Andando de um lado para o outro não conseguia se impedir de ficar preocupada, automaticamente seus olhos corriam até a porta de entrada, esperando ansiosamente pela chegada dos dois Agriches mais velhos.— Astrid, eles vão demorar? — Gabi perguntou preocupada, sentada em um dos sofas abraçando as pernas sendo a única das cinco crianças ciente da situação. Quando Levi caiu desmaiado nos braços da tutora o desespero inicial acabou atraindo a atenção da adolescente, que por algum motivo que Astrid ainda não pôde questionar, já tinha chego da escola. Sofia e Udo estavam no quarto de jogos e felizmente para a Yeager não perceberam a agitação na casa.
Ela se lembrava bem do susto e do desespero de ter Levi desmaiado em seus braços, ficou assustada e preocupada e graças ao peso do corpo maior precisou chamar por ajuda, conseguindo que Amélia, Jean, Connie e Gabi alcançassem o escritório em passos apressados. Logo quando estava sendo levado para o carro pelos dois homens Levi despertou, tonto e confuso foi necessário que Amélia sacudisse o irmão para que não lutasse contra a intenção de ser levado até o hospital.
— Não sei. — Suspirou, tentava controlar sua própria ansiedade. Estava agitada como se ele fosse muito importante, porém não via meios de controlar isso, talvez fosse apenas seus instintos de proteção para com as crianças, não queria que elas sofressem , afinal. — Ele vai ficar bem.
Disse baixo, olhando nos olhos castanhos da Agriche na tentativa de acalma-la. Gabi encolheu os ombros, mais preocupada do que ansiosa, apenas queria que seu pai estivesse bem. Uma preocupação verdadeira que brilhava tanto em seus olhos quanto nos de Astrid.
— Ele tem se sacrificado tanto. — A menina comentou cinco minutos depois, cortando o silêncio, Astrid direcionou os olhos em sua direção, esperando que concluísse o raciocínio. — Acha que não percebemos o quanto tem acumulado trabalho, se afogando em problemas para esquecer a falta que a mamãe faz.
Astrid abriu bem os olhos, surpresa com a facilidade que a menina falou do assunto. Ela também parecia exausta.
— Você se lembra dela? — Astrid perguntou, se sentando ao lado da morena.
— Não, mas sinto que ela foi boa para nós. — Esclareceu, observando as feições delicadas no rosto do outro. — Só não sei se foi tão boa assim para ele.
Astrid piscou não entendendo. Seu olhar confuso entregando suas dúvidas quanto aquele assunto.
— Porque acha isso?
— Eu... — Respirou fundo, puxando o ar com força. — Eu escutei Mikasa conversando com a tia Evelyn um dia. Eles se casaram para ajudar a família da mamãe, papai e ela eram apenas amigos. Desde o começo ele tem lidado com tudo sozinho e agora sem a mamãe parece que piorou, as vezes eu queria que ele tivesse alguém para dividir isso.
Astrid abriu a boca, chocada e sem saber como lidar e responder aquelas informações recebida. Levi não aparentava ser alguém carregando tantos fardos assim, mas não julgaria pela aparência, pois sabia como ninguém o que era manter uma máscara para se proteger.
— Alguém?
— Uma esposa, sabe? Alguém que pode ajudá-lo em casa e na empresa, alguém em que ele possa confiar e dividir. Ninguém sobrevive totalmente sozinho, Astrid, por mais forte que seja.
Astrid engoliu em seco, desviando os olhos para a parede na sua frente.
"Sobrevive, sim, Gabi."
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A Tutora
Storie d'amoreEstava em Toronto fugindo de um passado doloroso e cruel,no auge dos seus vinte e seis anos Astrid Jeaguer só desejava conseguir se esconder do seu inferno pessoal por mais tempo,mesmo que precisasse morar em uma casa no campo,aguentar uma equipe in...