Capítulo 57

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Fomos eu, Carol, Michonne e mais alguns guerreiros.

Chegamos na fronteira norte pela noite.
Paramos perto das estacas, já que não podíamos passar porque era território deles. Largamos as armas.

-Você tá bem, né?-Pergunto para Carol.

Ele estava perto da estaca do Henry e eu sabia como era difícil toda vez que ela vinha aqui.

-Tô, preciso só de um minuto.-Ela fala.

Depois de um tempo avistamos eles. Eram um pouco demais, e eram zumbis, talvez tivesse susurradores pelo meio.

Eles põe os zumbis para ficarem girando em círculos e Alpha tira a máscara e vem até nós.

-Tem uma regra entre nosso povo.-Ela fala.-Uma lei:"Fiquem onde estão" mas desobedeceram.

-O fogo teria destruído suas terras.-Michonne fala.

-A natureza do fogo é queimar.-Alpha fala.-Não temos conflito com a natureza.

-Podia ter destruído uma de nossas comunidades.-Michonne fala.-Não podíamos ficar parados vendo isso acontecer, dá para entender? Cruzamos um vez.

-Três vezes.-Alpha fala.-Durante o incêndio andaram nas minhas terras, durante a tempestade de inverno e durante uma busca no rio você e um homem com braço de metal entraram nas minhas terras. Estamos sempre vigiando. O que eu falei sobre cruzar minha fronteira? Teriam que ser punidos.

Uns tiram armas e outros facas.

-Mas... considero o contexto.-Ela continua.-Não terá massacre dessa vez.

-Então o que você quer?-Pergunto.

-Terra.-Ela fala.-O riacho que entra pelo vale, será sua nova fronteira pelo sul, vamos marcar uma nova fronteira no Norte.

-Vai cortar nosso território de caça.-Carol fala.-Não temos que ficar aqui ouvindo essa...

-Carol!-Michonne fala.

-Ouvir...o quê?-Alpha pergunta e me dava agonia porque ela ficava andando, cercando as estacas.

-Essa palhaçada.-Carol fala.

-Já chega.-Falo e começo a andar.-Terminou, vamos embora.

-Nada disso.-Alpha fala e paramos.-Não até essa aí baixar a cabeça para mim.

Carol para em sua frente ainda sem passar da fronteira e a encara.

-Devia ter medo de mim.-Alpha fala.

-Eu não tenho.-Carol fala.-Eu olho para você e não sinto nada.

-É mesmo?-Ela pergunta.-O loirinho gritou por você antes de cortarmos a cabeça dele.

Ela saca rápido uma arma que estava escondida atrás de sua calça e atira, mas Michonne a impede e a bala acerta no chão. Era para ter deixado. Carol ia para cima dela mas eu a segura. Essa Alpha joga baixo demais.

-Para.-Sussurro.

-Peço desculpa pela minha amiga.-Michonne fala.-Estamos sem dormir e você sabe o que ela perdeu.

-Eu te perdoo, de mãe para mãe.-Alpha fala para Carol e pega a estaca.-Agora essa terra é minha, melhor correrem.

-Vamos.-Falo.

Saímos dalí.
Fizemos um acampamento no meio do caminho para passar a noite.
Fizemos uma fogueira e preparamos um chá e uma comida enlatada. Por sorte trouxeram essas coisas.

Vejo Michonne ir conversar com Carol e ela sair para longe. Vou então até Michonne.

-Ela não é a mesma desde que vocês saíram mais cedo.-Falo.-Daryl disse que ela estava bem no barco, talvez o lugar dela seja no mar.

-O lugar dela é com a gente.-Michonne fala.

-Ela não tem dormido.-Falo.-Me disseram que ela sai toda a noite procurando eles.

Ouço um barulho de tiro, Carol provavelmente. Corremos até ela.

-O que foi?-Pergunto.

-Sussurradores, três deles.-Ela fala.

-Rádios ligados.-Michonne fala.-Norte, Oeste, ficamos com o Leste. Capturem, não matem.

(...)

Eu, Michonne e Carol nos encontramos.

-Sem sinal deles, sem rastros, vestígios, nada.-Michonne fala.-Tem certeza que viu três?

-Sim, tenho certeza.-Carol fala.

-Carol, a quanto tempo tá tomando esse remédio?-Michonne pergunta.

-Desde que voltei.-Ela fala.-Está tudo bem, é que nem café. Não podemos ficar aqui.

Eu não queria perguntar sobre os remédios, não queria me entrometer.

-Tá bom.-Falo.-Vamos achar um abrigo e se esconder um tempo, dormir um pouco.

Carol sai e saímos logo depois.

(...)
Fomos até uma escola, a escola Barnett.

Estava tudo silencioso, entramos em uma parte e fomos dá uma olhada. Por enquanto estava tudo certo. Vejo que Carol não estava e vou até a luz de sua lanterna, ela estava olhando por muito tempo para uma foto.

-Ei, tudo bem aí?-Pergunto e ela assente.

Voltamos para o pessoal.

-Vocês dois durmam aqui, vigiem o lado leste.-Michonne fala para dois guerreiros.

Eu e Carol ficaríamos em dupla.

-Eu fico de guarda primeiro.-Ela fala.

Ela vai para um canto e vejo novamente ela tomando uma pílula mas de novo prefiro não questionar.

Nós duas ficaríamos em uma sala. Vou até a sala e ela estava sentada.

⚠️Ponto de vista da Carol:⚠️

-O que foi?-Pergunto.

-Nada, eu tava pensando no meu avô.-Ela fala.-O meu avô, ele era caminhoneiro, contava várias histórias para mim quando eu era mais nova. Uma vez ele tava cruzando o Kentucky, estava um escuridão total, ela viu uma moça na beira da estrada, parecia que estava chorando. Ela foi para frente do caminhão e meu avô pisou no freio, ligou para a polícia e saiu para procurar por ela, só que ela não tava lá. Olhou em todo lugar, debaixo da cabine, pneu, nada, não tinha sangue nem nada amaçado.

-Como isso é possível?-Pergunto.

-Não tinha moça.-Ela fala.-Ele não dormia muito bem. Às vezes ficava 24 horas acordado fazendo viagem, ficar acordado muito tempo alucina a gente.

-S/a, não sou uma caminhoneira viciada em drogas igual como...-Eu ia dizer seu avô mas prefiro não dizer.-Não que seu avô... Merda, me desculpa.

-Ele tinha parado, ele disse, mas...eu não sei.-Ela fala.-Mas não quer dizer que eu estou errada.

Um alarme toca.

-Nosso turno acabou.-Ela fala e pego o remédio.-Não toma isso. Você tem que dormir.

-Não consigo.-Falo e tomo mais um.

-Por quê?-Ela pergunta.-Pesadelos?

Ela pega sua jaqueta, seu chapéu e sai.

Love in apocalipse•Maggie and S/nOnde histórias criam vida. Descubra agora