Capítulo Quinze

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— Nossas ações estão em queda livre há três anos, Agriche. Desde que você ficou viúvo a mídia tem cavado a cova dessa empresa. —Um dos acionistas falou, seu tom calmo contrastando com a tempestade que sua fala pode causar. Ele sabia perfeitamente disso quando o fez.

— O lucro se mantém estável também, Levi tem apresentado soluções para cada um desses problemas, contornando-os. — Amélia se meteu, ajeitando seus óculos.

— Por quanto tempo? — Outro homem falou. — A longo prazo isso não me parece bom.

— Certamente. Por mais que Levi tenha feito um trabalho incrível, seus problemas com mulheres têm impedido o crescimento da empresa. — Kenny Agriche falou, os olhos brilhando em divertimento maldoso.

— Éramos para estar lucrando o triplo.

— O trabalho de Levi é superior ao de qualquer outro CEO que essa empresa já teve. —Erwin também saiu em defesa do amigo. — A mídia sempre vai fazer comentários inapropriados, isso independe das ações dele.

Mikasa olhou para o primo esperando que ele dissesse qualquer coisa, mas ele escolheu fazer o mesmo que ela, se manteve em silêncio apenas escutando as críticas e observando o direcionamento de mais uma reunião que considera idiota.

— Isso até começarmos a perder lucro, não estamos seguros o suficiente para relaxar. -O mesmo homem de antes falou novamente, sua voz calma soando falsa e hipócrita para Levi.

— Sugiro uma votação.

Amélia arregalou os olhos.

— Levi ganhou a presidência com a maioria dos votos, não podem sugerir tirá-lo de lá com tão pouco. — Ela disse, olhando nervosa para o irmão que permaneceu na mesma pose inabalável de sempre.

— Não sobre isso, senhorita Agriche, queremos uma votação para a construção de um contrato de casamento para seu irmão. — O acionista revelou, sorrindo maldoso ao ver os rostos surpresos da mulher e do Smith.

— Isso é um absurdo.

— Então acredito que concorda que devemos entrar abrir outra votação acerca da presidência?

— Eu...

— Tch. — O resmungo de Levi foi ouvido pela sala inteira, todos pararam para olhar o homem impecavelmente vestido na ponta da grande mesa. — Façam a merda da votação para a presidência então, não vou me casar.

— Levi... — Erwin, visivelmente preocupado tentou chamar seu amigo, mas foi ignorado.

— Isso é um aviso, não me testem, vocês não vão conseguir nada me pressionando.

— Certo. Eu voto em Mikasa Agriche para a presidência. — Um dos acionistas disse, mãos foram se levantando e votos foram sendo feitos sob o olhar impassível do Agriche mais velho que não se abalou, nem mesmo quando ficou empatado com a prima sua expressão mudou.

Não foi surpresa para si ganhar novamente na pequena votação um tanto informal, mas escondeu sua surpresa em perder por apenas dois votos para Mikasa.

— Agora que estamos resolvidos, tenho trabalho para fazer. — E sem esperar por respostas empurrou sua cadeira, saindo da sala com a cabeça latejando, ainda era cedo e seu estresse já estava na borda.

Andou até o elevador sem prestar atenção na secretária e nem na recepcionista daquele andar, apertando sem vontade os botões da cobertura, mas foi impedido de subir pelos gritos de Amélia para que segurasse o elevador, sua irmã se aproximava sozinha com os óculos levemente tortos no rosto.

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