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Layla Miller | Lala

— Oh mãe — a chamo e ela tira sua atenção do copo para mim. — Com quem deixou meus filhos? — grito perguntando e vejo alguns olhares da mesa pra mim.

Dou risada internamente, alguns vão acham que eu pari. Quero muito ser mãe mas só de pensar em parto eu morro de medo.

Mas preciso procriar, sou muito linda pra deixar essa beleza só pra mim, tenho que espalhar essa genética.

— Não consegui trazer-los ainda mas o filho do Rodrigo. — jardineiro. — Vai vim para o Rio, ele vai deixar eles la na casa.

— Qual casa? Espera eu me organizar pra eles morarem comigo.

— A casa que iremos amanhã de manhã, quase madrugada. — franzo o cenho confusa.

Está confirmado a minha presença em uma casa que eu não faço a mínima ideia qual é? Interessante.

— Aonde é essa casa? Quem vai? — questiono curiosa mordendo meu copo.

— Todo mundo. Vamos pra casa em Angra, passar um tempinho em família sabe? Relaxar.

— Relaxar? Entendo. — dou um gole na bebida da qual eu pedi uma mais forte. Pedi uma caipirinha de maracujá com cachaça.

— Se tranquiliza meu amor, vamos passar muito tempo juntas. — ela sorrir e me abraça de lado, dou risada e confirmo.

— Não acredito que tu tem um herdeiro. — Índio fala, ou melhor, grita.

Tava vendo a curiosidade de geral perguntar mas não sabia que teriam de fato coragem.

O índio é bem cara de pau mesmo.

— Papo reto miss simpatia, que papo é esse? — cachichos fala indignado.

Eu entendi a indignação, não é por ser "mãe" mas sim por não ter contado pra ele. É uma graça mesmo.

— Quem é o desgraçado? — escuto o questionamento bolado e encaro.

Thiago estava com os olhos escuros e eu observei como seu punho estava fechado, acredito que ele estava se segurando para não apertar o copo de bebida.

Não me seguro e dou uma risada, observo todos a minha volta e leio os lábios de sapeca que diz "agora fodeu" encostando em cachinhos que estava em seu lado.

Minha mãe me aperta nos braços e eu fecho o sorriso vendo a sua tensão. Sei o exemplo que ela tem dentro de casa, tem medo da raiva e de reações possivelmente exasperadas.

— Quer dizer, cade meu enteado ou enteada? — Thiago pergunta tentando esconder à raiva, ele senta ao meu lado e eu continuo séria.

Ele aceitaria se eu tivesse tido um ou uma mini Layla com outro?

— Caralho. — escuto NH falar e de uma pancada so geral fala e faz expressões surpresas de cair o queixo.

— Qual foi da surpresa? — Lucas chega de cantinho com um copo de bebida e a outra mão no bolso da calça. — Tava chamando a gente, era? — pergunta apontando pra si e pra Matt que estava ao seu lado parecendo um pombo andando de tanto que balançava a cabeça escutando a música alta.

— Nada não, passou ja. — Thiago fala não dando tanta atenção e volta pra mim. — Cade a criança? — gargalho não aguentando.

— Que criança? — Matt pergunta.

— Eles não são crianças, são bravos demais para isso. — grito e vejo alguns olhos arregalados.

— Papai em dobro. — Fifa fala e da risada negando com a cabeça.

Era amor ou ilusão?Onde histórias criam vida. Descubra agora