Amoreees não se precipitem por causa dos spoiler nos comentários, não é nada do que estão pensando...
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Maraisa:
Eu tinha acabado de melhorar quando o fatídico dia chegou. Não estava ótima ainda – mas bem o suficiente para tomar um banho e passar um tempo em pé. Marília tinha ido me visitar algumas vezes depois daquela noite – tinha até levado pizza e um filme de terror para mim e para a Izzy um dia, sabendo que ela adorava filmes de terror.
Durante as últimas vinte e quatro horas, tentei evitar pensar em como me despedir dela, testando palavras diferentes.
Obrigada, foi superdivertido.
Vejo você por aí.
Sempre quando vier a Nova York, dê uma passadinha. A minha porta sempre estará aberta para você. Quero dizer, a minha vagina. Cobro dez por cento de taxa de serviço.
Eu ia de triste a brava, depois ficava triste de novo. Era só uma questão de sorte – ou azar – qual Maraisa ela encontraria quando chegasse.
Infelizmente para ela, quando o interfone tocou, eu estava brava. Não fui esperar na porta como costumava fazer, para não ter que olhá-la pela última vez vindo pelo corredor até o meu apartamento. Em vez disso, deixei a porta aberta e voltei a ler o livro no qual não estava interessada, no sofá.
Marília bateu duas vezes antes de abrir a porta e entrar.
Acenei, mas não olhei para ela.
O constrangimento se instalou antes mesmo dela fechar a porta – pelo menos para mim.
Ela se sentou na beira da mesinha e pegou os meus pés.
– Como a paciente está se sentindo?
– Melhor. – Agindo como uma adolescente insolente, eu ainda não tinha olhado para ela.
Ela ficou esperando – não disse nada por alguns minutos, até que eu finalmente olhei para ver o que ela estava fazendo.
Ela me pegou no pulo.
– Aí está.
Ela sorriu, o que me deixou ainda mais irritada. Estava no seu estilo casual e lindo e eu queria que ela estivesse como eu estava por dentro – uma bagunça. Eu odiava que ela parecesse tão pouco impactada pela nossa despedida.
– Não podemos simplesmente nos despedir e acabar logo com isso? – falei, com o máximo sarcasmo.
Ao menos ela parou de sorrir.
– Maraisa...
– É sério. Nós duas somos adultas. Foi legal. Agora acabou. Não estou a fim de te chupar pela última vez, se é isso que você está esperando.
Marília baixou a cabeça e ficou olhando para o chão por um minuto.
Quando voltou a olhar para mim e encontrou o meu olhar gélido, vi a dor nos olhos dela.
– Eu... Eu nunca quis magoar você, Maraisa.
A minha boca começou a se mexer antes que o meu cérebro pudesse acompanhar.
– Pois magoou. E sabe por quê? Porque nunca foi só sexo. Você pode dizer o que quiser, mas você soube desde o primeiro dia também. Você não janta com a família de uma mulher, ajuda a filha dela com os arremessos de basquete e cuida dela quando ela está doente só para fazer sexo. E, a essa altura, acho ofensivo que você tente fingir que era só isso.
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Amigas com benefícios - Malila | Gp
Fanfic- É só sexo, sem amor... Amigas com benefícios. - Oito semanas de sexo maravilhoso sem compromisso? O que eu teria a perder? Gp Créditos: Uvanachuva