De dia inimigos, à noite amantes. Esse era o lema secreto do estilista Jeon Jungkook e o modelo Park Jimin. Diante de brigas e ofensas no trabalho, à noite os dois se tornavam irreconhecíveis sob máscaras e adquiriam aquilo que deveria ser saciado:...
Demorei um tiquinho, né? Então toma um capítulo de 9 mil palavras. Esse foi difícil de escrever.
Boa leitura!
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❦ Capítulo 15 DIGA-ME A VERDADE (POR FAVOR)
Minha vida passou a ser uma constante busca por quem irá me matar primeiro;
minha dor ou meu amor
Talvez ambos sejam a mesma coisa
Às vezes, Jimin sentia que não existia.
Apesar de ser modelo, às vezes não conseguia se sentir parte de seu corpo. Rosto, músculos, olhos, órgãos. Passou uma grande parte de sua vida vivendo sem se importar com a saúde, apenas deixava no modo automático até que passasse a olhar para dentro de si e se ver como alguém que merece cuidado.
Seu corpo e mente entravam em estado de êxtase tão grande que ele se dissociava de si, como se saísse de seu próprio corpo e passasse a ver sua vida em terceira pessoa. Não sabia se existia, muito menos se vivia, mas estava ali.
Ele não era ele mesmo. Era apenas um pensamento, uma ideia, um suspiro antes de partir. Não sabia se descrever sem mencionar seu trabalho e seus estudos. A sua vontade de ser alguém importante na vida acabou tampando de sua visão algumas preciosidades que faziam total diferença.
Olhava com desconfianças para o seu próprio reflexo na janela que estava de frente para a pia enquanto lavava a louça,'nunca havia se visto com uma feição de satisfação assim.
— Meu dentinho caiu!!
A voz infantil fez Jimin sorrir pela milésima vez naquele dia. Ouviu os passinhos correndo ecoar pela mansão de Jeon, secou suas mãos e virou para trás.
— Deixa eu ver. — disse enquanto abaixava, colocando suas mãos na bochecha do menor. Jun sorriu extravagante, mostrando todos os dentes ali.— Oh meu deus!
Às vezes, Jimin sentia que não existia. Já em outros momentos, Jimin sentia que existia até demais.
Sentia cada pedacinho de célula movimentar em seu corpo. Desde o sangue correndo nas veias até o ar enchendo o pulmão. Sua mente ficava incrivelmente barulhenta mas o estado de espírito era calmo, totalmente em paz. Como se estivesse no lugar que deveria ter estado há anos.
Dentre algums momentos de sua vida que consideraria importante, nunca imaginou que ver um dente caído na mão de um meninho bangelo entraria em um dos momentos mais especiais daquele ano.
