All The Missing Pieces

Our very first time

A sensação da água fria não é nada perto do calor que me invade por completo. De repente, todas as minhas terminações nervosas decidem se concentrar somente onde os lábios de Giovanni passam, me queimando por dentro a cada beijo que ele deposita pelo meu corpo. Sinto suas mãos subindo pela minha cintura enquanto ele beija minha barriga e tento trazer minha sanidade de volta, me lembrar de onde estamos e de que horas são.

- Giovanni... - chamo, mas minha voz falha, a boca dele agora perto demais da minha. Ele não me ouve, ou finge não ouvir, e quando sua língua invade minha boca eu quase esqueço do que ia dizer. - Giovanni! - chamo novamente e dessa vez ele ergue a cabeça. Engulo em seco com a intensidade do desejo que vejo em seu olhar. - Quantas pessoas tem dentro dessa casa agora? - Pergunto e ele me olha confuso. - Funcionários? Quantas pessoas trabalham aqui?

- Ah! - Ele agora parece entender onde quero chegar, embora ainda pareça fora do ar, o que eu entendo perfeitamente. Somente metade do meu cérebro está conseguindo pensar racionalmente, a outra metade querendo enlouquecidamente que Giovanni continue o que estava fazendo. - Eu te quero tanto, Isis! Esperei tanto por isso. - Agora seus lábios estão no meu ouvido e o tom de sua voz me dá pontadas no ventre.

- Eu tô aqui. - Sussurro de olhos fechados. - Agora eu tô aqui e não vou a lugar nenhum, mas você precisa me responder.

- Alguns... - Ele fala por fim.

- Bom, então acho que a gente precisa sair daqui, playboy. Não estou afim de dividir seu corpinho com uma dezena de pessoas. E nem de nos exibir. - Dou um selinho em sua boca e ergo meu tronco, empurrando Giovanni para o lado enquanto seguro a parte de cima de meu biquíni, que ele soltou ainda há pouco. Quando percebo a falta de movimentação dele, uso a outra mão para dar um empurrão em seu ombro. - Playboy, me diz por favor que você tem um quarto aí dentro desse casarão.

- Claro que eu tenho! - Ele parece finalmente sair do transe e levanta em um pulo. O volume em sua cueca me faz salivar, e quando ele também me puxa para cima, nossas intimidades se tocam e eu preciso me esforçar para não esquecer tudo e levá-lo de volta para a água.

Saímos da piscina e ele gruda em minhas costas, protegendo com os braços o biquíni solto enquanto me conduz em direção à casa e, embora minha curiosidade me faça querer prestar atenção em cada detalhe dos ambientes por onde passamos, ela não é maior do que a pressa que eu tenho de estar sozinha com Giovanni. Subimos a escada e agradeço internamente por não encontrarmos ninguém no caminho. Nossos corpos encharcados deixam um rastro de água por onde passamos. Quando Giovanni abre a porta do quarto e me coloca para dentro, não consigo conter a surpresa com o tamanho do cômodo. A enorme cama localizada bem no centro fica de frente para uma varanda tão grande que facilmente poderia ser outro quarto. Ando até ela e a vista para a natureza me tira o fôlego. Me viro para Giovanni, que puxa apressado a colcha que cobre a cama antes de também se voltar para mim. Seu peito sobe e desce em uma respiração acelerada e, se eu já achava esse garoto gostoso vestido, nada se compara à visão de seu corpo nu. Ele se aproxima e envolvo meus braços em seu pescoço, minha boca encontrando a sua enquanto minhas mãos arranham sua nuca e sobem bagunçando seu cabelo. Ele sorri entre o beijo e me puxa pelas coxas, fazendo com que minhas pernas o abracem enquanto meus pés se cruzam em sua bunda.

- Estamos completamente molhados. - Falo entre o beijo. - Vamos ensopar toda a cama.

- Shhhh, não tem problema. Não tô nem aí pra cama agora. - Ele anda comigo até o móvel e me deita, tomando cuidado para que seu peso não me machuque. O puxo mais para mim, silenciosamente lhe dizendo que quero mais contato, que quero o peso dele em mim, que ele não vai me machucar.

- Eu te amo. - Repito o que lhe disse assim que chegamos. É como se esse sentimento que segurei por tanto tempo não conseguisse mais ficar dentro de mim.