘᴇʀғᴇɪᴛᴏs, ᴍɪᴏᴛᴇʟᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora