Capítulo 68

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Demos uma volta ao redor dalí e encontramos a outra entrada/saída.
Um susurrador estava olhando um zumbi que tinha acabado de ser morto. Ele estava de costa para nós e eu vou em silêncio por trás dele, mas ele vai andando e logo aparece outro susurrador e me escondo novamente.

Logo Alfa e mais um sussurrador saem de lá. Então alguns zumbis daquela horda começam a sair. Três sussuradores e os zumbis.

Fomos seguindo eles. Escondidos, jogo uma das minhas facas em um dos sussuradores e ele cai no chão gritando, fazendo os zumbis irem comer ele. Alfa levanta sua espingarda e os três vieram andando em nossa direção, mas sem saber que estávamos alí.

Eu e Daryl saímos e fomos matar eles.
Daryl foi lutar com um e dois vieram para cima de mim. Matei um mas Alfa me deu uma facada perto do meu olho o que cobriu meu olho com sangue e eu não conseguia ver direito. Pego um pedaço de madeira que tinha no chão, derrubo ela e ponho a madeira em seu pescoço e aperto, a fazendo gritar.
Enquanto isso os zumbis se aproximavam.

-Cadê eles?-Pergunto.-FALA!

Tiro do pescoço da Alfa e começo a matar os zumbis com o Daryl, mesmo não enxergando tanto. Às vezes eu batia no ar. Minha visão estava vermelha de sangue e eu não conseguia limpar.

Vi Alfa vir atrás de mim e tento bater nela mas novamente acerto o ar, então ela enfia a faca em minha perna.
Tento não gritar muito e vejo ela longe.

-S/a.-Daryl fala vindo até mim deixando os zumbis lá.

-Merda.-Falo vendo a da máscara pegar a arma.

Ele me levanta e corremos (eu marquei no caso) até um posto de gasolina e nos escondemos. Eu não tirei a faca da minha perna para não sangrar mais e eu morrer.

-Você vai sair daqui.-Daryl sussurra.-Ela tá sozinha e já deve está vindo, eu cuido disso.

-Não.-Falo.

-Vai logo.-Ele fala.-Você consegue sozinha, eu sei que sim. Não estamos tão longe da fronteira.

-Eu não tô vendo direito e a minha perna.-Falo.

-Então fica aqui, não se mexe.-Ele fala.

Ouvimos então os passos da Alfa.

Quando ela entra onde estávamos, ela ofegante, já que estava machucada. Ela começa a bater a arma no ferro que tinha alí, fazendo alguns zumbis se aproximarem.

Sem fazer barulhos, apenas para ele ler os meus lábios, eu digo:"O meu sangue, o cheiro vai atrair eles" "Você tem que sair daqui"
Ele diz:"Não " e levanta.

Ele pega um extintor que tinha alí e começa a matar os dois zumbis enquanto um veio para cima de mim.

Seguro o zumbi com a perna que não estava machucada, eu não tinha nada para matar, puxei a faca da minha perna e matei ele.
Na hora começou a jorrar sangue.

Não tomem facadas, dói para caramba, tá?

Nessa hora eu fico gritando um pouco baixo.

-Merda, vou achar algo para estancar isso.-Daryl fala.

-Daryl, sai daqui.-Falo.

-A Alfa, ela não tá mais aqui.-Ele fala.-Fica aí, eu vou dá uma olhada por aqui, tá?

(...)

Havia anoitecido e Daryl não havia voltado. Eu já tinha aceitado meu destino. Não conseguia levantar, enxergar, era isso.

Escuto alguns passos e penso ser Daryl.

-Daryl?-Chamo e minha voz sai quase como um sussurro. Eu perdi muito sangue, não aguentaria nem mais uma hora.

Eram os mesmos passos da Alfa. Sim, eu consigo diferenciar, e esses eram os mesmos passos que ela deu mais cedo.
Escuto então ela sentar.

-Pode ver além da escuridão?-Ela sussurra.-Na luz?

-Não.-Falo.

-Eu tô morrendo de alegria vendo aqueles que nos fizeram mal a nossa volta parados alí.-Ela sussurra.

Nós dua estávamos perdendo muito sangue, isso iria causar alucinações, principalmente porque estávamos perto da morte. As pessoas que perdem sangue e estão morrendo dizem que vêem mortos.

-Obrigada, obrigada.-Ela sussurra.-Obrigada por me fazer forte. A dor me fez, a dor fez você. A dor fez minha Lydia.

-Você perdeu ela.-Falo.-Você afastou ela. Porque não a amava.

-O que você falou?-Ela pergunta.-O que disse sua criança?

Eu sei que eu tenho cara de novinha e só tenho 20 e pouco, mas esse elogio foi demais.

-Não consegui te ouvir.-Ela fala.

Percebo ela fazendo esforço para levantar. Se o sangue não me matasse, Alfa faria isso.

-Sou todo ouvido.-Ela fala.

Escuto ela caindo no chão.
Eu estava deitada olhando para cima, não conseguia me mover, mas viro um pouco a cabeça vendo ela no chão alí também sem conseguir se mexer direito.

Logo vejo alguém se aproximando e se aproximando de Alfa, eles conversam algo mas não estava tão bem para ouvir. Ele então vem até mim.

-Pai?-Pergunto.

-S/a, eu tô aqui, vai ficar tudo bem.-Ele fala.

-Eu tô bem, pai.-Falo.-Desculpa, eu não deveria ter falado para você ir para a ponte, é culpa minha.

Deixo algumas lágrimas caírem.

-Não foi culpa sua.-Ele fala.-Agora você precisa levantar daí.

-Eu não consigo.-Falo.

-Consegue, você é forte.-Ele fala.

Ele me ajuda a levantar, e um tempo depois com muito esforço eu consigo. Ponho meu braço em seu ombro e ele começa a me carregar. Antes de saí, vejo Alfa no chão com os olhos fechados.

(...)

Acordo e já estava de manhã. Eu estava no meio da floresta encostada em uma árvore.

-Pai?-Pergunto e me mexo bruscamente.

-Calma, calma.-Era a voz da Lydia.

Ela realmente estava alí, ela era o meu pai.

-Por quanto tempo dormi?-Pergunto.

-A maior parte do dia.-Ela fala.

Minha perna estava amarrada, por isso não tinha morrido, ainda.

-E você tava aqui?-Pergunto.

-Tava.-Ela fala.-Olhando você, olhando eles, decidindo.

-Decidindo o que?-Pergunto e ela não responde.-Matou ela?

-Se fosse seu pai você conseguiria?-Ela pergunta.

Tento me levantar mas a perna ainda doía. Ela então me ajuda.

-Vamos embora.-Falo.

Love in apocalipse•Maggie and S/nOnde histórias criam vida. Descubra agora