De dia inimigos, à noite amantes. Esse era o lema secreto do estilista Jeon Jungkook e o modelo Park Jimin. Diante de brigas e ofensas no trabalho, à noite os dois se tornavam irreconhecíveis sob máscaras e adquiriam aquilo que deveria ser saciado:...
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❦ Capítulo 17 AH, EU PRECISO QUE TE AMO
Eu sinto em excesso e vivo em excessos.
então, quando há uma simples melancolia em mim; eu morro. rápido e em silêncio
Ninguém ouviu meu pedido de socorro
É uma solidão estranha quando se fecha os olhos antes de dormir e percebe que não há mais ninguém ali. Não tem um corpo ao lado, coxas macias pra apertar, uma cintura pra arrodear os braços e muito menos um perfume de morango para dormir em paz.
Quando a noite cai, o que assusta não é a negação ao se dar conta de que seus sentimentos reprimidos por anos não foram a lugar algum. Na verdade, ficaram mais incontroláveis. Não. O que é assustador é saber que não há mais ninguém que está na sua pele, na sua mente, vivendo sua vida do seu ponto de vista.
No final de tudo, é só você.
Não há olhos carinhosos e nem uma boca quente para que possa se afogar e esquecer do mundo lá fora. Você e você. Sem saída e sem devolução. Precisa aturar a si mesmo até que goste do que vê no espelho, até que se sinta bem em silêncio.
E, por quase toda sua vida, Jeon gostou da solidão. Gostava de estar longe das pessoas, mesmo que ainda não gostasse de si mesmo. Mas nos últimos meses têm sido uma solidão diferente.
Gostou da solidão depois de ir embora após um dia em que beijou Jimin a cada segundo. Gostou da solidão depois do dia quando passou a noite toda dormindo abraçado com ele. Não via nada de errado quando olhou no espelho e viu sua aparência crua, nua é certamente descabelada pela noite intensa. Gostou das semanas de paixão. Gostou de viver, depois de muito tempo apenas sobrevivendo.
Amou Jimin e amou si mesmo.
E, mesmo sem Jimin, o sentimento ainda permanecia. Era entorpecente. Ele sabia que o ódio que nutria por si mesmo e a inveja encarnada em raiva não faziam mais parte de si. Pensou que havia mudado por causa dele, mas a verdade é que ele nunca esteve tão confortável na sua própria mente.
— Titio?
A voz delicada de Jun o tirou de seus pensamentos. Jeon estava deitado na cama, após mais uma noite torturante sem dormir, quando se lembrou da data de hoje. Se espreguiçou e olhou pro lado, o pequeno estava com um pijama de elefante, fofo como sempre. Seus olhinhos cheios de esperança fez com que Jeon sorrisse levemente.
— Vem aqui... — o puxou pela roupa e trouxe o corpo para cima da cama em um segundo. O pequeno era muito leve. Jun deu um gritinho feliz e surpreso. — Feliz aniversário, Jun.
