Capítulo Quatorze

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    — Gosta do que vê? — A voz de Levi saiu rouca e mais grossa, um toque sedutor em seu timbre que abalou as estruturas de Astrid.

     Os dois estavam nus, as cicatrizes físicas estavam lá, expondo feridas antigas e amargas e ao invés da tensão que pairava no ar anteriormente, ambos estavam quentes e excitados. Astrid sentiu que deveria agradecer Levi, mesmo que seus métodos fossem pervertidos, ele conseguiu desviar totalmente sua mente da angústia de estar exposta, de deixar outra pessoa ver além do que estava disposto a mostrar.

   — Você é um pervertido. — Astrid respondeu longos minutos depois, a voz saindo mais baixa do que pretendia e o rosto pegando fogo, com certeza estava vermelha. Tentando não encarar demais, desviou os olhos do órgão duro e da joia fincada na glande e mesmo que tentasse manter seus olhos nos azuis do seu chefe, sua atenção desviou algumas vezes para o pênis à sua frente.

     Astrid nunca imaginou que acharia um pênis bonito, já havia visto outros e no mínimo achou excitante, mas não bonito como o de Levi era. Era grande com certeza e do ângulo que estava parecia grosso, a cabeça escapando rosada com uma coroa chamativa em volta, veias firmes subindo por toda a base e como a cereja do bolo, o piercing dydoe brilhante, chamativo o suficiente para prender sua atenção por mais tempo do que queria.
Sua boca salivou quando se pegou mais uma vez olhando demais.

  —"Merda, existe mesmo algo que não seja lindo e gostoso nesse homem?".

  —Não farei nada que não queira,Astrid. —Levi falou, os olhos escuros em desejo e ansiedade, seus músculos tensos e seu autocontrole já na borda. Os olhares indecentes e esverdeados em seu corpo não estavam ajudando. — Pode tocar, se quiser. — Sugeriu, tombando a cabeça para o lado ao ver muito claramente a ansiedade e confusão que sua sugestão causou na mais nova, seus olhos se abriram ficando mais arregalados do que já estavam, as sobrancelhas castanhas levantadas e a boca entreaberta. Ela estava considerando e isso já era um passo e tanto.

— Eu... — Astrid mordeu os lábios, ela queria tocar, queria apertar e queria ver a expressão sempre dura de Levi se desmanchar sob seus dedos, seu próprio corpo estava quente e reagindo a visão oferecida, então não haveria mal, certo? Poderia confiar que Levi recuaria caso não conseguisse, certo?

Confiava no Agriche e a resposta foi óbvia em sua mente.

— Fique de frente para mim. —Levi sugeriu novamente, vendo com satisfação ser atendido, mesmo que devagar e cuidado, Astrid escolheu confiar.

Sem aviso, deslizou as mãos até as coxas grossas, puxando o corpo menor para frente e encaixando seus corpos de forma que suas intimidades se encontrassem. Não foi surpresa sentir Astrid excitada contra sua própria intimidade.

— Tudo bem? — Perguntou ao perceber a forma como o peito de Astrid subia e descia, os olhos estavam fechados como se tentasse se acalmar e quando o verde se revelou, Levi percebeu o brilho desejoso neles. — Toque-me, Astrid.

Sussurrou, aproximando sua boca da dela para capturar os lábios macios e grossos que já conhecia bem o suficiente para saber como conduzi-la à loucura. Suas mãos deslizando lentas e provocativamente pela epiderme macia das coxas, apertando e soltando.

Astrid suspirou entre o beijo, um barulho vergonhoso e indecente escapando de sua garganta, este que pareceu aumentar o fogo crescente dentro do Levi, a intensidade do beijo aumentou e as mãos em sua pele apertavam com mais força. Astrid sabia, ele estava no limite. Timidamente suas mãos escorregaram dos ombros para o peito pálido, com a ponta dos dedos dedilhou os músculos até o abdômen, arranhando com suas curtas unhas enquanto sentia tudo o que tinha direito, pôde ouvir um rosnado excitado de Levi, mas ignorou, quebrando o beijo para olhar o que fazia, ignorando propositalmente os olhos intensos acompanhando cada movimento seu, não queria pensar demais, apenas aproveitar o momento. Devagar segurou o pênis alheio, percebendo que sim, era grosso e grande como parecia. O toque macio foi delicado e mais decidido a experimentar do que de fato massagear, passou o dedão sobre a fenda molhada de pré gozo, espalhando o líquido lubrificante por toda a ponta sensível até onde o piercing estava, outro grunhido saiu da boca do Agriche  e só então Astrid se permitiu observar o rosto bonito dele, lindo, foi o que passou por sua cabeça enquanto sentia cada poro seu se arrepiar com a forma predatória em que foi encarada de volta. Em um movimento rápido porém delicado, massageou da glande a base, vendo com prazer a expressão de Levi se transformar para uma quase animalesca, ele parecia fazer um esforço sobrenatural para se segurar e Astrid agradeceu internamente por isso.

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