( 11 ) Última vez que se sentiu amado

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❦ Capítulo 11ÚLTIMA VEZ QUE SE SENTIU AMADO

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Capítulo 11
ÚLTIMA VEZ QUE SE SENTIU AMADO

Irei desistir de todos aqueles
que desistem de mim:
isso é uma promessa.

Você não sente o suficiente


Há poucas coisas na vida que Park Jimin apontaria como extremamente dolorosas. E uma delas seria perceber que, depois de um determinado tempo em que se espera por uma pessoa, começa a cair a ficha: ela não vai voltar.

A espera não é tão dolorosa quando se tem esperança. Metade do tempo você se engana, diz que deve ter algum motivo pela demora, que isso não vai acontecer novamente. E, imperdoavelmente, espera até que essa esperança esteja totalmente vazia, assim como seu peito.

Park sentiu isso na pele quando tinha 8 anos. Ainda muito inocente pra entender o que estava acontecendo, não parava de perguntar ao seu pai o porquê sua mãe foi pro hospital e nunca mais voltou.  Os dias estavam mais nublados que o normal, nada parecia como antes.

Assim como a volta de sua mãe, a resposta de sua pergunta também nunca chegou.

O passar dos minutos, dias, semanas é cruelmente lento. Teve que descobrir sozinho que sua mãe havia morrido. Sem muitas explicações, recebeu a notícia crua da recepcionista do hospital quando foi até lá de bicicleta procurar por um abraço apertado de sua mãe. Ela apenas disse, sem um olhar de dó ou uma voz macia.

Não importa se iria chorar, espernear ou gritar para que sua mãe voltasse. Nada mudava.

Anos se passaram, mas o vazio permaneceu intacto. E, mesmo quando pensou que já havia esquecido, o sentimento sempre voltava, apenas ficava mais fácil de se conviver.

Por isso, quando aquela segunda-feira amanheceu, sombria e chuvosa, Jimin de 25 anos não estava se remoendo pelo bolo que havia levado do homem misterioso. Na verdade, estava muito bem resolvido. Levou um fora, ok. Sabia lidar com isso, mas do seu jeitinho rancoroso.

Hoje o trabalho seria à noite, já estava arrumado com a roupa que o estilista Jeon mandou para si, além da maquiagem, sapato e acessórios que também foram pensados por ele. Maquiador veio até sua casa sem o moreno, fez o trabalho e foi embora. E, sem querer parecer muito egocêntrico, afirmou que hoje estava especialmente gostoso.

Já dentro do taxi, Park espirrou mais algumas vezes o seu perfume sedutor no pescoço. Dava os toques finais, contando com: arrumar fios do cabelo, tetocar gloss, firmar o corset, passar creme nas coxas e-

O motorista freou forte, seu corpo foi pra frente momentaneamente, logo sendo protegido pelo cinto.

Olhou para frente e viu o motorista, que era parcialidade jovem, pedir desculpas e engolir seco. Apenas assentiu de leve. Desde que havia pedido o taxi, sentiu os olhares do homem em si. Gentil até demais em relação ao pagamento, disse que a corrida seria de graça. E, inclusive, não parou de olhar pra si pelo retrovisor durante todo o caminho.

IRREVERSÍVEL ❦ jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora