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Hongjoong despertou com o ômega colado em si. Seonghwa ronronava baixinho, um som que seria quase inaudível se eles não estivessem tão perto um do outro. Era tão quentinho que o alfa não se impediu de suspirar com o momento.

O ômega tinha um bico nos lábios e descansava a bochecha sobre o peito do mais velho. Hongjoong queria apertá-lo mais forte, fundir os dois, tornando-os em um só. O alfa apenas sorriu com o pensamento e fez um carinho nos fios embaraçados do outro.

Seonghwa parecia estar em um sono tranquilo, sua expressão era de total paz, nem parecia que lágrimas haviam caído no rosto macio momentos atrás. Hongjoong estava feliz por ter se tornado o conforto do ômega. Ele estava evitando pensar no que aconteceu, seu peito doía só de lembrar no que o mais novo passou, e ter o ômega em seus braços agora fazia o alfa se questionar: e se ele não tivesse chegado a tempo?

A mente de Hongjoong corre com as hipóteses e os pensamentos assustadores sobre o que poderia ter acontecido. O alfa inconscientemente abraçou mais o ômega e inalou o cheiro de ameixa misturado com baunilha que o outro emanava. Ele estava ali. E estava seguro. Tudo ficaria bem.

Hongjoong não sabia em que determinado momento da noite parou de fazer carinho no outro e se entregou ao sono. Mas agora não parecia ser tão tarde. Era manhã e parecia que não passava das oito. Ele precisava levantar, mesmo que seu corpo dissesse para ele ficar onde estava.

Desvencilhando dos braços do ômega, ele saiu da cama com cuidado para não acordá-lo. Só havia seus sapatos de calçado ali, então ele não tinha outra opção a não ser sentir a cerâmica lisa e fria sobre seus pés. O que resultou em um gemido de desgosto, mas nada não poderia ser menos importante que isso, Hongjoong se adaptava fácil.

Notando o par de pantufas do ômega perto da escrivania, ele até pensou em usar, mas Seonghwa precisaria delas. Sem pensar muito, o alfa apenas pegou as pantufas e as colocou próximo da cama, facilitando para o ômega, caso este levantasse. Depois de cobrir melhor Seonghwa, o alfa sai do quarto a caminho do quarto de hóspedes.

Depois de lavar o rosto e fazer o que precisava, Hongjoong vai até a cozinha e pensa no que fazer de café da manhã para os dois. Seonghwa não podia ficar sem comer. Pensando nisso, ele começa a olhar o que tinha na geladeira e armário. Um barulho de porta o tira de sua tarefa. Atraído, ele para e tenta ouvir melhor para saber de onde vinha.

O barulho vinha da porta da frente, da entrada, e ele sabia quem era. Senhor Park havia chegado. Hongjoong vai até a sala receber o mais velho.

— Oh, Hongjoong. Você está aqui. — Huyu fala com a surpresa de ver outra pessoa em sua casa.

— Olá, senhor Park. — Hongjoong sabia que não era um bom dia. — O senhor passou a madrugada na delegacia?

O homem mais velho tinha os olhos abatidos. Talvez pelo sono, ou pela noite ter sido difícil, ou os dois. O ponteiro do relógio da sala indicava que era quase oito da manhã. Ele passou realmente a noite em claro.

Huyu respirou fundo e massageou os ombros.

— Sim. Jaehwan surtou e foi difícil conter ele. Mas agora ele está pagando pelo que fez. — o alfa mais velho conta enquanto se senta no sofá. Voltando a encarar Hongjoong, ele lança um olhar questionador. — Como ele está?

— Seonghwa está bem. Ele está dormindo agora. Não o deixei por nenhum minuto, não se preocupe. — Hongjoong responde o outro, após se sentar na outra ponta do sofá.

— Ah, Hongjoong... você salvou Seonghwa. — Huyu fala de repente. Depois de deixar escapar um suspiro, ele volta a encarar o Kim. — Se acontecesse algo com meu filho... meu único filho, eu não sei se seria capaz de aguentar. Você o salvou. Eu lhe devo a minha vida, Hongjoong.

Aᴍᴏᴜʀ: ɪɴᴛᴇɴᴅᴇᴅ | seongjoong • ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora