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Seonghwa entra em casa e encontra seu pai na cozinha, bebendo algo.

- Seong.

- Oi pai. - se aproxima do alfa e lhe dá um beijo na bochecha. - O senhor parece melhor.

- Estou bem. Você viu o jornal? Fizemos a primeira aparição. Estou trabalhando com o Kim. - diz.

- Não vi não. Mas isso é bom, não é? - Seonghwa responde enquanto pega leite na geladeira.

- É ótimo, filho. O Kim falou com confiança sobre minha contribuição. Na outra semana é que vamos resolver sobre a investigação. - seu pai senta no banco do balcão.

- Ainda bem que está tudo dando certo. Vai tudo voltar ao normal, pai. Só ter paciência. - o ômega conforta enquanto bebe o leite aos poucos.

- Mas ainda me preocupo com a sua situação. Está indo bem com o Kim mais novo?

- Sim. Melhor do que eu esperava. Hoje fomos ao parque para aparecer. - sorri com a lembrança.

- Que bom. Vi o carro dele mais cedo. Por que você demorou a sair?

- Demorei? - pergunta confuso.

- Sim. O carro dele ficou parado por uns vinte minutos. Pensei em ir até lá, mas confio em você.

- Sério? Na verdade, eu dormi durante o caminho...

Hongjoong havia lhe dito que tinham acabado de chegar.

- Ah sim. Vou dormir, a nova rotina é cansativa, boa noite. - seu pai se despede enquanto sai da cozinha.

(...)

O Park estava deplorável. Ele sentia uma dor de cabeça terrível. Em plena segunda-feira, de ressaca na aula, não podia piorar. Havia bebido com San noite passada. Esse era um dos motivos de saírem aos sábados, a ressaca humilhante. Normalmente ele ficaria com alguém nas festas, mas não nesse dia. A verdade é que ele não conseguia tirar o Kim da cabeça.

Ele sabia que tudo era falso, que não passava de uma mentira. Mas um lado seu não queria parar de lembrar das mãos juntas, do calor de Hongjoong, do cuidado com o ômega. O seu ódio pelo Kim havia se dissipado, o que era inesperado, já que sempre pensava no alfa com desgosto. Ele sabia que Hongjoong era uma nova pessoa, havia crescido, afinal. O que acontece é que esse novo Kim mexia consigo. Esse novo Hongjoong não era o que a mídia dizia ser. Não era o alfa de sábado.

Seu coração queria fazer o ômega enxergar o que o cérebro não permite.

(...)

Já era quarta e nada do Kim mandar mensagem. Nem sequer um oi. Seonghwa se perguntava o que tinha de errado. Ou será que ele esperava que o ômega entrasse em contato?

Saiu da aula com vontade de se jogar na banheira e passar horas lá dentro. Estava cansado de estudar. Estava cansado de si por não parar de pensar em um certo anão de jardim. Odiava não poder controlar a si mesmo.

- Que cara é essa, Seong? Parece até que assaltaram seus legos. - San disse assim que avistou o ômega no estacionamento. Seonghwa o olhou torto.

- Não foi nada. Só estou cansado, sabe? - respondeu.

- O que há? Talvez seja muita coisa para essa sua cabecinha. - San o abraçou. O ômega queria se soltar, o que não fazia sentido. San sempre o abraçava.

- Sei lá. Só quero ir pra casa e fingir que o mundo não existe e eu não existo. Parece impossível. - sentiu San o cheirar.

- Você deveria pensar mais em si. Seu pai não está indo bem? Por que isso tudo? - se afastou do ômega e o analisou.

- Se fosse só isso... - deixou no ar e destravou o carro.

- Qualquer coisa, me liga. Até, Seong. - Seonghwa murmura um até e entra no carro.

Assim que chegou em casa, fez o que tanto queria. Encheu a banheira, colocou seus sais e ficou por muito tempo, relaxando enquanto lia. Só saiu porque começou a ficar frio demais. E infelizmente seu corpo era sensível.

Se trocou e foi fazer algo quente pra comer. Não queria comida. Optou por chocolate quente. Enquanto preparava, lembrou de ter comido maçã caramelizada com Hongjoong no parque. Hongjoong. Deveria mandar uma mensagem?

Pegou seu celular e entrou no chat. O que enviaria?

Você

Pode escolher o lugar do próximo encontro.

Agora é com você.

;⁠)

Abriu sua rede social e viu uma página falando sobre si e o Kim. Havia fotos deles no parque de mãos dadas. Sorriu. Deu certo.

O Kim só respondeu horas mais tarde, quando Seonghwa já estava se preparando para dormir.

Kim Hongjoong

Pode deixar.

Vou te surpreender, Park.

;⁠)

O ômega não percebeu, mas foi dormir com um sorriso bobo no rosto.

O ômega não percebeu, mas foi dormir com um sorriso bobo no rosto

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Aᴍᴏᴜʀ: ɪɴᴛᴇɴᴅᴇᴅ | seongjoong • ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora