( 8 ) O rio em minhas lágrimas

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❦ Capítulo 8 O RIO EM MINHAS LÁGRIMAS

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Capítulo 8
O RIO EM MINHAS LÁGRIMAS

Quero que você conheça
a parte mais melancólica de mim.
Só assim me provará por inteiro

Por isso não hesito em dizer:
Há sempre uma poesia oculta
na falta de amor


A vida, como metáfora de um rio, tudo traz, tudo leva, tudo lava.

E essa é a frase da introdução do livro Tudo é Rio, da escritora Carla Madeira. Chega a ser indescritivelmente subjetivo a forma como metáforas relacionadas à natureza e vida sempre dão certo.

Porque o rio escorre, assim como aquela pessoa passou por seus braços e nunca mais voltou, o rio lava, assim como aquele dia da semana que você se sente livra pra fazer o que quiser, o rio afoga, assim como aquela dor que nunca deixou você voltar pra superfície.

Mas a questão do livro está no meio dele. Quando se lê: Existe um certo milagre nos encontros.

Até porque, o que mais existe no mundo são pessoas que nunca vão se encontrar. Tanto porque o acaso não aconteceu, tanto por motivos mais fundamentais. Elas não vivem no mesmo país, não falam a mesma língua, não têm os mesmos hobbys ou possuem um dia-a-dia muito corrido para se trombarem. Acasos e mais acasos que nunca chegariam a acontecer.

Por isso é enervante* refutar: o que poderia acontecer caso encontrássemos essas pessoas?

Chega ser uma espécie de desperdício pensar que uma história arrebatadora poderia acontecer com aquela pessoa que você esbarrou há algusm anos atrás e nunca mais viu, nem mesmo lembra o rosto ou da voz que pediu desculpa. Os desencontros são um desperdício de vivências. 

O que mais existe no mundo são pessoas que não vão se conhecer, isso é certo. Então quando se conhecem, podemos definir que certamente há sim um milagre nesses encontros.

E aquela frase nunca fez tanto sentido quanto hoje, em uma segunda-feira qualquer, onde Park Jimin esbanjava um carisma e felicidade em demasiado levando em consideração que ainda eram 8 horas da manhã, entrou no Versace Medium Hotel, seu novo local de trabalho.

Ao mesmo tempo que, do outro lado da rua, Jeon saía de sua Limousine e ia em direção ao mesmo prédio, segurando Jun no colo. Mesmo sem um sorriso no rosto, seu motorista percebeu que o Senhor Jeon estava claramente de bom humor, até pediu pra colocar música durante o trajeto. Certamente incomum.

Jimin não queria admitir, mas no fundo sabia que a noite de sexta havia o feito, não só elevar suas expectativas no sexo, mas também em relação ao que os outros poderiam o oferecer. Tudo pareceu tão certo, tão bem encaixado. Sentia um frio na barriga só de imaginar como seria se eles tivessem ido até a final.

IRREVERSÍVEL ❦ jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora