Assustado

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  HEY MEUS CHEROS!!!

QUE SAUDADES!!!



BOA LEITURA!!


Capítulo 15 - Assustado.


Com o rosto espremido contra o vidro da janela daquele ônibus de viagem, Jisung resmungava mentalmente, repensando todas as falas de Changbin, seus pais e Jeongin que o levaram a considerar que essa excursão daria em algo bom. Tsc.

Apertado naquele assento desconfortável – já que ele fazia mais que questão de ficar o máximo que pudesse afastado do corpo de Minho –, se perguntava a maneira mais eficaz de se livrar daquele tédio absoluto.

Suspirou, se concentrando na vista que passava depressa demais pela janela: mato de um lado, mato de outro e, olhe, mais mato a frente!

A princípio, nenhum dos dois imaginou que dividir aquele espaço pequeno fosse se tornar uma tarefa tão difícil. Jisung se manteve encolhido contra a janela e com sua boca bem fechada por praticamente todo o trajeto, enquanto Minho, com seus fones de ouvido, tamborilando os dedos na própria coxa, também permanecia quietinho na dele.

Se antes eles já estavam se evitando, depois da pequena discussãozinha na biblioteca, parecia ter uma grande parede de gelo entre os dois.

Apertados no último banco daquele ônibus, o desconforto parecia quase palpável, uma vez que eles não tinham espaço suficiente para ficarem à vontade. E, por mais que fizesse um esforço hercúleo para evitar, não podiam fazer nada mais quando seus corpos se esbarravam.

Alguma parte do moreno sempre tocava em algum ponto do bruxo; o joelho batia no seu, o cotovelo sempre roçando contra o antebraço do outro. Tão distantes, ao mesmo tempo, tão grudados.

Jisung sempre soube que, no fundo, o melhor mesmo era se manter longe o suficiente de qualquer pessoa. Se aproximar de alguém era perigoso, ainda mais quando se tratava de Lee Minho, aquele que despertava pensamentos e sentimentos que ele sequer sabia nomeá-los adequadamente.

E desde que o incidente com a poção aconteceu, ele não só sentia, como sabia que Minho e tudo que o envolvesse, seriam de sua inteira responsabilidade.

Eles tinham voltado à estaca zero, seria suposto que fosse uma tarefa fácil agir como se nada daquilo tivesse acontecido.

Mas agora? Agora parecia que quanto mais tentasse se afastar do moreno e daquela bagunça que causavam juntos, era atraído cada vez mais, como um imã o puxando com força, mergulhando cada vez mais fundo.

Em certo ponto, quando a mão de Minho acidentalmente cobriu a do bruxo, ele fez questão de a puxá-la depressa, como se tivesse tocado em algo viscoso, nojento. Ao menos foi isso que Jisung pensou, reagindo tão rápido quanto, cruzando os braços em seguida.

Mas Minho bufou, em alto e bom som, passando as mãos pelo rosto, como quem estivesse prestes a tomar uma decisão muito importante, então virou-se, suas pernas se tocando mais uma vez.

— Isso é ridículo! — Por mais que estivesse atordoado, o Lee se policiou no tom de voz, não querendo chamar atenção.

— O que?

— Isso tudo é ridículo. — Com o indicador, apontava para seu peito e o de Jisung. O bruxo concordava, embora achasse que eles não estavam falando da mesma coisa. — Se vamos passar esse percurso ao lado do outro, deveríamos ao menos-

(Não) Se Apaixone • HJS+LMHOnde histórias criam vida. Descubra agora