Natasha respirou fundo.
Clint: Percebo que está preocupada agora.
Natasha: Sim, você fez um bom trabalho com isso.
C: Desculpe, mas você não estava considerando os demais envolvidos no processo. Sei que você sempre foi muito individualista e querendo ou não, a maternidade muda como somos.
N: A paternidade não?
C: O que você acha? Sabemos que não é o mesmo, mas muda sim, obviamente.
Natasha bufou.
N: Odeio isso.
C: O que?
N: A maternidade. Não estou falando deles dois..., mas eu tive que mudar tanto e ainda estou mudando e toda hora que penso estar me acostumando, tudo muda de novo e eu não sei como prever as mudanças e eu odeio não estar no controle.
C: É... a Laura amou toda parte disso, mas eu não, era assustador.
N: Ela é uma mulher maravilhosa, eu não sei como você conseguiu casar com ela.
C: Nem eu sei.
Clint franziu a testa.
C: Ei! Como assim?? Eu sou um bom partido!
N: Se tornou depois que ela te colocou nos eixos.
Natasha sorriu e depois suspirou, voltando a ficar séria.
N: Eu vejo a Laura como um grande exemplo de mulher ideal, ela é uma mãe perfeita. Eu me sinto mal quando penso nela, porque eu sei que não sou como ela e também porque sei que não poderei nunca ser como ela e meus filhos mereciam uma mãe como ela.
C: Eu heim! Tá afetada pelos hormônios da gravidez ainda, é? Natasha, para com esse discurso, você é uma ótima mãe, do seu próprio jeito.
N: Clint, você me conhece... sou um tanto volátil e quando algo me deixa desconfortável, a minha tendência é me isolar e eu não tenho conseguido fazer isso e já faz tempo...
C: Oras, mas o Steve não ajuda com as crianças, não?
N: Sim, ele faz a parte dele. Às vezes a minha porque ele sabe que preciso de tempo para mim, mas ele acha que 1 ou 2 horas resolvem, e eu tenho fingido que resolve mesmo porque eu quero que seja resolvido também. Eu acabo me sentindo mal quando estou longe das crianças e sou eu que preciso de tempo, é difícil.
C: Deve ser... olha, eu, honestamente, não sei o que dizer sobre isso porque a Laura fica muito tempo com as crianças, sozinha... ela compartilha comigo quando alguém está dando trabalho, aí eu dou aquele suporte de longe que não é a mesma coisa de estar presente. E eu costumo ficar os seis primeiros meses dos nossos filhos junto dela, mas sabe como é... às vezes o dever chama.
N: Ela sequer reclama e eu estou aqui querendo surtar por pouco.
C: Ela reclama sim, menos do que deveria. A minha sorte é ela compreender a necessidade da minha ausência. A primeira coisa que ela faz quando eu retorno para a fazenda é fazer as crianças me abraçarem, daí ela me leva para o quarto, abusa de mim, me manda levantar e fazer todas as tarefas domésticas da casa, além de cuidar das crianças e ajuda-las com deveres de casa e qualquer coisa que a fazenda precise e aí ela não se levanta, se não for para comer.
Natasha acabou rindo.
C: Geralmente isso dura um dia ou dois e depois fazemos tudo juntos.
N: Eu sempre admirei a Laura, agora ainda mais.
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Amor Heroico - Romanogers Story
Hayran KurguUma breve sequência da história romanogers, entitulada Dia dos Namorados. Nessa sequencia, Steve e Natasha lidam com um ataque de um inimigo desconhecido que possui a mesma forma de um deles e causa uma reviravolta quando assume o lugar desse e tent...