Anne Smith é uma jovem de família católica que mora com sua mãe, Helena Smith. Com o tempo Anne já não tinha tanta intimidade com Deus, mas em um piscar de olhos se vê em uma situação que irá virar sua vida do avesso.
E se pudéssemos bater um papo c...
Cheguei na igreja e olhei para o céu, que parecia estar tão perto que senti que poderia tocá-lo, eram tons de rosa, lilás e laranja, era fim de tarde, e o maior pintor do mundo havia pintado aquele céu só para mim e seria o convidado de honra nesse dia mais que especial. Eu e Josh havíamos decidido frequentar as missas na minha igreja e claro, ele passou a fazer parte do grupo de louvor de lá enquanto eu continuava servindo na liturgia sempre que me chamavam, mas o casamento ocorreria em sua igreja, era o justo, e além do mais era uma igreja com uma arquitetura linda e um belo jardim ao redor, optei por entrar com meu tio Haroldo, e Elisa e Sophie eram as madrinhas.
Meu vestido era digno de uma princesa, com mangas bufantes, brilho, tule e detalhes de renda, tanto nas mangas quanto por todo corset, meu véu tinha sido bordado com um trecho da oração de São Bento em latim "Crux sacra sit mihi lux", (que significa "A cruz sagrada seja a minha luz") meu buquê, claro, era de margaridas, rosas brancas e algumas flores azuis celeste como os demais arranjos florais da decoração e a cor temática, inclusive dos vestidos das madrinhas - além de eu amar essa cor, também era em homenagem aos títulos de Nossa Senhora dos Remédios e das Graças - , envolto com um terço branco que pertencia a minha avó, depois à minha mãe e agora a mim.
Quanto ao penteado, era metade preso e foram feitas algumas ondas e colocadas algumas pérolas (uma referência ao penteado de Elizabeth durante o baile, no filme Orgulho e preconceito, meu filme de romance de época preferido), minha maquiagem era simples com um tom avermelhado nos lábios e por fim, calçava saltos de bloco na cor branca com pérolas e um laço no calcanhar.
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Minha mãe, minha tia Elizabeth e minhas madrinhas já haviam sido chamadas para a grande entrada (ao som de "Jesus meu esposo") e também os pais de Josh, seu avô e alguns outros parentes próximos, os convidados foram escolhidos a dedo e não passavam de vinte pessoas, era um momento especial e só importava a presença de pessoas que realmente conheciam nossa história e a importância daquele dia.
E então a minha música de entrada "Turning Page" começou a ecoar entre as notas do piano e as cordas de violinos, respirei fundo, estava nervosa, apesar de ser um casamento intimista, era inevitável.
O meu pequeno primo Benjamin, e minha pequena prima Alice (ambos, filhos do meu tio Haroldo e minha tia Elizabeth), entraram segurando as plaquinhas, com as respectivas frases: "E assim Deus escreve uma nova história de amor" "E serão um para o outro, e ambos para Deus".
-Vamos querida? (Meu tio perguntou estendendo o braço para mim, e assenti segurando em seu braço).
Desde a entrada da igreja até o altar haviam espelhos no chão ao invés de um carpete, que refletia as pinturas de nuvens e anjos do teto da igreja, e nas laterais haviam os arranjos, era como se eu estivesse caminhando em meu próprio pedaço de céu.
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