capítulo 20

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Já era o terceiro dia, que Narcisa não comia e nem bebia sobre as ordens de Izana

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Já era o terceiro dia, que Narcisa não comia e nem bebia sobre as ordens de Izana. A Haitani estava deitada na cama em estado de fraqueza avançada por falta de nutrientes e líquidos, até Izana entrar no quarto com uma tigela de sopa medicinal feita por um dos melhores médicos a disposição da Tenjiku.

Ele sentou-se mais próximo a garota, que estava com o rosto enfiado em uma almofada de renda branca, a pele de Narcisa estava muito pálida e seu corpo parecia ter perdido todas as forças possível. Izana olhou para ela por um momento e então colocou a mão no seu rosto gentilmente, antes de pegar uma colher com sopa medicinal e a oferece-la a Narcisa.

Narcisa não iria beber no estado em que estava e Izana sabia disso,  então ele usou os dedos para abrir sua boca enquanto ele mesmo tomava a sopa medicinal. Em seguida Izana se inclinou e a beijou passando a sopa diretamente para ela através de sua própria boca.

Um pouco do líquido escorreu pela lateral de seus lábios, e era nítido que ela estava bebendo.

Isana continuou a alimentaram-la de maneira similar, usando o próprio corpo para que Narcisa se alimentasse e garantisse que ela recebesse o suficiente para ela não morrer de desnutrição. A cada beijo, a cada gota de sopa, Izana sentiu a pele de Narcisa quente e sua respiração pesada sob o beijo. Ela estava viva, o que o deixava aliviado.

A cada dia, Izana alimentava Narcisa daquela forma, beijando e passando lhe os nutrientes para que ela se alimentasse. Isso estava se tornando quase um ritual, mas era algo que Izana fazia sem questionar, pois sabia que era a única forma de manter a garota viva.

E quando ele achou que ela estava melhorando, Narcisa estava com febre, uma febre alta e emocional.

Mas para surpresa de Izana, aqueles olhos Púrpura estavam o encarando.

— me mate de uma vez — ela sussurrou baixo por conta da fraqueza

Izana ficou parado ali por um momento, com o sangue gelado correndo pelas veias, ele a olhou com um olhar vazio.

— Quê? — Ele perguntou sem reação, ainda em choque.

— eu nunca....serei sua Izana — ela murmurou ao delírio da febre — apenas me mate de uma vez Kurokawa.

Aqueles olhos Púrpura, aquela maldita cor profunda de roxo, o olhava com repulsa

— Você quer que eu a mate? —  Izana perguntou com voz seca e calma,  seus olhos começando a se encher de um tom sombrio.

Narcisa soltou um sorriso irônico em seguida grunhido de dor.

— Você já está fazendo isso de forma lenta, me mantendo presa aqui....quantos dias já se passaram? — sussurrou

— Cinco — Ele respondeu sem hesitação,  e então ele continuou — Você acha que eu vou te liberar só porque você pediu?

— Você tem certeza que quer isso? — Ele perguntou novamente,  olhando para ela com o olhar gelado.

— Você é o meu pior pesadelo — ela brandou — eu o odeio

— Eu sei que você me odeia, eu sou a fonte do seu sofrimento — Ele respondeu,  mantendo o olhar vazio e frio.

Izana se aproximou da cama olhando dentro daqueles olhos.

— Eu daria minha própria vida para te curar, para te devolver a saúde e ver novamente o brilho inconfundível em teus olhos.

Narcisa virou o rosto e fechou os olhos ignorando Izana

Izana se aproximou e tentou encostar a mão no rosto dela para que ela lhe olhasse novamente,  mas ela manteve os olhos fechados e seguiu assim por alguns momentos.

— Narcisa — Ele sussurrou,  — Olhe pra mim.

— me recuso! Apenas me deixe sozinha e quem sabe eu morra por conta da febre

— Eu espero que você não morra de nenhuma maneira... Porque se isso acontecer eu não vou me perdoar, é o que você quer? —  Ele perguntou,  seu corpo se tensionando um pouco.

— então não se perdoe....viva os últimos momentos da sua vida carregando a culpa — em seguida ela se silenciou

Izana levantou-se enfurecido, e saiu do quarto batendo a porta com estrema força.

A culpa era daquele dragão da Toman, maldito Mitsuya

Izana sai do quarto visivelmente irritado com o pedido de Narcisa, ele então fechou a porta com força ao sair e, em seguida, ele se dirigiu até uma sala próxima.

Ele olhou para o teto por alguns momentos, tentando se acalmar,  mas não conseguia, a voz de Narcisa em sua cabeça estava se tornando um martelo em sua mente...

Ele bateu em sua mão contra a parede, uma atitude impulsiva que geralmente ele tentava não fazer.

— Eu sou louco?... o quão louco eu estou? —  ele perguntou para a parede, seus olhos pareciam ficar mais sombrios, quando ele se lembrava do pedido de Narcisa. — Isso está ficando insuportável — Ele solta uma risada amarga para si mesmo, e então ele se virou e foi na direção de  uma garrafa de whisky que estava sobre a mesa.

𝑫𝒂𝒎𝒂 𝒅𝒂 𝑵𝒐𝒊𝒕𝒆 - 𝑴𝒊𝒕𝒔𝒖𝒚𝒂 𝑻𝒂𝒌𝒂𝒔𝒉𝒊Onde histórias criam vida. Descubra agora