Cap 29

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POV Caio

A resenha rolando no carro,e Luan quieto,achei que ele tava bem antes,agora fico meio preocupado.
Saímos do carro no AP,a chuva não para,então acho que não vai dá pra sair,pelo menos eu não tô muito afim,
Luan sai calado,e eu só tranco o carro e ponho meu braço ao redor do seu pescoço os meninos estão brincando entre si,como sempre,então nosso mundo é todo nosso .

- Tá bem neném?? - Ele não responde só balança a cabeça - Foi alguma coisa comigo?? meus pais?? Se sentiu desavontade?? - Eu quero saber,se for eu vou saber os limites

- Não,não,meu Deus Caio,seus pais foram fundamentais pra mim hoje,eu estou com sdd da minha mãe e sua mãe foi bem amável comigo,seu pai foi legal,seu irmão um fofo,a gente tá bem,muito bem,é só que tem coisas que eu vou ter que fazer sozinho as vezes,e eu tô tão acostumado em ter você que pensar nessas coisas,me deixa sentimental - Ele fala baixinho,e eu entendo ele

- É sobre segunda? - Ele me olha e então eu vejo os olhinhos vermelhos do meu neném,isso ativa meu lado protetor,Luan assim desarmado é carga pra eu querer guarda-lo de toda maldade ,não espero ele responder e o abraço,aii os meninos olharam pra nós,tá complicado,eu tento não pensar,mas é quase impossível,eu me sinto um emocionado do caralho,mas eu tô dormindo com ele a 3 noites,estamos andando pra cima e pra baixo a 3 dias,não é tempo,é a forma que tudo tá sendo,ele já é meu banco do carona fixo,a discussão do começo pra ele ir com os amigos dele,não existe mais,já entenderam que é comigo que ele anda,nem Duda,nem Ramon que gosta de andar na frente,tá com isso mais,já entenderam quem anda na frente comigo,Meu quarto que só dormia eu,agora tem duas pessoas,duas escovas de dentes e um closed meio desarrumado,são dias,mas a intensidade desses dias nos justifica.

Solto ele e sinto meu blusão molhado,ele tava chorando,deixo meu braço no pescoço dele e saímos,os meninos olham mais não perguntam nada,gosto disso neles,eles entendem o limite das coisas,entramos e vamos direto pro quarto,não pago de simpatia na sala não,

- Vem cá neném,sento na ponta da cama e coloco Luan entre as minhas pernas,ele encosta a cabeça no meu ombro e chora,chora,passo as mãos no cabelo nas costas,deixo ele sentir que eu estou aqui por ele e pra ele.

- Caio - ele fala se ajeitando pra me olhar,ele limpa os olhos e fala - Eu falei com meu irmão sobre a gente,não bem a gente,mas sobre mim e sobre me descobri aqui - Ele fala e eu fico olhando passando a mão no seu rosto molhado - E ele,ele tá bem com isso,disse que tá comigo e que com certeza meus pais também,Caio seu pai tá certo,o carnaval vai acabar,mas eu não queria que isso acabasse - ele começa a encher os olhos de água de novo e eu também agora, tô entendendo esse choro,é alívio com medo - Eu moro em outro estado e você vai voltar pra sua cidade,eu não sei como vai ser,mas eu queria que fosse,quero deixar claro,que as vezes parece o contrário. - Ele abaixa a cabeça no meu ombro e agora somos os dois nessa bagunça,puxo Luan pra deitarmos e assim fazemos,ficamos deitado um tempo acostumando com toda a bagunça,quando ele melhora eu falo.

- Vamos da um jeito de da certo,precisamos nos conhecer melhor certo?? - Ele confirma a com a cabeça - E você ainda estuda,então você tem escola,eu faculdade temos as redes sociais um do outro,eu sei chegar em Recife,e você é bem vindo na minha casa a hora que quiser,a gente não precisa desistir disso,você é o enigma que eu quero traduzir. - Eu falo o abraçando forte,precisamos de afeto e palavras de afirmação nesse começo difícil,isso é uma coisa que eu não abro mão.

Luan melhorou e decidimos não ir pra nenhuma festa hoje,chego na sala e vejo alguns varrendo e arrumando,cozinha com gente fazendo comida e limpando,estão tão espertos,mas tem poucos aqui a maioria saiu pra curtir,Ana,Mach,Duda e Aryan foram,ficou poucos mesmo de contar nos dedos,
Matheus,Emilly,Mayara,eu,Luan e Ramon,só estamos nos na casa.
Sentamos no sofá com Matheus,Ramon e Emilly e Mayara vem da cozinha com pipocas

Talvez em outra vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora