( 7 ) Intensidade que mata

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Capítulo 7
INTENSIDADE QUE MATA


Você arrancou a pele do meu corpo
quase como um canibal
faminto pela minha personalidade

Meu jeito e minhas manias
Agora são todas são suas

Você arrancou pedaços de mim
pensando que comendo a minha carne
você preencheria o vazio dentro de si

E não preencheu.


Jeon gostava da solidão.

Talvez, nesse caso, a solidão seja um daqueles termos que todo mundo não compreende o significado corretamente. Porque sempre quando se referem a ela, é como se estivéssemos sozinhos. Quando, na verdade, sempre estamos na companhia de nós mesmos.

Mas, de qualquer forma, ele gostava de ficar só. Seus medos não o apavoravam mais, apenas quando alguém tocava na ferida. Ou seja, se não se envolvesse com ninguém intensamente, isso não viria acontecer. E essa era sua tática de sucesso.

Ontem mesmo levou um esbarrão forte enquanto ia pro trabalho, forte o suficiente pra que ele derramasse café na sua blusa social branca. Chegou no trabalho puto, entrou em sua sala e desabotoou a blusa, sem perceber que havia uma pessoa na sala: Jimin.

Não sabia o que ele tinha ido fazer ali, mas não foi necessário perguntar. Ele pediu licença e saiu rapidamente, parecendo com uma pressa inestimável, até um pouco irritado.

Mas ele sempre parecia irritado.

O que era estranho porque ele sempre se portava tão calmo com todo mundo ao redor. Mais estranho ainda pensar que, mesmo desgostando dele, só fora agora que eles realmente chegaram a externar todo o ódio. Sempre fora tão irregular, apenas alguns olhares e comentários gerais desagradáveis. Mas agora via ele quase todo dia, falava com ele quase toda semana, mesmo que fosse taciturno*.

Mesmo assim, sentia que não o conhecia totalmente.

E talvez essa seja a graça da palavra "conhecer". Verbo que se conjuga no transitivo, porque uma vez que você passa a usar ele, é difícil conjugar no passado, ainda que seja muito incerto pra colocá-lo no futuro.

Jeon tinha uma mania feia de esperar pouco das pessoas. Queria o superficial, o toque, o dinheiro, olhares sem falas. Apenas o raso. Então quando alguém vinha com aquela profundidade toda, sempre se surpreendia por ver que realmente existiam seres humanos que ultrapassavam a indiferença do dia-a-dia.

IRREVERSÍVEL ❦ jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora