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Layla Miller | Layla
Uma semana depois...

Uma semana se passou e eu já tava com todo pronto pro meu projeto de abrir alguma coisa aqui no morro.

Sim, decidi abri um comércio por aqui. Como vim pra morar, nada mas justo do que ja tentar me estabilizar.

Essa semana, andei muito. Muito mesmo. Acredito ter conhecido cada cantinho da rocinha, claro que não lembro dos caminhos ou ruas mas andei tudo.

Minha tia e irmãos me acompanharam muito por ai. Principalmente eu que rodei na garupa XRE do Lucas. Assim que vi a dele, ja fiquei morrendo de saudades da minha. Sou louca por moto, confesso que ate prefiro. Tenho a minha jaguar e não troco por nada, mas moto sempre vai ter um lugar no meu coração.

Minha moto, assim como meus filhotes estão na casa da minha mãe. La em angra. Espero muito que eu consiga pegar eles logo.

To com uma saudade imensa dos meus filhos. Enquanto estava viajado e me formado, consegui alugar uma casa por la e sai dos dormitórios da faculdade. Na primeira oportunidade que tive, consegui trazer meus bebês para ficarem comigo.

Fazendo visitas a mim a cada oito meses, depois de dois anos que fui pra Londres. Demorei para conseguir a autorização e trazê-los para ficar comigo por um tempo. Só não ficaram de vez morando e me fazendo companhia porque são bastante apegados com a minha mãe também e me sinto muito melhor sabendo que eles estão la para oque ela precisar, a protegendo.

Ate porque, quem usaria bater de frente com dois rottweiler pai e filho de 69cm?

Só se for muito maluco da cabeça pra ter essa coragem, que eu considero mais estupidez.

Enfim, com o turismo gratuito que recebi pelos meus irmãos e tia, observei muitos comércios parecidos. Tem vários salões, oque é uma boa proposta mas uma coisa que eu tenho muita vontade de abrir é uma churrascaria. Não vi muito disso aqui, seria quase uma novidade.

A ideia de abrir uma churrascaria me alegra bastante. Minha mente de sonhos ja viaja imaginado ela toda montada e pronta recebendo inúmeros clientes.

Eu fiquei vendo umas papeladas de quanto eu iria gastar com tudo e vejo que dá pra mim fazer de boa, só vou me lascar se o local for mais caro do que eu pesquisei.

Saio de casa e vou em direção a lanchonete da tia Helen. Fiquei sabendo recentemente que ela tem uma lanchonete, ela não quis depender de Thiago, oque me faz ter mais orgulho dela.

Sempre trabalhou, buscando sua independência. Ela é obviamente uma inspiração.

Pelo caminho, vou comprimentando as pessoas que passavam e me cumprimentavam também.

Chego na lanchonete. Tia Helen como se sentisse minha presença, ja se vira e me encara. Sorrio e vou em sua direção.

— Oi meu amor. — ela sai de trás do balcão e me da um abraço, retribuo a apertando e ela rir.

Só falei com ela uma vez hoje. No café da manhã. A rotina dela ja voltou e me sinto bem por saber que não atrapalhei muita coisa.

Ela passou essa semana inteira comigo e não abriu a lanchonete um dia sequer. Agora ja voltou. Fiquei com medo de ser um peso para ela, sabe? Atrapalhar, acabar mudando seus planos mas ela me assegurou que isso não aconteceu. Oque me deixou muito satisfeita e tranquila.

— Oi gatinha. Tudo ok por aqui? — pergunto e ela vai pra trás do balcão novamente e me encosto na bancada pra ficar perto.

— Tudo mec. — ela faz joia rindo. Sorrio. — E você? — concordo com a cabeça. — Vai querer oque?

Era amor ou ilusão?Onde histórias criam vida. Descubra agora