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Os encontros de famílias nada mais eram do que reuniões entre famílias que se conheciam há séculos. Algumas se relacionavam por meio dos negócios, outras mantinham a tradição de gerações. Embora nem todas fizessem parte de um conglomerado, tinham um ponto em comum: eram da elite.

Assim sendo, as reuniões ou festas serviam para se destacarem e serem superiores aos outros. A disputa, seja em termos financeiros ou de influência, sempre esteve presente.

O que não era diferente para a senhora Kang. A beta, mãe de Yeosang, queria que tudo estivesse perfeito para a festa de aniversário do filho. A mulher era perfeccionista e, quando se tratava de se exibir, não media esforços. O que era o oposto do filho, que estava cansado de ouvir sua mãe falar dos preparativos.

- Parece que a festa é sua, mãe. A senhora não me deixa escolher nada. Por que quer minha ajuda, afinal? - Yeosang estava com a mãe em uma loja especializada em temas para festas. A mulher escolhia o que queria e a atendente anotava.

- Você precisa participar, filho, é sua festa. Por que reclamar tanto? - a beta responde com desdém.

- Porque se eu pudesse escolher, comemoraria com meus amigos em algum outro lugar. A senhora sabe que não gosto de tanta atenção.

A mulher respira fundo, e mesmo com um revirar de olhos, não responde ao olhar do filho.

- Você é meu único filho, Yeosang. O que custa obedecer sua mãe? É só uma festa.

- Só uma festa, mãe? Olha o preço dessas coisas, dá pra comprar uma casa. - o beta mais novo aponta para as louças de algum material caro. Sua mãe o ignora.

- Pode chamar seus amigos. Depois não diga que não te deixei decidir nada. - Yeosang se anima com a permissão da mãe.

- Sério? - Yeosang pergunta e a mãe concorda. O beta queria chamar Jongho. Mal esperava poder sair dali para enviar uma mensagem para o alfa.

(...)

A vida de Seonghwa tinha voltado ao normal. Bom, não era tão cansativo como antes, pois ele estava estudando menos, mas o suficiente para não ficar atrasado. A nova rotina não era lá mil maravilhas, mas agora ele se permitia respirar e respeitava seu tempo. Resumindo, as coisas estavam fluindo.

Com a volta às aulas normalmente, o ômega se sentia bem melhor, sabia que não podia dar moleza, mas o equilíbrio com os estudos o salvou da exaustão diária.

Sabia que a mudança em seu humor não era só por causa disso, e sim também do sentimento que começou a se permitir sentir recentemente. Não adiantava ignorar. Queria ver Hongjoong. Queria dormir com o alfa novamente. Ele o queria por perto.

Eles trocavam mensagens frequentemente, o mais velho sempre perguntava se estava tudo bem e como foi o dia do ômega. Não marcaram nada, e nem precisavam já que o pai de Hongjoong disse que anunciaria o casório em breve.

Seonghwa não esperava que fosse tão cedo ou se ele só perdeu a noção do tempo. Passava parte do dia pensando em Hongjoong e não em Kim Hongjoong, seu falso futuro noivo. Ele sentia sinceridade vindo do alfa, mas às vezes se perguntava se alguma coisa entre eles mudaria com o casamento. Sentia uma angústia desconfortável só de pensar nisso.

De fato, ele confiava no Kim. Mas não nega que se sentia inseguro em relação as ações do alfa. Ele lembrou da conversa com Hongjoong na última vez que se viram. Seonghwa ficava em dúvida com o cuidado do mais velho consigo, se era por causa do noivado ou devido à promessa que fez a mãe do ômega. Ele queria acreditar que era bem mais do que uma dessas opções.

- Seonghwa? Ei? Você está aí? - San o tirou de seus devaneios. Os dois estavam no quarto do ômega decidindo o que vestir para a festa do Yeosang.

- Tô. Desculpa, só tava pensando em algumas matérias. - Seonghwa responde o amigo e volta a encarar seu reflexo.

- E essa matéria tem nome e sobrenome, Seong? - San pergunta da cama. Seonghwa estava na penteadeira, mas parecia ter saído de órbita, se perdido.

O ômega suspira e olha o amigo pelo espelho.

- É o Hongjoong? Não adianta negar, conheço você. Fala para mim. - San diz.

- Sim... às vezes sinto que confio demais nele. É estranho. - responde.

- Percebi. Quando vi vocês dormindo juntos outro dia, achei estranho. Vocês pareciam tão bem juntos. Que eu lembre, você odiava ele. Esqueceu rápido assim? - San comenta. O ômega não sabia que foram vistos juntos.

- É só que... ele é diferente do que eu costumava pensar. Me sinto até culpado por nutrir raiva por ele um dia. - Seonghwa ri da própria fala. Nunca imaginou que diria isso.

- Depois fala da minha cara quando tô conversando com o Woo. Olha sua cara agora, Seong. - San fala e começa a rir do amigo. Seonghwa levanta, pega uma almofada e joga no alfa.

- Você está vendo coisas, San. Tudo é fruto da sua imaginação. - Seonghwa fala mesmo risonho.

- Sei. Mas sabe, se você resolver seguir seu coração, saiba que vou estar aqui para te apoiar. - San levanta da cama e o abraça por trás. Seonghwa tenta se soltar, mas não consegue. Perder significava concordar com as palavras do alfa.

- Eu sei Sannie, é por isso que amo você. - o ômega desiste e retribui o abraço.

 - o ômega desiste e retribui o abraço

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sanhwa é td pra mim juro 🥺

o que esperar dessa festa? 👀

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tô podendo atualizar só uma vez na semana PUXA

fiquem bem e até xuxu

Aᴍᴏᴜʀ: ɪɴᴛᴇɴᴅᴇᴅ | seongjoong • ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora