Alguns de nós voltamos para a Commonwealth para buscar nossas coisas que ficaram lá.
Quando saio do quarto, RJ estava sentado lendo uma revista em quadrinho.
-Cadê a Judith?-Pergunto e ele não responde.-RJ, cadê a Judith?
-Não é para eu falar.-Ele fala.
-Era para ela fazer as malas.-Falo e vejo suas bolsas vazias.
-Eu falei das malas mas ela disse que não iria.-Ele fala.
-Para onde ela foi?-Pergunto.
-Não sei.-Ele fala.
-Mierda.-Falo.
Vou até o apartamento de Carol e explico o que aconteceu. Saímos então para procurar a Jude.
-Vamos achar ela.-Carol fala.
-Esse negócio de ser mãe, eu não sou boa nisso.-Falo.
-Claro que é.-Ela fala.-E é isso que você é para ela agora.
-Carol...o que ele faria?-Pergunto.
-Não.-Ela fala.-O Rick não está aqui, você está. Quando a Sophia nasceu eu não fazia ideia do que estava fazendo, só o que eu sabia era que eu a amava. Tão pequena, dependendo de mim para tudo. E o peso de tomar uma decisão que faria toda a diferença. Você vai dá um jeito, sei que vai.
-É.-Falo.
Vou até a igreja. Estava vazia, parecia vazia. Eu continuei e vi alguém atrás de um banco.
Me encostei de frente para ela e ficamos em silêncio por alguns segundos.-Eu não quis te preocupar.-Ela fala.
-Eu sei.-Falo.
-Eu só...-Ela fala e interrompo.
-Só queria ficar sozinha.-Falo.-Eu entendo. Eu tinha um lugar assim quando eu era mais nova, quando eu não queria ir para casa.
-Onde você ia?-Ela pergunta.
-Tinha um rio atrás da nossa casa.-Falo.
-Ficava muito sozinha?-Ela pergunta.
-Às vezes.-Falo.
-Não me importo de ficar sozinha.-Ela fala.-Às vezes eu prefiro.
-Dá tempo para pensar.-Falo.
-Achar respostas, sei lá.-Ela fala e me sinto ao seu lado.
-Desculpa aquela hora.-Falo.
-Tudo bem.-Ela fala.
-Eu não sei o que eu tô fazendo, eu não acomoanhei o Hershel, a Coco ainda é pequena e eu sempre tive a Maggie e a Rosita, mas sou só eu, você e o RJ.-Falo.-Eu tô me esforçando. Eu queria que as coisas fossem do jeito que você queria que elas fossem. É assim que deveria ser, mas não é. Eu preciso te manter a salvo. Vou ficar com a arma do papai por enquanto, até você querer, ou não. Mas você fica comigo. Estamos de bem?
-Estamos de bem.-Ela fala.-Posso me despedir dos meus amigos?
-Claro.-Falo.
Ela me ajuda a levantar e saímos.
Eu, Carol e Judith estávamos no centro. Estava uma bagunça, era o dia dos trabalhadores e todos estavam comemorando.
Uma menina acena para Judith.-Vai se divertir.-Falo e ela vai até sua amiga.
-Tomem os seus lugares, o evento principal vai começar!-O homem anuncia.
Havia um ring alí onde algumas pessoas iriam lutar. Era um homem contra dois homens, o homem só ganhava, mas os caras não desistiam.
-Que merda.-Falo.
-As pessoas gostam.-Rosita fala sorrindo e aplaudindo assim como todos.
Eu observava tudo e todos, principalmente Sebastian e Pamela que estavam se divertindo com aquilo.
O homem que estava sozinho então ganha e todos comemoram.-Vamos aplaudir nossos combatentes.-Pamela fala no microfone.-E para finalizar esse dia maravilhoso, meu filho Sebastian preparou algumas palavras.
Alguns aplaudem, outros reviram os olhos e ela passa o microfone para Sebastian que pega com um caderno na mão.
-Obrigado. É uma honra e um privilégio está aqui com vocês hoje para celebrar...-Ele para de falar.
Todos ficam sem entender porque ele parou.
-O que deu nele?-Alguém falava.
Ele então fecha o caderno.
-Olha, eu sei que muito de vocês não pensam muito bem de mim, e sei que talvez eu não mereça isso.-Ele fala.-Agora temos um longo, longo caminho pela frente para eu ganhara confiança de vocês e ficar a altura do meu legado. Eu não tenho palavras para dizer o que esse lugar significa para mim, mas meu avô sabia. Então vamos ouvir as sábias palavras do presidente Milton, fundador da Commonwealth.
Olho então na cabine onde colocavam o som no holofotes e vejo Eugene. Logo o som sai.
"A Commonwealth é baseada em mentiras. A necessidades desesperada de acreditar que um velho sonho americano ainda é real. Entende? A realidade é que os pobres ainda continuam pobre e os ricos façam o que eles quiserem."-Era a voz do Sebastian.
Todos sussurravam reclamações uns com os outros.
Ele olha para uma amiga de Eugene no meio das pessoas e começa a perseguir ela que corre. Vejo que Eugene havia sumido também.Todos começam a se revoltar e jogar coisas no palco. Os guardas então tentam parar as pessoas.
Tudo virou uma bagunça alí, e como se já não bastasse, zumbis começaram a invadir e atacar algumas pessoas.
Pego Judith pelo braço e saímos andando mas logo solto ela e perco ela de vista.-JUDITH!-Grito.-JUDITH!
Continuo procurando e a vejo encarando um zumbi que ia na sua direção. Pego a arma dela, que era do meu pai e atiro na cabeça do zumbi.
-Anda, vamos nessa.-Falo.
-Me dá a arma, precisam de ajuda.-Ela fala e entrego a ela.
-Vamos fazer isso juntos, tá bom?-Falo e pego minha faca.
Matamos os que restavam e a confusão parou. Percebemos que as pessoas não estavam mais correndo porque estavam todos ao redor de algo. Nos aproximamos e vimos Sebastian gritando todo sujo de sangue enquanto um zumbi lhe comia.
Judith então atira no zumbi.
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Love in apocalipse•Maggie and S/n
FanfictionContinuação da minha história História anterior: @SomeSchnapp