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Thiago Verly | Th

Fecho a porta dando um leve sorriso. Agora sim, casa vazia, todo mundo foi embora.

O jantar se estendeu pra ca mas geral foi dormir la na minha mãe, tem mais quarto e os mais novos devem fazer uma festa do pijama e os mais velhos, com certeza bebendo e conversando.

Suspiro feliz pela casa tá silenciosa e ando rápido até o sofá me jogando nele. Fecho os olhos e coloco meu antebraço por cima para que a luz não me incomodasse.

Eu tava cansado hoje, mais do que o normal, o que é estranho e até preocupante.

Será que eu deveria ir ao médico?... Não, tá de boa, se tiver que morrer, morreu. Mas provavelmente estou assim porque não tenho me alimentado bem. Uma vida calma sem alimentação adequada já dá um grande estrago, agora imagina a minha vida.

Eu tava quase dormindo, até aquela cadela me interromper. Quase insulto para as cadelas, tadinhas.

— Incrível a troca de olhares com a sua amante bem na minha frente  — ela fala sentado no sofá, respiro fundo e fico em silêncio. — Esta escutando Thiago? — não respondo. — Hum? — ela fala logo após me dar um tapa forte no braço.

Retiro o braço rápido e olho pra ela puto me levantado e dando as costas querendo ir para o meu quarto.

— Não vai falar sobre a sua adorada amante? Aquela piranha! Em? Vai defender ela igual fez da tua última vez?

Respiro fundo novamente e viro a encarando com a mão no corrimão de vidro que acompanhava a escada de madeira muito bem venizada e limpa.

— O que você quer que eu diga Samantha? Está
acusando a Layla de ser a minha amante? É sério isso? Logo a Layla? Eu acho que você deve usar os seus olhos para observar mais, a Layla nunca será e seria o tipo de mulher a se sujeitar a ser amante. Boa noite! — ela logo abre a boca e dá um passo a frente querendo continuar a possível discussão que começaria. — Namoral, to afim de discutir não jae? Eu simplesmente quero ir tomar banho e dormir, então amanhã talvez a gente continue a discussão. E novamente, boa noite! — sem perder tempo subo as escadas.

Abro a porta do último quarto que era a suíte maior, obviamente.

Minha casa é composta por dois quartos, o que é bem inútil porque todo mundo tem suas casas e ninguém nunca fica nos quarto de hóspedes.

Entro no banheiro fechando a porta de chave, não quero surpresas! Hoje não.

Dá última vez que a gente teve uma discussão a Samantha entrou e já ajoelhou fazendo um sexo oral em mim, eu estava de olhos fechados... Tomei um susto, me desequilibrei caindo e ela ainda caiu junto mesmo estando ajoelhada, acabei acertando meu pé no ombro dela assim que cai.

Eu definitivamente não quero surpresas e principalmente surpresas dela.

Entro no box depois de ter retirando minha roupa toda, me taco na água gelada relaxando meus músculos e fazendo meus pelos arrepiarem pelo choque da água gelada com o meu corpo quente.

Passo as mãos no cabelo molhado e suspiro.

Eu tô fodidamente fodido por ela... Ela é a pessoa que me faz ficar de quatro, que me faz ser o cachorrinho dela, eu sou completamente louco por aquela mulher. Se ela estralar os dedos pedindo qualquer coisa a mim, eu faria.

Qualquer coisa mesmo!

Dar até pra fazer uma serenata com a música do Luan Santana pra ela.

— É só você fazer assim que eu volto — canto baixinho dando um leve sorriso e estralo os dedos fazendo exatamente como a música faz.

Sorrio mais um pouco me sentindo um completo idiota.

Como a pessoa pode continuar amando depois de tantos anos? Todo mundo falou que eu a esqueceria depois de uns meses. E olha eu aqui...

Fez cinco anos que não nos vimos, e a minha cabeça de cima continua pensando nela 24 horas por dia, meu coração ainda se alegra a vendo, e a minha de baixo... Porra, levanta rapidamente só de imaginar ela, o que acontece muitas vezes ao dia.

Ela tacou meu nome na encruzilhada, não é possível. Isso é de Deus não. Vou me benzer mesmo, papo reto.

Passar na igrejinha amanhã.

Desligo o chuveiro, puxo a toalha secando meu rosto e coloco na cintura. Saio secando os pés no tapete e vou escovar os dentes.

Depois de terminar minha higiene, saio e vou andando rápido até o closet sem olhar para o quarto e sem olhar para a minha cama claro, se eu olhar me taco só de toalha mesmo e foda-se.

Se bem que não é uma má idéia, eu super faria isso se eu morasse sozinho. Sim, namoro com ela e não me sinto confortável e seguro de dormir sem roupa mesmo ela tendo me visto pelado inúmeras vezes.

Após colocar apenas um short saio. Sim, o importante é guardar meu amigo.

