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ℓεɳσɾα, α ɱε∂ɾσรα
Os dragões, uma vez majestosos e livres, agora estavam reduzidos a meras ferramentas nas mãos gananciosas de Drago Sangue Bravo. Lenora sentiu uma onda de náusea ao testemunhar o desfile desolador dos pobres animais, forçados a carregar armaduras de ferro e correntes que não eram dignas de suas nobres formas. Aquela visão lhe apertou o coração, uma mistura de tristeza e fúria borbulhando dentro dela.
Ela sabia que os dragões não eram apenas bestas a serem dominadas, mas seres inteligentes, amigos leais que mereciam respeito e liberdade. Sentiu um desejo ardente de intervir, de libertar aqueles magníficos seres da opressão, mas sabia que sem sua espada, suas chances de sucesso eram mínimas.
Junto com os outros Cavaleiros, Lenora foi obrigada a seguir os guardas até o convés superior, onde o próprio Drago os aguardava. O sorriso de escárnio constante em seu rosto apenas confirmou as histórias sombrias que ela ouvira sobre ele. Drago era uma figura aterradora, envolta em pele de dragão e cicatrizes antigas, emanando uma aura de autoridade sombria e medo.
A chegada de Drago foi precedida por uma breve tentativa de resistência de Eret, que logo se desfez diante da imponência do caçador de dragões. Lenora apertou os dentes com frustração enquanto observava a troca de palavras entre Eret e Drago, sentindo-se impotente diante da situação.
A tensão atingiu seu ápice quando Dente de Anzol, desafiando corajosamente Drago, provocou uma série de eventos imprevistos. O rugido do dragão ecoou pelo convés, ecoando desafio e coragem, enquanto os caçadores recuavam com medo. Mas a intervenção de Drago foi rápida e implacável, demonstrando sua autoridade sobre as criaturas que outrora voavam livres nos céus.
━ Você pertence a mim agora.
Lenora assistiu com misto de horror e indignação quando Drago forçou Dente de Anzol à submissão, colocando a bota firmemente sobre o focinho do dragão. O desespero pulsava em seu peito enquanto ela lutava contra a sensação de impotência, suas mãos ansiosas para empunhar sua arma e lutar pela liberdade de seus amigos dragões.
A oferta de Eret de capturá-los como um ━bônus adicional━ só aumentou a raiva de Lenora, alimentando sua determinação de resistir a Drago e seus capangas a todo custo. Ela sabia que não podia desistir, não enquanto houvesse uma chance de libertar os dragões e derrotar aquele tirano cruel.
Lenora sentiu uma mistura tóxica de raiva e culpa se misturando dentro dela, obscurecendo sua visão com um turbilhão de emoções conflitantes. Ela havia agido impulsivamente, deixando-se levar pela fúria e arrogância de suas habilidades, sem considerar as consequências para seu irmão e para si mesma. Agora, ao ver Eret em perigo por causa de sua imprudência, ela não pôde deixar de sentir um profundo arrependimento e autodesprezo.