Eu saindo ajeitando o short, só levanto o rosto quando escuto uma tosse fingida.

Levanto meu olhar vendo Samantha de lingerie branca em cima da cama. Ela estava de joelhos com as pernas abertas e as mãos na cama a frente do corpo. Ela está na mesma posição que a Layla ficava quando me fazia surpresa.

Levanto uma sobrancelha e coloco as mãos no bolso vendo a cena. Ela me olhava mordendo os lábios. Olho para minha bermuda e nenhum sinal...

— Vem aqui amor. — Samantha fala me chamando pelo dedo com uma voz manhosa.

Ela quer pika, entendi.

— Samantha... não querendo destruir a sua felicidade mas eu não quero. — ela rapidamente para de morder os lábios e me olha como um bicho de setes cabeças.

— Você não quer? Você vai me negar? Negar isso tudo? — ela fala passando as mãos no corpo e afastando a calcinha me dando visão de sua vagina que pela sua posição estava aberta mostrando sua vermelhidão e seus grandes e pequenos lábios.

— Sim, vou. Por favor, saia da cama para eu me deitar. — falo e a puxo pela mão a fazendo levantar.

Sem me importar, retiro meus chinelos e já vou para cima da cama mas antes, infelizmente, sinto braços me rodearam com beijos nas minhas costas que são acompanhados de uma pressa do caralho da qual ela já vem metendo a mão no meu short.

Tá mole linda. Penso quando ela tava pra colocar as mãos, o que não rola já que eu de imediato tiro suas mãos dando um leve empurro em seu corpo para trás, levando ela para longe de mim.

— Qual foi cara? Deixa eu dormir! — falo pra ela já tirando o edredom do lugar e me cobrindo.

Vai que ela me puxa de novo, tá maluco, vou ter que ser flash hoje.

Entro na igreja vendo umas veias fofoqueiras sentada se fingindo de santa

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Entro na igreja vendo umas veias fofoqueiras sentada se fingindo de santa. Passo reto e ja sinto os olhares julgadores delas em cima de mim.

Procuro o padre observando todo o local silencioso, e o encontro no fundo da igreja.

— Boa tarde padre. — ele se vira para me encarar e sorrir.

— Boa tarde meu filho. Como posso te ajudar hoje?

— A gente pode conversar? — ele confirma.

— Claro, vamos nos sentar nos bancos? — ele pergunta e já começa a andar em direção dos bancos da primeira fileira.

— Melhor não padre, ta vendo aquelas veias ali? — ele olha confuso e confirma.

— Sim, as irmãs.

— Irmãs nada padre, tudo fofoqueira. — ele arregala os olhos. — Elas sai daqui e ja começa a falar dos outros. O senhor que não sabe.

— Não fale assim meus filho. Vamos conversar, vamos. — ele me guia ate o confessionário aberto e nos sentamos. — Então meu filho, me diga o que se passa com você.

— Padre, tem como saber se jogaram feitiço de amor em mim? — ele pisca perplexo.

— É, existem feitiços e sim, tem como.

— Eu quero saber se jogaram em mim, padre.

— Por que acha isso meu filho?

— O senhor sabe quem é Layla?

Se bobear, ele ate conhece. Ás notícias correm tão rápido, principalmente na boca dessas veias.

— Acho que ja ouvi falar, mas o que tem haver?

— Ela é minha ex. Mesmo sendo ex, eu ainda a amo. Ela foi embora e eu me afundei.

— Eu me lembro.

Quando eu me afundei, o padre me ajudou. Minha família sempre foi religiosa, e a fé me ajudou inúmeras vezes, e essa foi uma delas.

— Então, o senhor nunca soube direito dela ou porque eu tava daquele jeito, tão afundado. O motivo foi amor, desilusão. Sentimentos la em cima, ta ligado? Foi foda padre.

— Sem palavrão meu filho, por favor.

— Desculpa padre. — peço cheio de vergonha. Mo mancada. — Ai ela foi embora, padre. Aconteceu tudo aquilo e agora ela voltou, e os meus sentimentos parecem estar transbordando a cada segundo, e com ela aqui eu não consigo me acalmar de nenhuma maneira, e é por isso que eu acho que ela tacou uma macumba da pesada em mim, sabe padre? Por que ta fod... Ta difícil! — o padre ta com uma expressão divertida. — Qual foi padre, ta com vontade de rir de mim? Sacanagem.

— Não, meu filho. — ele sorrir. — To rindo por que você achar que ela fez um trabalho pra você é burrice. — arregalo os olhos. Ele me chamando de burro, só mancada filho. — Você ainda ta apaixonado meu filho, é isso. Os seus sentimentos se acalmaram porque ela foi embora e você não via ela direito, agora vai ver todo dia.

— O senhor me chama de burro e ainda fala que eu to louco pela mulher. Com todo respeito padre mas ta foda.

Era amor ou ilusão?Onde histórias criam vida. Descubra agora